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    Sessão Spoiler: 5 Melhores Momentos de Nier Automata – Rota C

    Prosseguindo na nossa jornada pela busca de encontrar o que pode ser considerado uma das tarefas mais difíceis principalmente para aqueles que jogaram e se aprofundaram na mente do Game Designer “Yoko Taro” durante NIER AUTOMATA, os 5 Melhores Momentos de determinados aspectos de seus jogo e cada vez mais que seguimos adiante, nossas escolhas acabam ficando gradativamente mais difíceis. Diferente das duas rotas anteriores onde muitas delas poderiam compartilhar de momentos que a sua anterior também possuísse mas que de alguma maneira pudessem ser discutidas sobre seus verdadeiros potenciais e acertos, a rota posterior ao da anterior acaba sendo uma experiência inteiramente diferente do que vimos, já que NIER AUTOMATA a partir da ROTA C nos apresenta uma continuação de eventos onde gradualmente aqueles eventos irá se potencializar cada vez mais nos sentido de nos fazer se sentir mau com todos aqueles eventos.

    Aqueles em especial que jogaram e tiveram a experiência em primeira mão, sem spoilers, dos eventos comentados a seguir sentirão que eles na verdade acabam seguindo uma linha narrativa linear da história onde um evento acontece quase que em seguida do seu anterior. Isso se deve a gigantesca habilidade de Yoko Taro em sua narrativa de tornar, ao menos na opinião desse que voz escreve, cada minuto da Rota C sendo melhor do que o seu anterior e isso gradativamente ir se tornando uma verdade ainda em maior potência quando chegarmos para conversarmos sobre os encerramentos D e E na próxima e última postagens cronológica dos eventos de NIER AUTOMARA na SESSÃO SPOILER.

    E aproveitando que eu citei o nome, lembre-se: SPOILERS DO INÍCIO AO FIM! É bem estúpido eu dizer isso nessa altura do campeonato, mas você é um verdadeiro imbecil dos infernos por ler isso daqui se você ainda não teve a decência de jogar esse maravilhoso jogo e está lendo isso daqui apenas para tentar fingir que entende de alguma coisa e ter a falta de vergonha na cara de achar que tem alguma propriedade para falar mal ou bem de Nier Automata depois. Por isso, seu imbecil, para de ler isso aqui agora antes que eu acabe arruinando a sua experiência e você acabe vendendo a sua dignidade para satã no momento que você admitir para si mesmo ser um idiota lendo isso aqui sem ter jogado o jogo. E agora que eu te maltratei para caralho, saí daqui e vai jogar ou fazer algo mais relevante da sua vida. Se você aguentou até aqui: Um abraço e vem comigo – apenas se você jogou. Se não jogou, eu ainda mantenho tudo que eu falei anteriormente.

    Tudo que acreditávamos sobre as mudanças que poderiam acontecer e qual exatamente a fórmula que esses finais iriam se adequar dado as nossas experiências passadas com Drakengard e Nier, são todas subvertidas na primeira hora inicial da Rota C quando descobrimos que tudo o que nós havíamos jogado não passava de apenas uma única e gigantesca: “Introdução”. Suas fórmulas de narrativa seguem de mãos dadas seguindo eventos similares com mudanças de instâncias quando controlamos alguns personagens aqui e ali alternadamente durante suas rotas, porém, é com a grande sequência iniciada durante os créditos de Nier Automata na finalização da Rota A e B que temos a revelação de que todos aqueles créditos se tratavam de uma gigantesca: “Agora sim o jogo vai começar”, pois é na finalização desse primeiro ato que temos, enfim, o nome do jogo sendo mostrado na tela. A Rota C ela já começa com o novo avanço das tropas da Yorha para a terra no intuito de combater uma vez por todas as máquinas que ali residiam após a confirmação de morte dos androides Adam e Eve no fim das rotas anteriores, porém, uma falha surpreendentemente grande acontece na investida de 9S e 2B que todos os androides acabam sendo infectados por um vírus através da rede de conexão deles transferidos pelas máquinas que ali residiam, sendo todos controlados e manipulados para que matassem uns aos outros e principalmente aqueles que estivessem contra – forçando 9S e 2B a usarem mais uma vez as suas caixas-pretas para se detonarem e irem o mais rápido possível ao Bunker avisar sobre a situação já que as comunicações haviam sido cortadas.

