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    Takarakuji de 40 Oku Atattanda kedo Isekai ni Ijuusuru – Review

    Takarakuji de 40 Oku Atattanda kedo Isekai ni Ijuusuru
    (Eu ganhei 40 bilhões na loteria mas fui para outro mundo)

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    Depois de debater muito que obra começar minha série de reviews, optei por esta Light Novel.
    Ela é uma obra de fantasia que aborda o tema de “Isekai” (outro mundo) e foi lançada originalmente no site Syosetsuka ni Narou, mais conhecido simplesmente como “Narou”. A Narou é um site de hospedagem de novels, onde você cria a sua conta e pode upar sua novel para outras pessoas lerem. O grande destaque do site é o fato de muitas editoras ficarem de olho nele, devido a grandes escritores começarem lançando algo online por lá. Para citar algumas obras que foram publicadas originalmente como web novels na Narou e depois foram licenciadas pelas editoras, temos , Overlord, Log Horizon, etc.

    Retornando a obra, Takarakuji é uma light novel publicada na Monster Bunko, escrita por Suzunoki Kuro e ilustrada por Kurojishi, atualmente com 5 volumes. Ela conta a história de Shino Kazura, um assalariado de 25 anos que acaba por ganhar um total de 4 bilhões de ienes na loteria (por volta de 130 milhões de reais ou 30 milhões de euros na cotação de 18 de março de 2016). No entanto, essa soma absurda de dinheiro não viria a lhe trazer a vida tranquila que ele tanto desejava. Apesar de contar apenas para os seus pais sobre o dinheiro, há sempre aqueles capazes de sentir o cheiro de longe. Sendo perseguido por todos os cantos durante todas as horas do dia por conhecidos em busca de “uma ajuda financeira”, Kazura se vê obrigado a procurar refugio em uma antiga casa da família, localizada no interior de Gunma. Lá, Kazura se depara com uma sala trancada que é, na verdade, um portal para outro mundo. Um mundo que vivia um estado semelhante a idade média.

    Até aí, nada de diferente e especial, bem clichê eu diria. Mas o que torna Takarakuji interessante é a abordagem que ele toma nesse novo mundo. Diferente de muitas outras obras do gênero como Zero no Tsukaima, No game no Life ou , o protagonista consegue transitar livremente entre os dois mundos. Isso permite uma dinâmica completamente diferente, onde nós temos um protagonista muito rico e capaz de comprar diversas coisas em larga em um mundo muito menos desenvolvido. O que você faria nessa situação?

     

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    Na obra, Kazura decide explorar o local e acaba por encontrar uma pequena vila onde seus habitantes estavam sofrendo de uma doença desconhecida para eles, além da desnutrição assolar a maior parte dos mesmos. Nosso protagonista oferece ajuda e utilizando remédios e alimentos do Japão, é capaz de salvar os habitantes. Ele então decide se esforçar para ajudar a vila a se desenvolver, ensinando-os técnicas de agricultura, engenharia ou qualquer outra coisa que pareça útil obtida no seu mundo original. O grande ponto da obra é que, devido a essas atitudes, os habitantes acabam o confundindo com o deus da colheita e benevolência, Greysior.

    Vou deixar a história em si por aqui para evitar spoiler. Mas como dito anteriormente, a obra tem um pegada diferente de outras que abordam essa temática de “outro mundo”. Aqui, não há combates épicos, magia, monstros ou qualquer coisa do tipo. É um mundo relativamente normal, com seus problemas normais.

     

    Personagens:
    image001962Shino Kazura: O protagonista da história, e assim como aquele ambiente, é um indivíduo relativamente normal. Apesar de ele possuir certo conhecimento em algumas áreas e bastante dinheiro a disposição, ele ainda assim precisa frequentemente estudar e pesquisar sobre como resolver os problemas daquele mundo, em como pode ajuda-los a melhorar sua situação de vida. Devido a vários erros cometidos por ele no decorrer da obra, alguns podem chama-lo de burro e estúpido. No entanto, eu prefiro usar as palavras ignorante e inocente. Isso porque apesar do protagonista falhar algumas vezes, o pensamento dele pra chegar nessa “falha” já prova que ele não é um idiota. São coisas bem lógicas e interessantes. Ele não é alguém que simplesmente chega naquele mundo tentando ser o personagem mais foda ou conquistar o mundo. Ele na verdade procura evitar chamar a atenção e até certo ponto ocultar a sua origem. Em uma de suas falhas ele acaba vendendo uma ocarina por um valor ridiculamente baixo no outro mundo. Apesar disso, ele procura comercializar produtos que existam naquele mundo também, e, ao menos na mente dele, devido à ocarina ser um instrumento que existe desde a antiguidade, seria normal se ela também existisse naquele mundo. Ser confundindo com o deus da benevolência faz todo o sentido considerando as características dele. Apesar de alguns problemas durante o primeiro volume, é no segundo que ele se redime completamente, quando o seu papel de “deus” entra de vez na história.

     

    image00196Valetta: Filha do chefe da vila, Valetta é a heroína da história. Ela se torna algo como uma aluna do Kazura, apesar de ser extremamente inteligente e aprender muito mais rápido que o protagonista. É uma pessoa com grande vontade de aprender, sendo a personagem que sempre pergunta para o protagonista o que não entende com relação aos seus estudos ou os itens que ele traz. Em contrapartida, também é a personagem que serve para explicar sobre o outro mundo, fazendo com que um dos grandes papéis dela seja informar o leitor sobre o ambiente.

     

     

    image001963Valin: O chefe da vila e pai de Valetta. Ele foi a primeira pessoa a ser salva por Kazura quando chegou. Tem um grande respeito pelo protagonista. Apesar de ser o “chefe da vila”, essa função acaba caindo muito mais sob o protagonista, fazendo com que Valin fique mais responsável por tomar decisões quando Kazura está impossibilitado.

     

     

     

     

    Há diversos outros personagens menores na história e na vila, mas isso eu deixo para quem quiser ler. Preferi apenas me focar nos três personagens com maior destaque durante o primeiro volume. Os personagens em si são bacanas, muitas vezes roubando o papel do protagonista. Os “vilões” também possuem motivações bem compreensivas, o que favorece bastante para o elenco. Se eu tivesse que dizer, o maior problema nesse quesito é o próprio Kazura, mas ele se desenvolve no decorrer na história se destacando completamente dos demais posteriormente.

    O ritmo da obra pode desagradar alguns, ao menos durante o primeiro volume. Por ser uma obra mais de Slice of Life, ela tende a ser mais lenta e só a partir do volume 2 podemos ver uma agitação maior.

    Apesar de eu ter decidido ler a obra sem nenhuma empolgação e apenas por ter cruzado com ela enquanto procurava outra novel, veio a se tornar uma ótima leitura. Recomendo bastante, principalmente para aqueles que não fazem questão de cenas de ação o tempo todo.

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    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 50 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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