De uma forma resumida, falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.
Bruno Reis
Captain Tsubasa: Youth Tournament Arc (03)
O duelo entre a seleção de sub-17 japonesa contra a equipa de Hamburgo continua a demonstrar porque Captain Tsubasa reuniu e até inspirou jogadores de futebol profissional a ficarem completamente rendidos à série. A mesma consegue o feito de ser extremamente modelar e até psicológica apesar de seguir um fio condutor muito simples. Tsubasa pela primeira sente o que tantos colegas e amigos seus sentiram, visto que apenas pôde ficar a assistir a sua equipa a ser dizimada pelos talentos da Alemanha. Mesmo ciente que não tem lugar neste duelo, só lhe restou acreditar nos seus companheiros. Hyuga também saboreia o amargo sabor da derrota ao descobrir que não tem o que é necessário para comandar uma equipa, e expulsa a sua frustração num dos seus colegas de seleção. Psicologicamente falando este episódio serviu para demonstrar que Tsubasa e os seus companheiros eram como rãs num charco e que os palcos mundiais são muito mais exigentes quer a nível físico como mental.

Shangri-la Frontier (03)
Se existe algo que estou a adorar em Shangri-La é a sua componente gaming. Sunraku ao enfrentar o monstro lendário demonstrou diversas nuances gaming que fizeram imenso sentido, tais como critical hits e disferir golpes precisos e stats para explorar pontos fracos. Nos anteriores episódios, tivemos um vislumbre desta vertente, mas creio que foi neste episódio que tivemos a maior exposição, aliás grande parte foi dedicada a uma luta contra um boss. Este efeito a meu ver cria uma identidade muito diferente de outros MMO RPG Isekais, porque ao invés do foco ser a personagem, o jogo e o que torna esta realidade um jogo é o principal fator da mesma.

Jujutsu Kaisen -Segunda Temporada- (13)
Jujutsu Kaisen a cada semana que passa está a revelar-se cada vez mais como um mais benchmark de animação, o mesmo efeito que tivemos com Chainsaw Man durante a sua exibição. Podia só enaltecer a fantástica luta entre Choso e Yuji, mas realmente não posso deixar de falar do incrível trabalho de realização e das fantásticas técnicas de animação que foram utilizadas na mesma. A produção está a ser incrivelmente modelar, além de se inspirar até em câmaras de First Person Shooters, diversos rotoscopias, e planos de câmara bem arrojados também continua a ter um especial cuidado como visualmente narra uma história sem proferir palavras. Um passado impossível narrado em 4:3 com uma lente de nostalgia foi um toque único que me deixou totalmente boquiaberto.

Rurouni Kenshin (2023) (16)
Este episódio de Rurouni Kenshin foi essencialmente um palco de reflexos e inversos. Enquanto o Dojo de Kamiya Kasshin recebeu Yutaro de braços abertos mesmo que este mantivesse uma relação próxima com o inimigo, o poderoso e imponente Raijuuta destrói fisicamente e psicologicamente os sonhos deste jovem prodígio com uma língua tão afiada como a sua espada. Este capitulo também continuou a desenvolver o Yahiko, realmente enquanto estava a acompanhar a série clássica não me apercebi que esta personagem é a mais desenvolvida, realmente Rurouni Kenshin podia ser narrado como a história de Yahiko, um pequeno samurai que vai emergir como um grande líder e ser humano.

Dr. Stone: New World (15)
Realmente não esperava de acontecimentos tão impactantes, macabros e intensos num série divertida como Dr. Stone. Este episódio teve mesmo de tudo, e o rotular de “tudo” não lhe faz a justiça em pleno. Só tenho pena que o sacrifício tenha sido em vão, porque a personagem realmente que “faleceu” finalmente viveu o que sempre quis, e este sacrifício vai deitar por terra o seu reconhecimento. Quem diria que o maior inimigo do Senkuu seria que mais jurou proteger, realmente agora que penso faz imenso sentido.

Frieren: Beyond the Journey’s End (01~07)
Finalmente consegui acompanhar a viagem de Frieren esta semana e muito sucintamente digo-vos que nunca acompanhei uma série que honrasse a morte de uma forma tão suave e pacífica. Frieren é uma elfo que acompanhou um grupo de aventureiros numa demanda para salvar um Rei Demónio de conquistar a raça humana. Onde muitas histórias terminam é aqui que esta começa porque assistimos aquele intervalo do “viveram felizes” para sempre o que existe depois do fim de uma viagem. Como já foi dito Frieren é uma elfo por isso tem um tempo de vida muito elevado, contudo, o mesmo não pode ser dito dos seus companheiros que gradualmente envelhecem e morrem. Para humanos é uma vida, para a nossa amiga nem sequer é um centésimo da sua, e depressa vemos as emoções dos mesmos a serem moldadas na elfo ao partir numa viagem que inicialmente começa a ser solitária mas que gradualmente vai é acompanhada pelas memórias e discípulos dos seus antigos companheiros e amigos. A série demonstra como o ser humano deve encarar a vida, aceitar a morte e ter a coragem de dizer adeus quando esse momento chegar com um sorriso e passar a tocha para a geração seguinte. Além de uma filosofia muito própria, Frieren também possui uma arte e animação muitíssimo acima de série semanal televisiva. Destaco o confronto entre Stark e o Dragão vermelho no episódio 6, uma verdadeiro espetáculo visual que sem duvida é digno de permanecer nos nossos futuros awards de fim de ano.
Goblin Slayer II- (03)
Se existe algo que pode estar a afastar os fãs de Goblin Slayer esta temporada é a humanização do seu protagonista. Apesar de existirem momentos com a tradicional violência gráfica aqui e acolá, não chegam sequer de perto aos que assistimos na temporada passada. Para este inicio está a ser mais calmo com o matador de Goblin até a educar jovens aventureiros do escalão porcelana, interagir com a filha da Cornélia na quinta e até sair com os seus amigos para beberem umas ‘jolas. Não é que de todo seja um efeito negativo até porque sinto que o Orcbolg deve ser algo mais que uma personagem que vê goblins até numa bosta de vaca e esta temporada está a contribuir para isso mesmo… para já porque o final antevê que vamos voltar à violência nua e crua. Não acharam divertido o Goblin Slayer ouvir gritos e imediatamente dizer “goblins”? sinceramente arrancou-me um riso miudinho.

SPY x FAMILY II- (03)
SPY x FAMILY continua a fazer o que de melhor faz, ou seja, produzir mini histórias com as suas personagens para levemente as desenvolver. Desta vez o escolhido foi Yuri, o irmão de Yoh que em algum momento da história das duas uma, ou vai confrontar Loid, ou vai enfrentar a sua Irmã e descobrir que é uma assassina. Aposto mais na primeira mas não descarto a segunda. Mas não só de Yuri viveu este episódio, pela primeira vez pudemos assistir a um episodio na integra de Bond Man, com um visual muito digno da sua época (adorei esse efeito) que revelou que talvez não seja o melhor desenho animado para uma criança pequena assistir.
Muito bom
geekzados.com.br
Frieren está a ser maravilhoso!