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    Sword Art Online: Hollow Realization – Análise

    Depois de partilhar muitas, mas mesmo muitas, horas de gameplay de  no nosso canal de youtube chegou o momento de refletir um pouco sobre a experiência que este jogo da  para  e  nos proporcionou. Será que cumpriu o que prometeu? Será uma compra obrigatória?

     

    A história…

     

    Em  somos atirados para o mundo de Sword Art: Origin, um novo VRMMO desta vez mais seguro para os seus utilizadores onde ao contrário do SAO original a morte no jogo não significa a morte na vida real. A ação desenrola-se em Ainground um local que à primeira vista é muito semelhante ao primeiro jogo principalmente no Hub central, claro está sem o temível castelo flutuante. Spoilers de seguida… é neste novo mundo que encontramos Premier, uma misteriosa NPC que tem os seus stats a zero, o que terá acontecido, quem é ela? Facilmente nos apercebemos que a história principal se vai desenrolar à sua volta.

    Kirito e amigos decidem então proteger Premier, a indefesa NPC e tentar descobrir o seu mistério sendo que mais à frente começamos as descobrir umas misteriosas pedras que reagem à presença de Premier e que são um claro indicio de que ela é alguém importante naquele mundo, será uma sacerdotisa??? Mas é aqui que a história fica mais negra e nos apercebemos do dedo de  (autor da novel original) em toda a trama. Ao longo do jogo somos alertados que alguns NPCs nas lojas estão a ser substituídos por outros, pura e simplesmente desapareceram não voltando a fazer respawn, algo estranho num MMO. Descobrimos mais tarde que os NPCs estão a ser atacados por jogadores que pensam que ao matá-los ganham grandes recompensas ou experiência, mas por de trás deste comportamento, descobrimos com o auxílio de Yui algo tenebroso, em Sword Art: Origin vemos uma situação inversa de SAO, ou seja, desta vez não existe morte permanente para os jogadores mas tal existe para os NPCs que quando eliminados são apagados para sempre do sistema.

    E assim à volta do mistério e proteção de Premier nos aventuramos por este belo mundo.

     

    Um SAO refinado…

     

     mostra claramente que a  apostou na evolução desta franquia e tal esforço traduz-se em melhores gráficos e melhor gameplay.

    Graficamente este é o mais belo jogo de SAO de sempre, contra isso não há argumentos, sendo que em algumas circunstâncias notamos algumas quebras esporádicas no padrão de qualidade, mas o ciclo noite/dia, os efeitos atmosféricos, a água são dignos de se ver.

    Tal como referi num dos nossos lives, fiquei com a sensação de que num próximo jogo de SAO a  ou faz um upgrade significativo ao motor gráfico ou então opta por utilizar um motor gráfico totalmente novo pois embora  corresponda aos standards aceitáveis dos jogos de hoje estão ai a começar a entrar no Ocidente os jogos Coreanos que primam em primeiro lugar pela sua beleza e SAO terá de fazer um bom salto qualitativo.

     

    Luta, exploração e uma pitada de romance

     

     começa com a personalização da nossa personagem e ai as opções são muitas, dificilmente vão encontrar duas personagens iguais e as opções são muitas, prova disso foram os largos minutos que perdi no primeiro live a personalizar a minha personagem com o pessoal nos comentários a reclamar que passados muitos minutos ainda nem tinha começado a jogar 😉

    No que toca aos combates a formula foi bem aperfeiçoada pela , o que à primeira vista é um sistema simples de combate facilmente pode ser desenvolvido adaptando-se a estratégias mais complexas utilizando os vários ataques que vamos desbloqueando na nossa arvore de skills ao bom estilo de um RPG.

    Os combates são extremamente fluidos sendo que podemos formar um link de ataques com os nossos elementos da party e desferir poderosos ataques. Também durante os combates podemos dar ordens aos nossos NPCs para atacarem, desviarem-se e curarem-se o que na teoria é excelente… na teoria… pois por inúmeras questionei o seu QI e me apeteceu virar rogue e mata-los eu mesmo tamanha é a sua incompetência ou imbecilidade em atacar e defender-se, sendo que questiono se alguns mesmos não serão suicidas. 

    Em  o mapa é claramente dividido em zonas, ao estilo dos andares do SAO original, onde devemos explorar os vários recantos e pequenos mapas até chegarmos aos massivos boss com multiplos pontos de ataque que proporcionam batalhas verdadeiramente épicas.

