De uma forma resumida, falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.
Bruno Reis
Bleach: Thousand-Year Blood War (11)
Ichigo regressa ao mundo dos vivos. Ao som de uma noite chuvosa, o seu pai finalmente revela-lhe as suas verdadeiras origens. Ishin conheceu a sua esposa Masaki Kurosaki quando era capitão da décima divisão. Nesta altura já comandava um Hitsugaya muito promissor e uma Rangiku ainda mais rebelde. Também mesmo durante este período, Aizen já tecia nas sombras os seus planos e Ishin e Masaki mergulharam nestes quando o capitão da 12.º divisão libertou um Vasto Lorde criado com os espíritos dos shinigami. Interessante agora como o Ishida e o Ichigo podem ser familiares. Veremos como tudo se encaixa com o episódio especial de uma hora.
Chainsaw Man (11)
Após um treino árduo e um novo pacto com demónios, Denji e o seu grupo voltam à luta acompanhados por um novo grupo demónios (Divisão 4) num apartamento repleto de zombies comandados por uma das aliadas do demónio da bala. No panorama humano, Masaki revela aos yakuza e aos espetadores que aparenta ser algo bem mais do uma simples funcionária do governo. Começo mesmo a acreditar que a Masaki é um demónio ou tem fortes implicações com estes e com o Denji, dado que já deixou alguns indicadores para os olhares mais atentos.

Sonic Prime (Primeira Temporada)
Durante mais um confronto com o Dr. Eggman, o excesso de confiança e a despreocupação de Sonic faz com que este e os seus companheiros sejam transportados para uma realidade onde o cientista domina o mundo acompanhado por diversas versões suas que incluem um bebé, um narcisista, um gamer e um idoso. Este “Council” governa com mão de ferro este mundo alternativo. Como não bastasse, os amigos de Sonic não se conhecem e possuem nomes e personalidades bem diferentes das que conhecemos. Tails é Nine, uma raposa antipática e antissocial, Knuckles e Rouge são comandantes de um grupo de rebeldes e Amy Rose é uma mortífera criação mecânica criada pelo conselho. Sonic não tem escolha senão aliar-se a este novo grupo para reunir os Prime Shards do cristal que despedaçou, confrontar o Council, e salvar o Shardverse. No entanto para o fazer vai ter de visitar diversas realidades onde em cada o grupo de amigos possui personalidades diferentes. Sonic Prime é na sua essência uma série de teor familiar, por isso preparem-se para muitas bocas foleiras e diálogos sobre a amizade. Esta última, numa ótica mais aprofundada, teve um elemento interessante para quem acompanha as aventuras do ouriço desde a sua fundação. A realidade futura distópica dá uma perspetiva do que aconteceria se o grupo não conhecesse o Sonic. Tails seria uma raposa antissocial por sofrer de bullying em Sonic The Hedgehog 2, e Amy seria capturada e transformada numa máquina pelo Dr. Robotnik em Sonic CD. De referir que as personagens apresentadas encaixam muito bem, diria mesmo que parecem orgânicas, dado que até podiam pertencem a qualquer jogo da série.
A mesma também resgata alguns valores do antigamente, visto que parece ser um misto dos mundos de Adventures of Sonic The Hedgehog e Sonic SATam. Novamente a SEGA coloca Sonic numa força rebelde contra o Dr. Eggman. De salientar que já pegou neste conceito em Sonic Forces. Também foram notórias as inúmeras referências dos jogos, desde o código da garagem do Tails ser “1992” (ano de lançamento de Sonic The Hedgehog 2) até os seus fantásticos momentos em sprites 2D quando narrou eventos passados. A meu ver esta primeira temporada de Sonic Prime sofreu essencialmente pelo seu pacing e alguma animação. Os episódios parecem que vão de frente para trás nos momentos mais inóspitos, e a sua narrativa em todos os mundos é quase sempre a mesma. O humor nestes também é muito irregular tão depressa assistimos a um divertido Tails selvagem como um Knuckles pirata que canta, ri e dança a todas as horas. A animação também sofreu desta irregularidade. Enquanto os modelos de personagens apresentam bom detalhe, certos cenários e animações como o Sonic a correr a alta velocidade estão no mínimo estranhos. Por vezes a animação do “peel” aquele “8” na horizontal nas pernas parecia ser um “8” debaixo do Sonic, e a água e outros elementos como pedras pareceram um tanto plásticos. Para finalizar também julgo que o Shadow The Hedgehog, está na série por ser uma personagem popular. Sinto que a derradeira forma de vida não se encaixa nos ambientes clássicas das Green Hills. No final do dia, Sonic Prime é uma série divertida especialmente direcionada para os fãs do ouriço, mas não a colocaria apenas num panorama juvenil, até porque é canónica e apresenta imensos detalhes e surpresas para um fã do Sonic de qualquer idade.

Urusei Yatsura (2022) (11)
Tomobiki recebe mais uma excentricidade na sua pacata cidade. Ryoko a irmã mais nova de Shuutaru passeia pelas ruas para lhe entregar o almoço que se esqueceu em casa a bordo de um boi acompanhado um pelotão de ninjas mega devotos. Como não fosse bastante, a jovem adora pregar partidas e como sente que Ataru é o alvo perfeito para as suas travessuras finge estar apaixonada. Como não podia deixar de ser a Lum não acha piada nenhuma a esta brincadeira. Após visitar a escola, a turma do barulho é convidada para festejar o ano novo na mansão dos Shuutaru. Realmente a produção poderia ter esperado uma semaninha para introduzir este segmento para a semana ou para a próxima, dado que estaremos próximos ou até mesmo em 2023. Quem vai chegar antes de fechar o ano é o Ten-chan o pequeno sobrinho da Lum, que não é bem o que parece.