    Mas isso não é metade da surpresa quando temos uma desconstrução até mesmo do que inicialmente se mostrava ser o inacreditável: 9S e 2B são tratados como os verdadeiros infectados pela comandante que ordena a prisão imediata de ambos os modelos ali em sua frente para que sejam mantidos em quarentena e estudados sob o risco de estarem infectados… até que somos surpreendidos e presenciamos toda a base da Yorha revelar estar infectada no momento que 9S e 2B pisaram os seus pés no Bunker, sendo forçados a enfrentar diversos modelos companheiros de equipe – incluindo a Operadora que auxiliava 2B em suas missões na primeira rota, em busca de retirar a Comandante do quartel que infelizmente acaba por ser infectada por ela também ter uma conexão direta com os servidores do Bunker, assim forçando 9S e 2B a desistirem da própria e saltarem para a Terra, abandonando a comandante e dando início a um furacão de coisas ruins que simplesmente não param de acontecer em Nier Automata. E tudo isso, vamos lembrar: É só a introdução do jogo!

    Talvez aquele momento que pode ser considerado um dos melhores seguimentos de tortura após o lançamento de Metal Gear Solid 4 e a famosa cena de Solid Snake andando no corredor forno. Assumimos o papel de 2B que força 9S a aterrizar na terra desviando de todos os modelos de combate da Yorha que infectados pelo vírus, tomaram conta dos veículos de combate para atacar a dupla. Sem chances contra aqueles modelos, 2B força uma aterrissagem após sofrer grandes danos e que mais tarde descobriremos também ter sido alvo da infecção do vírus onde nesse exato instante da aterrissagem, assumimos o controle da personagem que de instante em instante, observamos uma degradação do seu corpo que demonstra instabilidade constante a forçando a cambalear gradualmente desde Flooded City, os encanamentos abaixo de City Ruins e em direção a ponte que ligará a entrada do Shooping – todo esse caminho possuindo inimigos que nos atacarão eventualmente, perderemos nossas capacidades de ataque de instante em instante enquanto uma barra é preenchida sobre o processo de nossos corpos robóticos estão sendo degradados devido a infecção. E todo esse processo lento é cada vez mais agilizado graças a dublagem dos Pods que nos alertam sobre as capacidades que eventualmente são perdidas, ao mesmo tempo que nosso campo de visão recebe estáticas e até mesmo distorções visuais.

    Eu não sentia um peso de controlar uma personagem e um desespero pela segurança em muito tempo, por mais que a dor em meu peito já estivesse me dizendo qual seria o exato evento que aconteceria nos próximos minutos controlando a 2B que está desesperançosa, em busca de apenas um lugar onde ela possa falecer sem que infecte outros modelos da Yorha ou até mesmo 9S. Assim que chegamos a ponte, nos deparamos com A2 que nos defende de dois androides infectados e de consciência já perdida para a infecção. Cravamos nossa espada em uma rocha de frente a modelo A2, requisitando que ela carregue a diante as suas memórias e a missão de proteger 9S daquele mundo que acabaria com eles gradualmente. Assumimos o controle de 9S que core em direção a ponte ao receber as coordenadas de localização da 2B, apenas para testemunhar a sua morte pela própria espada, segurada agora por A2 e ouvir uma das frases mais dolorosas desse jogo: “Oh… Nines.” É sem sombra de dúvidas um dos momentos que eu guardo muito fortemente em meu coração e que em muito tempo um jogo não havia me feito sentir desde Metal Gear Solid 4, carregando a dor e angustia de um personagem que está dando o seu melhor para chegar em seu objetivo e que dessa vez, em Nier Automata, nós temos um resultado negativo e desesperançoso. Sentimos a dor dos gritos de 9S ao observar aquela que ele amava morrer em sua frente pelas mãos daquela que agora será o seu objetivo de caça durante o novo seguimento.

    Diante de um dos Cores que precisamos destruir na nossa missão de receber o devido acesso as redes que nos permitirão hackear a grande torre que agora surgirá no meio de City Ruins, nos deparamos com mais uma vez Yoko Taro distorcendo nossas ideias do que está por detrás de um personagem e as suas ideias sobre uma figura que ele até então se importava e como é a sua relação afetiva com aquela figura. Entramos em um combate momentâneo contra uma figura em forma de cubos que demonstra a intercepção daquela rede buscando apagar as memórias que 9S possuía pela pobre 2B e nisso temos a sua loucura sendo despertada mais uma vez ao se ver de frente para o que ele tanto busca manter após a sua perda injusta para o destino. Ao concluirmos essa batalha, 9S constantemente puxa a sua espada em busca de empalar e perfurar diversas vezes a figura que gradativamente vai se moldando no cadáver de 2B até ficarmos de frente para 9S esfaqueando constantemente o peito daquela que ele amou.

