A DW Español publicou uma reportagem intitulada “Mangá e anime: desenhos que glorificam o nazismo” que rapidamente se está a tornar viral. Podem ver a reportagem em cima.
A reportagem tem gerado acesos debate nas redes sociais devido à sua análise da relação entre a cultura japonesa do mangá e do anime, e a sua suposta ligação com o militarismo, o revisionismo histórico e a estética associada à ideologia Nazi.
O conteúdo do vídeo aborda inicialmente a perceção geral do mangá e do anime como produtos de entretenimento com temática de fantasia e amizade. No entanto, realça que existem obras que glorificam a guerra, embora estas sejam consideradas uma minoria. A reportagem aponta que certas produções com temática bélica conseguem ultrapassar as fronteiras do Japão, dando como exemplo a popular série Girls und Panzer. Segundo o vídeo, esta obra combina a estética militar com personagens femininas nas competições de tanques, o que reflete, segundo a DW, uma tendência promovida pelo governo japonês no contexto de um suposto rearmamento militar do país.
Além disso, o vídeo analisa como o interesse japonês pelas forças armadas remonta à Era Meiji, quando o Japão adotou modelos prussianos para a modernização do seu exército. Esta ligação histórica é mencionada como uma possível origem do fascínio japonês pela estética militar alemã. Neste contexto, é abordada a relação entre o Japão e a Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, fazendo referência ao Pacto do Eixo e à influência alemã em aspetos culturais, como a música e a organização militar.
O vídeo critica também a representação histórica em algumas obras de mangá e anime. São referidos exemplos como o mangá “Hitler”, de Shigeru Mizuki, que, segundo a DW, ilustrou a sua experiência como soldado para denunciar os horrores da guerra, e “Adolf”, de Osamu Tezuka, que aborda questões relacionadas com a Segunda Guerra Mundial. numa perspectiva crítica.
O mangá e anime Attack on Titan é destacado como uma obra que, segundo a reportagem, tem sido identificada por propagar ideologias nazi e teorias da conspiração. O vídeo menciona críticas de Israel e a controvérsia gerada pelo lançamento de produtos da franquia que evocavam símbolos polémicos, embora os criadores e fãs defendam a complexidade narrativa da série como uma crítica às estruturas autoritárias.
A reportagem conclui que, embora existam mangás com conteúdo bélico e referências históricas ambíguas, a maioria das obras destaca-se pela profundidade, diversidade e capacidade de abordar temas complexos. No entanto, a DW sublinha a necessidade de manter uma visão crítica em relação aos produtos culturais que possam ser interpretados como desculpas ao militarismo ou às ideologias extremistas.
Haja paciência para estes ” jornalistas” espanhóis, eles deviam era… Bem nem vale a pena… tristeza….