Akiba Maid Sensou (12) FIM
Akiba Maid Sensou foi sem sombra de dúvidas uma das série de anime mais surpreendentes de 2022. A P.A Works após anos e anos de puras emoções decidiu ser ousada dentro do seu espectro ao produzir uma série que não só foi um autêntico murro da mesa como polvilhou a indústria de uma originalidade necessária. Akiba Maid Sensou é como uma continuação do que Lycoris Recoil produziu, ou seja, meninas fofinhas, tiros e violência. Contudo, a P.A Works debruçou-se no submundo do crime japonês, deu-lhe uma volta de 180.º e canalizou todos os seus elementos para o mundo do moe e dos maid cafés. Estes efeitos parecem totalmente desconexos. Contudo, a P.A Works confirma mesmo que o importante é a resolução. Akiba Maid Seasou narra a história de uma realidade algures entre 1995 e 1997 (sabemos deste indicador porque durante a sua abertura assistimos a um PC instalado com uma pseudo versão do Windows 95) onde os cafés de maids concorrem entre si através da lei da bala. Nagomi é uma jovem de 16 anos que deseja se tornar numa maid. Porém descobre que os seus sonhos depressa se tornaram num pesadelo. Em termo de grafismo, Akiba Maid Sensou foi muito mais além de Lycoris Recoil, isto porque a violência foi muitíssimo mais gráfica. Tivemos muito possivelmente alguns dos assassinatos mais frias que me lembro de assistir, e muitos destes foram às dezenas em cada episódio. Devido a deste “desequilíbrio” Akiba Maid Sensou algo de muito difícil nesta industria, a originalidade. Realmente nada nem ninguém está preparado para os twists, e junção de mundos tão diferentes que estranhamente podem ser muito parecidos. Este último episódio neste quesito foi exemplar porque foram várias as ocasiões que a P.A Works poderia ter enveredado pela via mais simples, mas não o fez para grande deleite dos espetadores. O final deu a entender que a viagem de Nagomi chegou à nossa realidade, mas realmente gostaria de assistir muito mais a obras deste calibre nesta P.A Works mais vanguardista. Se não assistiram deixo a minha recomendação e o selo do “Reis”.
SPY x FAMILY (25) FIM
SPY x FAMILY foi uma série com uma premissa muito diferente do habitual que teve a ousadia de fazer da sua simplicidade a sua maior qualidade. Na sua superfície pode ser descrita como uma série de espiões. Contudo, se formos analisar o se núcleo constamos que é uma espécie de sitcom. A mesma relata as aventuras da família Forger, enquanto tenta se integrar na sociedade. Esta é uma família bem peculiar, o marido é um espião, a esposa é uma assassina e a filha é uma esper. Nesta segunda parte também foi adicionado um cão que prevê o futuro. A introdução deste membro na minha ótica marcou o melhor bloco de episódios desta parte, isto porque os restantes foram ainda mais episódicos dos que assistimos na primeira parte o que produziu um efeito de estagnação. Felizmente, o episódio final desta primeira temporada voltou a colocar a série nos eixos e lançar 2023 como um ano que promete ser histórico para a obra de Tatsuya Endo e conquistou por completo também quem também não era fã de anime.
Helder Archer
Chainsaw Man aproxima-se do seu final e estou muito curioso de ver como vão terminar a temporada, muito possivelmente com a indicação de que uma segunda temporada estará a caminho, sendo que não ficaria surpreendido se tentassem um filme anime seguindo as pisadas de Demon Slayer e Jujutsu Kaisen.
My Hero Academia vai dar agora algum descaso aos nossos heróis mas foi bom ver o anime voltar às suas raízes e criar algum do hype que tinha perdido nas últimas temporadas.
BLEACH: Thousand-Year Blood War está a ser um dos animes que mais estou a gostar de acompanhar e surpreendeu-me. Agora é esperar um pouco para conhecer melhor o passado misterioso da sua mãe.
Ricardo M.
Alice in Borderland – Temporada 2 (1)
A 2ª temporada do drama de sobrevivência Alice in Borderland deu inicio a uma nova ronda na Netflix. No primeiro episódio, sem aviso prévio, os jogadores sobreviventes são atacados por um personagem que é apresentado como rei de espadas, obviamente inspirado no Death Gun de Sword Art Online Alternative Gun Gale Online. Transformando toda a cidade na sua arena, o episódio começa de modo frenético com chacina e uma perseguição a lembrar o ‘Velocidade Furiosa’ que acaba por levar os protagonistas ao encontro de mais um desafio, o do rei de paus- literalmente, acreditem. Tirando os efeitos artificiais, foi agradável como abriam a temporada, visto que houve espaço para introdução de novos adversários e também para o amadurecimento de certas personagens.
Akiba Maid Wars teve um último episódio muito bom! Foi uma montanha-russa de emoções e teve todos os pontos fortes que o anime teve durante a sua exibição condensados num episódio. O final foi inesperado mas muito satisfatório, na minha opinião. Terminei de ver Bocchi The Rock e não há elogios suficientes, é simplesmente maravilhoso e o meu preferido da temporada.
Akiba maid sensou foi do mais surpreendente. Assisti ontem ao primeiro episódio de Bocchi The Rock, a premissa para já é um K-on! Meets Komi-chan can’t comunicate.
Eu adoro Bocchi The Rock, o plot é muito simples mas a manifestação das inseguranças/sonhos da Bocchi-chan e a forma como são animadas são a melhor coisa que vi este ano. E as escolhas do estilo de animação para esses momentos foram sempre imprevisíveis e bem executadas.