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    Análise de Digimon Story: Cyber Sleuth – Hacker’s Memory

    Depois de anos e anos ficando no esquecimento, enquanto as criaturas da Nintendo levaram a melhor, a , volta a apostar na franchise Digimon, continuando a celebrar o 20º aniversário dos monstros digitais, e oferecendo mais uma nova aventura de contornos adultos. Será que estamos na presença de uma sequela digna do genial ? Ou retiramos um apontamento do caderno do Woken Matt Hardy, e pressionamos insanamente a tecla Delete do nosso teclado para apagar esta nova entrega?   
    Em primeiro lugar convém referir que Digimon Story: Cyber Sleuth – Hacker’s Memory, não é uma sequela, é sim um complemento na história de Takumi Aiba ou Ami Aiba. Neste caso em Digimon Story: Cyber Sleuth – Hacker’s Memory, não podemos escolher ou mudar o sexo da nossa personagem. A história gira em torno de Keisuke Amazawa, novamente voltamos a realidade de um Japão futurista e cibernético onde a rede de internet Eden que separa o digital e o real é quase ténue. Certo dia depois de entrar nesta rede, este descobre que a sua identidade foi roubada, através de um ataque de Phishing, e para piorar mais as coisas, o mesmo encontra-se acusado de um crime que não cometeu. Keisuke não tem escolha senão tornar-se num Hacker, mergulhar no Mundo Digital do Eden, aliar-se a um grupo de Hackers renegados conhecidos por Hudies, e de estranhas que criaturas que habitam no mesmo conhecidas por Digimons. 

    Inicialmente o jogador apenas dispõe a escolha de um Digimon, entre os quais temos Gotsumon, Betamon ou Tentomon o último não deve ser surpresa para quem é fã das aventuras animadas de Digimon, porque trata-se da joaninha companheira de Izzi ou se preferirem Koushiro. A acompanhar-nos pelo mundo Digital ainda contamos com a ajuda de Erika Mishima uma misteriosa membro dos Hudies, um génio que consegue ligar-se a rede Eden, e o seu Digimon, Wormmom, o outrora Digimon minhoca de Ken, da série animada Digimon 02. Personagens da anterior entrega também iram brindar-nos com a sua presença, no entanto as situações e desenvolvimentos serão bem diferentes, já que mostra-nos uma perspetiva também igualmente distinta. Também de regresso estão os Digimon de Cyber Sleuth, e juntando-se aos mesmos podemos agora recrutar criaturas como Dorugoramon, Lunamon. Arkadymon e Agunimon, chegando a um total de 327 ao invés das anteriores 240.

    Digimon Story: Cyber Sleuth – Hacker’s Memory, divide-se em dois grandes cenários, o mundo real e o mundo digital. No mundo real podemos reunir pistas, que podem desenvolver-se na progressão da história, simples quests ou comprar items. Quando estamos preparados, basta conduzir Keisuke a um PC, fazer login e entrar no Eden para prosseguirmos a nossa investigação. Realmente é fantástico como o jogo integra tão bem estas duas vertentes. Quando estamos na presença de um computador o jogador até assiste a uma interface bem internauta criando uma ponte quase inexistente e juntando elementos do seu enredo na sua própria mecânica, algo que não é novidade certamente, anteriormente vimos as mesmas como parte integrante na série: .hack//, que aproveito e deixo a recomendação para darem um olhar a .hack //GU Last Recode, também publicado pela Bandai Namco Entertainment, o remaster das três aventuras de Haseo no The World. Também devido a uma dualidade de cenários que embora integrantes e direção artística, parecemos que estamos na presença de um jogo da série Shin Megami Tensei, e em especial ao seu popular spinoff, Persona.