    Uma representação quase que literal e uma resposta direta aos eventos que vinham acontecendo não somente de todas as vezes que 2B fora obrigada a matar o personagem cada vez que ele se aproximava das verdades por trás do Bunker, do Conselho dos Humanos e da Yorha, mas também das últimas mortes que 2B fora obrigada a realizar ficando de frente com a dolorosa verdade de que ela sempre seria a única guardando as memórias de eventos que ambos tiveram juntos. Além de ser uma excelente analogia ao famoso fato que recebemos da NPC Jackass que durante suas pesquisas nas side-quests que temos com ela sobre seus estudos em relação aos modelos Yorha, sobre a relação ambígua entre a matança, as mortes, o assassinato e o sentimento de amor, tesão e desejo que estão todos interligados a uma mesma experiência para todos os androides durante seus combates. Todas as vezes que 2B assassinou 9S, ela se aproximava cada vez mais daquela pessoa que ele era, o afeto crescia através das suas mãos sujas de sangue do seu cadáver, ao mesmo tempo que 9S se sentiu mais próximo da morte da sua amada perante as memórias que se perdiam. Um momento que demonstra extremamente bem o quão complexo a relação de amor/tesão/ódio/sangue esses dois personagens possuem um pelo outro, já que as paixões internas que gradualmente cresciam não somente durante suas interações acabaram sendo gerados também através das suas mortes respectivas que um tinha sob as mãos do outro.

    Um verdadeiro abraço que Yoko Taro realizou nos fãs de Nier! De primeira instância, temos a aparição dessas duas figuras memoráveis para todo fã da série que inicialmente demonstram não estar interligadas ou relacionadas com qualquer parte importante de toda a trama em torno de Nier Automata e, de fato, não estão mas são elas aquelas que movimentam o personagem 9S e o auxiliam em um momento impossível que o levaria a morte, sob a premissa de atarem com seus pecados no passado que após descobrirmos a profundidade das suas existências naquele momento ao nosso lado, sentimos o peso que seus ombros carregam sobre pecados que especificamente aquelas duas Devola e Popola na nossa frente, não cometeram mas sofrem por ações passadas geradas no primeiro Nier. Modelos andróides que não são mais gerados pelo risco de se rebelarem ou apenas por serem defeituosos quando comparados com criações futuras, não se dando a chance de mais riscos ou evoluções e atadas com seus defeituosos modelos pelo resto da vida na premissa de que talvez aquilo fosse o que elas merecessem. Unidas e interligadas pela morte e a injustiça, Devola e Popola nos auxiliam enquanto pedem para que 9S não morra sozinho.

    E essa música…
    Essa marcha…
    Muito Obrigado, Taro!

    Uma música já conhecida por todos os fãs de Nier, o que pode ser considerado como o verdadeiro Hino de toda a série e trabalhos desenvolvidos por Yoko Taro agora retornam sobre um efeito de trabalho instrumental aprimorado, uma ambientação mais indenizada, mais reflexiva, condizente com o sentimento de quem quer ir em busca de uma redenção pelos pecados passados mas que são sentimentos carregados de ações não realizadas por você, mas sim seus antepassados e semelhantes. Renegadas de todas as cidades que andavam, sofrendo dores das quais elas não geraram, mas auxiliando uma figura que busca resolver toda aquela situação deplorável e sem esperanças a sua volta, pedindo unicamente que ele não seja capaz de morrer sozinho enquanto enfrentam hordas e hordas de robôs que descem dos céus através de outros robôs voadores sob a pretensão de se sacrificarem para que 9S seja capaz de hackear a torre… onde ainda assim, ele não é capaz devido intervenções exteriores mas que Popola acaba por forçar sua entrada, exigindo que ele cumpra seu dever enquanto elas dariam o seu melhor para nada ser capaz de interferir. É simplesmente um momento que eu não estava acreditando, lutar ao lado dessas figuras com o qual eu batalhei anteriormente… Me deixa quase sem palavras. Você pode ficar e ajudar as irmãs, conseguirá um final alternativo por ser impossível e infinito as hordas, mas que com certeza, valerá a pena lutar ao lado delas acompanhados do hino que é “Song of the Ancients”.

