O Japão acaba de estabelecer um novo recorde mundial de velocidade de internet. Investigadores japoneses conseguiram atingir a impressionante marca de 1,02 petabits por segundo, uma velocidade tão extraordinária que permitiria descarregar toda a biblioteca da Netflix em menos de um segundo
Este feito notável foi alcançado pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação e Comunicações (NICT) do Japão, em parceria com a Sumitomo Electric, tendo sido anunciado no final de maio de 2025. Para colocar estes números em perspetiva, esta velocidade equivale a cerca de um milhão de gigabits por segundo.
As implicações desta descoberta são verdadeiramente revolucionárias. Com uma velocidade desta magnitude, jogos pesados e outras aplicações poderiam ser instalados instantaneamente, transformando completamente a experiência dos utilizadores que atualmente aguardam horas pelas atualizações e instalações.
Inovação tecnológica por trás do recorde
O segredo por trás deste recorde reside numa tecnologia inovadora: uma fibra ótica especial de 19 núcleos, em contraste com os cabos convencionais de núcleo único. Esta arquitetura permite transmitir dados através de múltiplos fluxos paralelos ao longo de 1.800 quilómetros, uma distância equivalente ao percurso entre Londres e Roma.
O aspeto mais impressionante desta tecnologia é que a distância não compromete a velocidade, garantindo que os utilizadores podem usufruir de streaming e jogos online sem qualquer perda de qualidade, independentemente da sua localização geográfica.
Quando chegará ao público?
Apesar do entusiasmo que estes resultados podem gerar, é importante referir que esta velocidade recorde foi alcançada em ambiente laboratorial. Por enquanto, não existem detalhes sobre quando ou se esta tecnologia revolucionária estará disponível comercialmente para o público em geral.
Esta conquista representa um marco significativo no desenvolvimento das comunicações digitais e poderá abrir caminho para uma nova era de conectividade ultrarrápida, transformando radicalmente a forma como acedemos e consumimos conteúdos digitais no futuro.
É de facto impressionante, mas a minha pergunta é, para que é que isso serve? É quase como criar um ecrã capaz de transmitir imagens fora do espectro visível, quem é que vai considerar isso útil, pelo menos de entre o público comum? Toda esta velocidade só vai servir para acelerar ainda mais a “morte” da Internet.