Pete Parsons, figura de longa data na Bungie, anunciou esta quinta-feira a sua saída do cargo de CEO do estúdio, encerrando uma carreira que se estendeu por várias décadas na empresa. Parsons ocupava o posto máximo desde 2016, tendo anteriormente servido como produtor executivo e diretor de operações desde 2002.
“Esta jornada foi a honra de uma vida”, declarou Parsons num comunicado no site da Bungie. O executivo recordou que quando foi convidado a liderar o estúdio em 2015, o seu objetivo era desenvolver uma empresa capaz de “criar e sustentar entretenimento icónico que atravesse gerações”.
Justin Truman assumiu agora o papel de diretor do estúdio, depois de ter servido como diretor geral de Destiny 2 e diretor de desenvolvimento da empresa. “Estou empenhado em apoiar e trabalhar ao lado de cada membro da equipa enquanto continuamos a dedicar os nossos corações e almas a estes mundos”, afirmou Truman, referindo-se às franquias da Bungie como Destiny e Marathon.
A mudança de liderança surge durante um período particularmente difícil para o estúdio. Em julho de 2024, a Bungie despediu mais de 200 funcionários após o que a empresa descreveu como um “falhanço de qualidade” com a expansão Lightfall de Destiny 2. O estúdio também enfrentou controvérsias legais relacionadas com o despedimento de um antigo diretor criativo devido a comportamento inadequado para com funcionárias.
Os desafios não se ficam por aqui. O muito aguardado Marathon, um shooter de extração que deveria ser lançado a 23 de setembro, foi adiado indefinidamente após feedback negativo dos jogadores. O adiamento foi anunciado apenas um mês depois de ter vindo a público que a Bungie utilizou trabalho artístico em Marathon sem creditar adequadamente a artista.
Truman herda assim um estúdio em transição, com a pressão adicional de restaurar a confiança tanto dos funcionários como dos jogadores. O novo diretor prometeu que haverá mais novidades sobre Marathon e Destiny “mais tarde este ano”, embora tenha admitido que as equipas estão atualmente “de cabeça baixa” a trabalhar.
A saída de Parsons marca o fim de uma era para a Bungie, que nos últimos anos se juntou à família da Sony Interactive Entertainment após décadas como estúdio independente.