    Enquanto Keisuke viaja pelo Eden, é confrontado por Digimons hostis e por vezes até Tamers. Estas batalhas têm um seguimento aleatório e fluem através de turnos. Evocando vertentes de RPG clássico podemos escolher no nosso turno o nosso ataque, items a usar, ou até trocar o nosso Digimon, no total podemos eleger e trazer 3 para o combate.
    Tanto o Digimon e o seu Tamer agem de maneira conjunta criando uma simbiose bem interessante. A progressão de personagens também aposta em valores clássicos e é automática, quando atingimos um certo número de experiência a nossa criatura digievolui, mas se pensam que pela ordem da série animada Tentomon, ao chegar a um certo nível digievoluiria para Kabuterimon, esqueçam, o nosso Digimon poderá evoluir para algo completamente distinto como um Greymon! Tenham bem presentes dois grandes fatores, que são a relação que o Digimon tem connosco (CAM) e quantas digivoluções foram efetuadas ao longo a sua jornada (ABI). Estas condicionantes podem ainda ser enriquecidas através da sinergia, quanto por exemplo o Tamer e o seu companheiro disferem combos ou até a sua simples participação em combate. Evidentemente que não estamos apenas limitados a uma criatura inicial como já foi citado, e oposto a Pokémon, não capturamos Digimon em combate, simplesmente o nosso Digivice reage quantas mais vezes defrontarmos Digimon em combate, cada vez que o fizermos, mais vezes a Scan Rate vai aumentando, ao atingir aos 100% a nossa criatura poderá ser digievoluída para a que defrontamos em combate. Claro se forem pacientes e o Scan Rate chegar aos 200% melhores serão as suas habilidades. Estas condicionantes como um todo transformam os combates e o inevitável grinding em algo menos doloroso, atribuindo motivos e um grande propósito, nem que sejam simplesmente para ver os nossos Digimon Favoritos em glorioso HD.

    Debruçando-nos no grafismo, naturalmente que Digimon Story: Cyber Sleuth – Hacker’s Memory usou a maioria dos seus assets da anterior entrega. Localizações, personagens, menus, Hud, e Digimons, todos voltam tal e qual como encontramos em Digimon Story: Cyber Sleuth. Contudo não convém esquecer que este título na sua verdadeira essência é uma versão ligeiramente melhorada da sua versão PSVITA, por isso se esperam grafismos de fazer cair o queixo podem perder essas esperanças. Também o mundo digital embora fortemente integrado parece-me muito “despido” onde a cor azul impera, muito possivelmente pelas capacidades técnicas da PSVITA. Mas assim que avistamos os nossos Digimons favoritos em 3D este sentimento fica logo posto de parte. A Media Vision (sim a mesma produtora dos geniais Wild Arms, que ajuda aqui e acolá na serie Tales) não olhou a meios e recriou estas criaturas até o mais ínfimo pormenor. Nas dungeons e especialmente no mundo real somos brindados com mais detalhe, por vezes dei por mim a pensar que estava na presença de um Persona 5 mais simpático e ligeiro. Realmente Digimon Story: Cyber Sleuth – Hacker’s Memory é um regalo para não só os fãs destas criaturas como fãs de RPG onde recrutamos monstros para travar combates no geral. Inexplicavelmente e infelizmente a versão PS4 não dispõe de opções PS4 Pro, onde não seria muito difícil alcançar os desejados 4K, podem contar com 1080p nativos a 60 fotogramas por segundo sem quebras.

    No panorama sonoro a aventura de Keisuke mergulha-nos novamente numa Tóquio cibernética e tecnológica, voltando a apostar em temas modernos como techno, com leves polvilhadas a Jazz contrastando com os dois mundos. Muitas das faixas da anterior aventura com leves variações como é o caso da energética faixa que acompanha-nos durante os combates.

    Digimon Story: Cyber Sleuth – Hacker’s Memoryé um título imprescindível não só para qualquer fã da obra de Akihoshi hongo como também para fãs da RPG’s da velha escola.
    A vossa espera encontra-se uma história elaborada que tornou-se mais rica e impactante com este novo olhar, e muito fora dos padrões Digimon animados. Depois de Digimon Story: Cyber Sleuth, Digimon World Next Order, e Digimon Links, Digimon Story: Cyber Sleuth – Hacker’s Memory, continua a certeza que depois de anos nas sombras, a franchise está agora em boas mãos.    
     
    Agradecimentos à pela cedência de uma copia do jogo. Esta análise foi escrita com base de 10 horas de jogo, e jogada numa Playstation 4 Pro.  

    Artigo por Bruno Reis. Podem enviar os vossos artigos para o email admin@otakupt.com.

    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 50 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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    Ricardo Martins
    Ricardo Martins
    11 , Julho , 2019 21:26
    Ricardo Wyvern
    Ricardo Wyvern
    11 , Julho , 2019 21:26

    Eu não achei a versão PSVITA do game na PSN, Bandai havia informado que estaria disponível em mídia digital, alguém sabé se tem outro data pro PSVITA?

    Will
    Will
    11 , Julho , 2019 21:26

    nossa entao e foda o jogo em louco para joga ainda mas que parece vai ter legenda em Pt-Br

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