    Vale uma menção honrosa antes de partirmos para o meu momento favorito da Rota C. Essa também pode ser considerada uma das melhores sequências dos videogames devido o quão cinza consegue ser a situação que Yoko Taro coloca o jogador no momento que ela acontece e quando você recebe todo o contexto por detrás das ações desse personagem, se toca da sua irresponsabilidade que ele coloca em seus ombros ou até mesmo das consequências que virão independente da sua resposta à aquele momento. “O Conceito do Medo” é uma sequência de eventos que se dão início quando A2 decide presentear Paschal com um livro que lhe gera um interesse e que ele decide partilhar com as crianças da sua vila sobre o que é o significado, a profundidade e todo o “Conceito” por detrás do sentimento “Medo”, no intuíto de que elas seguiriam devidos comportamentos a partir desse sentimento para evitarem de se machucarem, evitar de realizarem atos imprudentes e autodestrutivos quando se deparando com uma situação que os afrontaria de alguma maneira seja no mesmo instante ou no futuro. Assim como diversos personagens e todos os chefes de Nier Automata, seus nomes são advindos de pesquisadores filósofos que tiveram trabalhos na área do existencialismo, aqui no caso sendo Blaise Pascal que inclusive, o livro recebido por Pascal – o nosso personagem, é nada mais nada menos do que o próprio último livro do existencialista que infelizmente acabou por ser lançado incompleto devido o seu falecimento.

    Após o aprendizado, nos deparamos com um verdadeiro terror finalmente acontecendo na Vila dos pobres robôs pacifistas. Uma das máquinas infectadas acabou por entrar em um modo de loucura e devorar um dos seus companheiros, assim gerando uma verdadeira epidemia através do vírus onde temos a ideia do Apocalipse Zumbi trazida para as Máquinas que passam a devorar umas as outras, forçando Pascal a pegar as crianças e levá-las para a fábrica enquanto controlamos A2 que busca controlar a situação se livrando das máquinas maliciosas e perigosas. Mas o que não esperávamos era ver Pascal disposto a finalmente deixar sua ideia pacifista de lado e controlar um robô de classe Golias para matar todas as máquinas que buscavam invadir a fábrica, deixando as crianças mesmo com medo, seguras dentro daquela região que agora não mais possuíam as máquinas religiosas para infortuná-las. Porém, mais uma vez, isso é um jogo do Yoko Taro e todas as nossas ações vão gerar consequências por mais que elas não nos agradem. Assim que finalizamos as máquinas, voltamos para dentro da fábrica apenas para descobrir que devidamente pelo motivo de Pascal ter ensinado as crianças o Conceito do Medo, é justamente através desse sentimento que elas se cobrem de desespero e cometem suicídio, destruindo seus núcleos após se perfurarem com partes mecânicas. Pascal é destruído por isso e revela para A2 o que ele havia feito, incapaz de lidar com a verdade a sua frente e as consequências de seus atos, temos três decisões para se tomar após ele próprio pedir: Apagamos suas memórias, Matamos Pascal ou ignoramos seus pedidos e apenas o deixamos na fábrica enquanto saímos, acompanhando a sua incredulidade perante a situação. Se matamos Pascal, seguimos com o peso de termos nos desfeito daquele que poderia ser o único capaz de gerar a paz para a vida mecânica naquele mundo. Se saímos da sala, Pascal irá se suicidar independentemente. Porém, se apagamos as suas memórias em um dos minigames mais emocionalmente destrutivos para qualquer um que esteja jogando, nós encontraremos o nosso amigo pacifista na sua vila uma última vez apenas para descobrimos que ele pegou todas as crianças que ele agora não conhecia e VENDE-SE OS PEDAÇOS, INCLUINDO OS SEUS NÚCLEOS. Já que ele não tinha mais o afeto por aquelas crianças, desconhecendo suas origens e relações a sua imagem, ele apenas as tratou como os lixos que ele sempre tratava. Ferramentas e mercadorias. Todos os três caminhos que você possa tomar sobre o destino de Pascal é devastadora e, sem sombra de dúvidas, a decisão mais difícil que eu já tomei em um videogame.

    Esse seguimento inteiro se dá início no momento que pisamos nossos pés na Torre com 9S e A2, nos deparando com partes que nos remetem diretamente a, por exemplo, a grande biblioteca de arquivos que Devola e Popola guardavam juntos de outros seres na época dos eventos do primeiro Nier, adquirindo conhecimento sobre coisas como Project Gestalt e até mesmo pacientes como Yonah, irmã do menino Nier. Mas toda essa sequência que eu me refiro, é quando somos atacados pelas máquinas Ko-shi e Ro-Shi, chefes similares em formato e comportamento ao chefe que enfrentamos na fábrica durante a Rota A assumindo o controle da personagem 2B (Ou eu já deveria começar a chamar ela de 2… “E”?). 9S e A2 eventualmente se deparam com a inteligência artificial conhecida como Red Girls, o projeto de evolução das máquinas que associaram as suas evoluções se baseando no primeiro humano do Projeto Gestalt, “Nier”. Presenciamos um comportamento não esperado pela IA e até mesmo encaramos a sua autodestruição perante uma incoerência de decisões a partir dos seus desejos sobre eliminar ou não os androides a sua frente. Assim, dando início a uma sequência de ação e movimentação frenética onde controlamos A2 em um elevador enfrentando máquinas e 9S consegue assumir o controle de um veículo de combate e sobe pelos ares em direção ao topo, assim como A2, enfrentando máquinas e também Ko-Shi e Ro-Shi. Mas o que mais chama atenção, é essa maravilha de música ao fundo…