    Claro está que também encontramos as típicas mini quests e missões de recolha dos MMO, sendo que em  estas se tornam rapidamente repetitivas e um incómodo para a progressão do jogo quebrando por vezes o ritmo da narração da quest principal.

     

    Fan-service? … Só se o procurarem!

     

    Quando a  começou a divulgar as primeiras imagens promocionais de  com personagens em poses mais sensuais tipicamente anime lembro-me claramente de pensar “estes tipos quando chegarem ao ocidente vão ser trucidados pela crítica”, infelizmente a nossa imprensa parece patologicamente obcecada pelo politicamente correto.

    Sim,  tem fan-service mas não o exibe de forma gratuita como muitos fazem querer parecer. Nas mais de 15 horas de live-stream que estão no nosso canal de youtube desafio-vos a encontrar uma única imagem mais questionável. Não vão encontrar, porquê? Pura e simplesmente o fan-service resulta de um dos sistemas do jogo onde podem aprofundar a vossa relação com as personagens, mas este sistema não é imposto ao jogador e podem perfeitamente fazer todo o jogo sem nunca terem de se preocupar com a vossa “relação amorosa” com a Asuna ou preferencialmente com o vosso harém 😉

     

    Multiplayer? Esqueçam lá o multiplayer!!!

     

    Quem assistiu a um dos mais recentes livestreams sabe do ódio de estimação que eu rapidamente desenvolvi sobre esta vertente do jogo.

    Quando começamos  a opção de multiplayer não está disponível o que pode parecer um pouco estranho e que pode levar muitos a questionar se tal opção existe mesmo no jogo. Conforme ia explorando o jogo e experimentando todas as suas vertentes acabei por desbloquear este modo aos destruir o primeiro Boss, levava já eu mais de 20 horas de gameplay, significando isto que os jogadores até chegarem ao primeiro Boss e consequentemente ao multiplayer vão ter de investir uma quantidade considerável de horas de jogo, perto de 10 para os mais astutos e habituados nestas andanças.

    Mas, o que mais me desiludiu foi a sua implementação. Muitos me viram online durante quase 30 minutos a tentar entrar num jogo multiplayer sem sucesso. Ou acontecia um erro de ligação, ou entravamos num lobby onde nada acontecia ou pura e simplesmente não existiam quests multiplayer públicas ativas para nos juntarmos. Em desespero de causa la tentei um quick match onde os problemas persistiram e onde fui parar ao mesmo lobby mais do que uma vez, um claro indicativo de que pelo menos no ocidente muito poucos jogadores estão a participar no multiplayer de .

    Mas ei, nem tudo são más noticias! No modo multiplayer existe um modo onde podemos jogar sozinhos com 7 dos nossos NPCs, significando que rapidamente descobrir que poderia juntar-me ao primeiro mapa do jogo no modo incrivelmente difícil e ali evoluir extramente rápido ao matar os monstros mais fáceis do jogo, escusado será dizer que numa hora evolui para um nível muito alto onde os adversários do single player nem um desafio eram para mim, sim, pois a experiência ganha do multiplayer transita para o single player.

     

    SAO: Hollow Realization é um jogo de fãs para fãs

     

    Se existe algo que é claramente notório em  é que a equipa da  que desenvolveu o jogo é claramente composta por fãs da franquia que se importam com a sua implementação e que a conhece muito bem.

    O universo de SAO e as suas peculiaridades foram recriados de forma exímia e se conhecem as novels ou anime de  aconselho-vos sem excitação nenhuma a comprar o jogo.

    A  está de parabéns por ter evoluído os jogos da franquia SAO com este  que deixa os anteriores jogos na sombra e gostava de num próximo jogo de SAO ver um salto ainda maior.

    Em baixo podem ver a nossa entrevista a , o produtor de  que trabalhou anteriormente nos outros jogos da franquia  bem como nos jogos de  (Ore no Imōto ga Konnani Kawaii Wake ga Nai). 

    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 50 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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    Weslley de Sousa
    Weslley de Sousa
    13 , Julho , 2019 23:35

    Como sempre, uma análise bem produzida, parabéns por ela, Bushido. <3

    Eu discordo de muitos pontos, mecânicas, interações com o mundo que estamos inseridos, a "vida" desse mundo no qual estamos, os combates, as mecânicas de combate, o balanceamento: mas enfim, eu vou deixar de ser esse chato que sempre pega nos jogos da série SAO e da série em si.

    Parabéns pela análise, Bushido. Well Done! <3

    Charles
    Charles
    13 , Julho , 2019 23:35

    Apesar de não estar por dentro de nada relativo ao jogo, achei bacana a entrevista. Parabéns!

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