Depois de um spin-off evocando valores próximos de um MMO, a Monolith Software, volta novamente a apostar numa componente single player com especial destaque a história e personagens. Será que a segunda parte de Xenoblade Chronicles conseguirá replicar o mesmo feito que tivemos na primeira entrega?
Para já convém referir que o mundo, personagens e ambiente são completamente distintos da anterior, mesmo sendo um jogo numerado, não tem quaisquer ligações com o primeiro, isto claro para já. Conhecemos Rex, um humilde escavador que dedica a sua vida, a extrair minerais e tesouros para ganhar a vida, e ajudar uma pequena aldeia. Este vive nas costas de um Titan, seres gigantes, que devido a benevolência do Criador, ou se preferirem Arquiteto, coexistem com a civilização humana nas suas costas. Certo dia depois de uma escavação, Rex, recebe um convite para juntar-se a uma expedição rumo a um navio antigo perdido. Depois de despertar acidentalmente uma Blade (armas com aspeto humanoide) nesse local, Rex é traído pela sua tripulação. Entre a vida e a morte, Pyra (Homura na versão Japonesa), faz-lhe a proposta de entregar metade da sua força vital, se este acompanha-la para o Elysium (Rakuen), o pilar da antiga civilização humana. Este aceita e este encontro marca o início de Rex, e a vessel de Aegis, rumo ao misterioso reino Elysium.
A Monolith continua a surpreender e volta a brindar-nos com grafismos fantásticos! As cidades estão cheias de vida, os cenários belos, os menus de jogo vividos e as personagens apresentam centenas de detalhes. Quanto a aspetos técnicos neste paragrafo, contem com 30 fps 900p com resolução dinâmica em modo docked, e por vezes abaixo 720p com bastantes quebras em modo portátil. Escusado será dizer que o detalhe nesta ultima sofre um downgrade tremendo, e infelizmente estamos na presença de um dos piores títulos nesta vertente para a nova máquina da Nintendo.
A jogabilidade de Xenoblade Chronicles, evoluiu, e não só temos mais opções de combate, como cada um dos Drivers, atua mutuamente em combate com as suas Blades, fazendo deste um misto entre os dois intervenientes. Inteligentemente o layout de cada Arte corresponde a um dos botões do Joycon direito, o seu timing, e posicionamento da nossa personagem são cruciais. Cada ataque normal vai aumentando um pequeno losango e quando iluminam-se em redor, o jogador pode aciona-los. As ações continuam a ser automáticas com a nossa personagem a atacar como se não houvesse amanhã, contudo com a inclusão das Blades, temos de ter o cuidado se não afastamos muito da mesma, para os nossos ataques terem mais efeito e sucesso.
Que dizer da banda-sonora? A Monolith continua a surpreender e mostrar que a banda-sonora ainda é uma parte importante na conceção de jogo. As cidades e as vastas localizações têm variações entre os ciclos diários, as faixas estão mais que ambientadas aos cenários e ações como até o simples tema batalha normal respira de vigor, energia e carisma. Para finalizar não vi muito ainda acerca de personagens, mas o pouco que vi, deu para aperceber-me que estão muito bem adaptadas especialmente na sua indumentária, agora percebo porque Rex tem aquele aspeto. Só um último reparo neste ponto, as personagens agem muito como personagens de anime e derivados, por vezes e para assimilarem o melhor desta fantástica obra temos de desligar o nosso senso comum. Este elemento distanciou quem esperava encontrar personagens mais sérias como as que tivemos nas anteriores series Xeno.
Depois de um gostinho muito amargo de Xenoblade Chronicles X, estou certo que neste capitulo teremos novamente grandes momentos, mais diversidade e quem sabe até superar a sua magnifica primeira parte, para já parece ser o caso.
Artigo por Bruno Reis. Podem enviar os vossos artigos para o email admin@otakupt.com.
