Depois dos acontecimentos da terceira aventura de Kratos, este retirou-se para as montanhas geladas, e tornou-se pai de um rapaz chamado, Atreus. Kratos, tornou-se mais velho, mais sábio, e muito mais calmo, quase como vivesse diariamente por uma culpa consistente. Este choque cria-lhe não só uma nova identidade, como permite mostra-nos um lado mais humano, especialmente quando educa o seu filho de uma forma dura, e por vezes bastante cruel, contudo necessária. Estes condicionantes criam um efeito interessante em Atreus, já que faz de tudo por conquistar a atenção e o respeito do seu pai. Kratos dedica a maior parte do seu tempo a treinar o seu filho para juntos viajarem para o ponto mais alto deste reino gelado e lá possam lançar as cinzas da sua falecida mulher e mãe. No entanto Odin e os seus seguidores parecem ter a ideia aposta, já que fazem de tudo para impedir que tal aconteça.
O hack n’ slash característico desta série foi deixado parcialmente de parte já que controlamos Kratos na terceira pessoa. Porém se pensam que o combate deixou de ser frenético e intenso, não podiam estar mais enganados. As correntes do “Bom de Guerra” deram lugar a um Machado Leviathan, que Kratos não só pode combater, como arremessar, e com o leve premir do botão triângulo pode controla-lo de volta em sua posse. Também possui um escudo que no momento certo de defesa faz parry ao ataque deixando o inimigo indefeso. Estas mecânicas podem ser simples no papel, mas estão excelentemente traduzidas no contexto do jogo e transmitem um efeito mais tático e do mais gratificante.
Como já disse desta vez pai e filho enfrentam hordas de criaturas fantásticas, deixando o Olimpo de lado, e viajando até as lendas nórdicas. Embora controlemos o seu pai, Atreus pode intervir na luta, através do seu arco e flechas. A respeito de exploração o jogo conta com alguns colecionáveis, e o seu machado é parte integrante nas mecânicas sendo usado para aresução de simples quebra-cabeças. Kratos ainda pode tornar-se mais forte através da experiencia de combate que adquire, desbloqueando habilidades e equipando diversos equipamentos.
A respeito gráfico estamos perante de talvez o jogo graficamente mais avançado até a data, realmente é assombroso como a pequena caixinha de sonhos da Sony consegue tal proeza. Os modelos e cenários estão detalhadíssimos quase como estivéssemos a assistir a um filme! As cutscenes estão surpreendentes, é mesmo ver para crer. Como não bastasse o jogo tem opções gráficas 4K via checkerboard na PS4 Pro, e HDR em ambos os modelos. Se, no entanto, preferirem fluidez podem optar por jogar a 60fps a FulHD. A banda-sonora é toda dotada de épicos enquanto uns cantados em tons épicos, outros são instrumentais, ambos entrando sempre na hora H.
God of War é outro daqueles jogos com aquele “selo” totalmente em português, a poluir a nossa artwork na capa. Porém desta vez a Sony esmerou-se, não só temos um elenco de luxo, como a apresentação, lipsync e até a direção de vozes é mais trabalhada e de melhor qualidade. Ricardo Carriço regressa como Kratos, mas desta vez com uma voz mais melancólica e rouca, algo que gostei bastante. Espero verdadeiramente ver mais produções assim em solo português.
God of War, é possivelmente o melhor exclusivo PS4 de momento, junta-se uma galeria de respeito juntamente a Horizon: Zero Dawn e Bloodborne. A equipa de Santa Monica Studios está verdadeiramente de parabéns, não só tiveram a ousadia de deixar a sua zona de conforto, reescrever um género e demonstrando a indústria que as experiencias single player ainda têm espaço para singrar num mar repleto de vigarice e muitos experiencias como serviço totalmente desinspiradas.
Artigo por Bruno Reis. Podem enviar os vossos artigos para o email admin@otakupt.com.
Este jogo é mttt bom. Acho que deviam fazer filme mm