    Bipolar Nightmare (Pesadelo Bipolar) é uma das músicas que você ouvirá com uma determinada frequência no jogo em sua versão instrumental, tocando em algumas side-quests e lutas específicas contra inimigos não tão importantes. Porém, a sua versão cantada nós só somos capazes de ouvir duas vezes durante todo o jogo que são especificamente na Rota A durante uma sequência de eventos que está presente na Demo, onde 2B (2E) e 9S são apresentados ao que acaba por chocá-los igualmente, os Robôs de Classe Golias que vivem por debaixo do mar. Presenciamos o nervosismo das suas ações e o quão angustiante é eles gradualmente se sentirem derrotados perante uma situação devastadora que acaba por fugir do controle deles em poucos instantes, os forçando a sacrificarem seus corpos ativando a Caixa Preta. Nesse momento durante nossa escalada da torre, o nervosismo está nas máquinas Ro-Shi e Ko-shi, comentando estarem com medo de enfrentarem androides, máquinas designadas para matarem figuras das quais eles estão preenchidos pelo medo mas que sentem um dever com a responsabilidade de suas criações para com a situação. A2 e 9S SÃO OS VERDADEIROS INIMIGOS ALI! Eles estão oprimindo, eles estão agressivos, atacando e em busca de seus objetivos por meios da violência sem se importar com aqueles a sua frente, sendo exatamente esse o motivo que a música se chama “Bipolar Nightmare”, tocando em instâncias similares, momentos diferentes mas com a mesma premissa trocando apenas as posições daqueles que causarão os momentos de pesadelo.

    Além disso, não somente pela música, mas principalmente pela parte mecânica! Um sentimento que eu não sentia desde Metal Gear Solid 4 durante a batalha de Solid Snake contra os Mini Geckos e Raiden vs Vamp em cima de um Metal Gear Rex. A2 e 9S enfrentam inimigos similares, subindo em alta velocidade na torre onde o jogo acaba nos dando controle intercaladamente sobre cada personagem durante toda a subida. Momentos controlamos 9S enfrentando as máquinas com o seu veículo de combate, momentos estamos com A2 no elevador e toda essa sequência é de tirar o folego no momento que a parte instrumental da música acaba e o vocal sobe, transformando essa em um dos melhores momentos de toda a série por intercalar tão bem o momento de ação com a agressividade daqueles quem controlamos e a música ao seu fundo! Atingir o topo e enfrentar a união de Ko-shi e Ro-shi como uma única entidade onde metade da luta controlamos A2 e na outra metade controlamos 9S faz dessa uma das melhores sequências dos videogames que encerra com uma discussão sobre os valores em cima dos propósitos que eles possuíam agora, 9S afirmando não fazer mais sentido já que seus criadores nunca existiram e A2 apenas segurando suas palavras por ter prometido seguir seu dever até o final, independente de quem estivesse acima, assim encerrando com uma escolha que definirá o encerramento da Rota C e da Rota D, posteriormente em questão de segundos nos revelando o verdadeiro final do jogo na Rota E, quando assumimos ou 9S ou A2 e temos a última batalha do jogo entre ambos se enfrentando. É uma experiência verdadeiramente única que remete bastante ao que Hideo Kojima criou em Metal Gear Solid mas que torna tudo muito memorável pelo quão além Yoko Taro conseguiu ir criando toda essa sequência. Muito obrigada por isso.

    E assim, chegamos ao término de mais uma postagem e aos poucos vamos nos angariando para a postagem que encerrará a Sessão Spoiler de Nier Automata na OtakuPT e que dará início, posteriormente, ao novo quadro que será criado com os dois pés na porta contando sobre toda a passagem de Yoko Taro na indústria e principalmente, na sua série mais famosa: “Drakengard/Nier”. Porém… alguns diriam que SINoALICE também se mostrará presente na OtakuPT. Será? Aguardem ansiosos para uma grande discussão sobre os valores por detrás do Encerramento D e principalmente o Encerramento E. Até lá, espero que você continue marcando presença e se você é um daqueles que não jogou mas decidiu se dar esses spoilers… Qual o seu problema?

    Nos vemos na próxima postagem. Até mais!

    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 50 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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