Dead Rising Deluxe Remaster é o mais recente lançamento da série produzida pela Capcom, desta feita, com um remake utilizando o RE Engine das últimas iterações da série Resident Evil, permitindo assim várias melhorias gráficas, incluindo novos modelos para as personagens, zombies mais realistas, um novo sistema de iluminação dinâmico e suporte para resoluções até 4K a 60 frames por segundo.

Em DRDR, revisitamos os eventos da cidade de Willamette em 2006, tomando o controlo de Frank West, um fotojornalista que acaba preso no shopping da cidade durante uma infestação de zombies, tendo como objectivo investigar os acontecimentos que causaram o acontecimento, e pelo caminho tentar salvar outros sobreviventes, com toda a liberdade de utilizar vários objectos das lojas do shopping como armas contra os zombies, algumas destas de forma extremamente imaginativa.

As maiores diferenças deste remake são as várias melhorias de quality of life, que vão desde a modernização dos controlos, incluindo a possibilidade de movimento enquanto se  aponta e dispara armas; a melhoria da IA dos sobreviventes; a total renovação do interface gráfico, incluindo uma barra de durabilidade para as armas; a adição de várias linhas de diálogo que anteriormente eram apenas texto (e a regravação de todo o diálogo original); até à adição de várias save slots e uma função autosave, assim como a possibilidade de acelerar a passagem do tempo.

Apesar dos upgrades, praticamente todo o funcionamento do jogo é virtualmente idêntico ao Dead Rising original, apesar de ter sido tornado um jogo mais fácil. Dito isto, a verdade é que algumas das alterações não são assim tão significativas, ou a sua melhoria em relação ao original será bastante subjectiva (principalmente para os fãs do mesmo). Se por um lado o novo sistema de iluminação dá uma nova dinâmica à passagem das horas, também torna o shopping de Willamette bastante menos colorido; apesar da adição de várias linhas de diálogo, dada a regravação completa (e a mudança de alguns actores de voz), perdem-se as actuações originais e algum conteúdo foi alterado ou até removido de modo a ajustar às… “sensibilidades modernas”…

Ou seja, muitas das alterações não são obrigatoriamente melhorias, mas acabam por parecer preferências subjectivas, mas infelizmente DRDR não oferece a escolha de um ou outro em todas as suas alterações.

Desta feita, e visto que o jogo original já tinha tido um re-release remasterizado (em tudo menos nome) na PS4/XBox One/Windows em 2016, é difícil proclamar DRDR como sendo a versão definitiva do Dead Rising original, tornando-se assim apenas a versão mais recente e com algumas alterações que servem para modernizar o jogo, algumas delas mais bem-vindas do que outras.

Review por Tiago Vasconcelos.

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