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    Dono de um dos maiores sites de pirataria de mangá do mundo quebra silêncio após encerramento forçado

    Criador do Comick admite "erros fatais" e revela ingenuidade face à pressão legal das editoras japonesas

    Treasure of Oblivion pirata screenshot

    Meotim, o programador por trás do Comick, um dos maiores sites de pirataria de mangá do mundo antes do seu encerramento esta semana, partilhou uma mensagem detalhada explicando as circunstâncias que levaram ao fim da plataforma. O criador assumiu a responsabilidade pelo fecho do site, admitindo ter cometido “erros fatais”.

    “Peço desculpa a todos, por causa dos meus erros fatais, o Comick foi derrubado”, escreveu Meotim numa declaração pública. O programador revelou que construiu o Comick no início de 2021, inicialmente motivado pela lentidão e desatualização de outros sites de mangá existentes, acreditando poder fazer melhor.

    Quando o site ganhou popularidade em 2023, Meotim confessa que o seu sonho se focou em desenvolver o Comick para se tornar “o melhor site de mangá do mundo, dominando todos os outros sites”. O objetivo passava por ajudar grupos de tradução não oficial e eliminar publicidade invasiva através da dominação completa do mercado.

    No entanto, o criador admitiu não ter antecipado a agressividade das editoras na perseguição de sites sem licenças. “O meu erro fatal foi não pensar que as editoras visariam sites de mangá sem licenças de forma tão agressiva desde o início”, explicou, revelando ter estado demasiado concentrado no desenvolvimento de funcionalidades e ter esquecido outras considerações importantes.

    Comick encerra atividade após anos como um dos maiores sites de pirataria de mangá

    Meotim confessou que quase todos os fornecedores de CDN, Cloudflare e domínios entregaram facilmente as suas informações pessoais. “As editoras conseguiram a minha informação real antes de eu perceber que estas coisas eram sérias”, admitiu.

    O dono do Comick descreveu-se como “apenas um homem honesto e direto sem esposa ainda”, explicando que sempre pensou não estar a fazer nada de mal e não precisar de esconder a sua identidade. “Fui ingénuo e pensei que podia até comprar licenças se o Comick crescesse o suficiente, como a Crunchyroll”, confessou.

    Nos três meses antes do encerramento do Comick, o site registou quase 400 milhões de visitas, segundo dados da Similarweb, adicionando centenas de mangás e milhares de capítulos semanalmente. Embora não esteja confirmado quais editoras procuraram as informações do operador, o DMCA tracker Lumen revelou que centenas de notificações de remoção foram enviadas ao Google apenas nos últimos 10 dias, representando editoras como Kodansha, VIZ Media e Haksan Publishing.

    A unidade anti-pirataria da editora Kakao Entertainment, P.CoK (Protecting the Content of Kakao Entertainment), celebrou publicamente o encerramento do Comick. Esta mesma unidade tinha anteriormente forçado o encerramento do notável site de pirataria Reaper Scans na primavera, após enviar notificações de cessação.

    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 60 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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