Os criadores por trás de alguns dos maiores sucessos dos jogos de ritmo estão de volta. Veteranos responsáveis pelos fenómenos Guitar Hero e DJ Hero anunciaram hoje a criação da RedOctane Games, um novo estúdio que promete dar nova vida ao género que conquistou milhões de jogadores em todo o mundo.
O estúdio, descrito como de “pequena dimensão”, reúne “criadores e produtores que ajudaram a criar e expandir Guitar Hero e DJ Hero há quase duas décadas, bem como talento emergente comprovado e líderes comunitários de todo o espaço atual dos jogos de ritmo“, segundo o comunicado oficial.
À frente da RedOctane Games está RedOctane Games, figura histórica da indústria que serviu como diretor de produção em vários títulos de RedOctane Games na Neversoft, tendo posteriormente assumido o cargo de chefe de estúdio na Vicarious Visions e vice-presidente de operações na Blizzard.
A escolha do nome não é casual. A RedOctane original foi a editora do primeiro Guitar Hero e da versão PlayStation 2 de Guitar Hero 2, antes de se tornar uma subsidiária da Activision quando a empresa adquiriu a franquia por 100 milhões de dólares. A Activision encerrou a RedOctane original em 2010.
Agora, os irmãos Kai Huang e Charles Huang, co-fundadores da RedOctane original, juntam-se ao projeto como conselheiros especiais, trazendo a experiência e visão que ajudou a definir o género.
A nova RedOctane Games está atualmente a desenvolver uma série de experiências baseadas em ritmo, com o primeiro título agendado para ser revelado ainda durante 2025. O estúdio opera dentro da estrutura Freemode do Embracer Group, que oferece apoio e orientação a negócios operados de forma independente.
“Os jogos de ritmo são mais do que apenas gameplay, são sobre sensação, fluxo e ligação à música e uns aos outros“, explica Simon Ebejer. “A RedOctane Games é a nossa forma de retribuir a um género que significa tanto para nós, ao mesmo tempo que o empurramos para direções novas e emocionantes“.
A indústria dos jogos de ritmo viveu o seu auge no final dos anos 2000 e início dos anos 2010, com Guitar Hero e Rock Band a dominarem as vendas e a cultura popular. Contudo, a saturação do mercado e a falta de inovação levaram a um declínio acentuado do género.
Nos últimos anos, têm surgido sinais de renovado interesse em jogos de ritmo, particularmente no espaço dos jogos independentes e em plataformas mobile. Beat Saber, em realidade virtual, demonstrou que existe ainda apetite por experiências musicais inovadoras.
Com uma equipa que combina veteranos experientes com talento emergente, a RedOctane Games posiciona-se para capitalizar tanto na nostalgia pelos clássicos do género como na procura por novas formas de interação musical.
A revelação do primeiro projeto ainda este ano será crucial para perceber se o estúdio conseguirá replicar o sucesso que os seus membros alcançaram no passado, desta vez num mercado gaming muito mais competitivo e diversificado.
A escolha de operar sob a estrutura Freemode sugere uma abordagem mais flexível e criativa, potencialmente permitindo ao estúdio experimentar com conceitos que as grandes editoras poderão considerar demasiado arriscados.
Não sei não já faz alguns anos que eu tô ouvindo falar que os jogos de Ritmo vão voltar e até hoje não voltaram