O acesso antecipado à beta de Call of Duty: Black Ops 7 começou a 2 de outubro, mas a festa durou pouco. Antes mesmo de muitos jogadores conseguirem experimentar o novo título, os batoteiros já tinham marcado presença de forma massiva, transformando partidas em verdadeiros pesadelos para quem joga honestamente.
Vídeos começaram a circular nas redes sociais minutos depois do arranque dos servidores. Num dos clips partilhados no twitter é possível ver um utilizador a localizar inimigos através de paredes e a eliminar adversários com precisão robótica, sem margem para erro. A naturalidade com que estas ferramentas ilegais já circulam levanta questões sobre a preparação da Activision para este lançamento.
O streamer Stodeh tornou-se numa das vozes mais audíveis desta situação. Três horas depois do início da beta, deparou-se com um batoteiro óbvio e partilhou a experiência em direto com os seus espectadores.
“Este gajo está a fazer batota na terceira hora da beta?”, perguntou incrédulo ao chat. A situação piorou quando alguém no lobby afirmou que os batoteiros já andavam ativos desde o primeiro minuto. As kill cams que se seguiram mostraram Stodeh a ser abatido por alguém que, em condições normais, nem sequer deveria conseguir vê-lo.
A reação nas redes foi imediata. Dezenas de outros vídeos semelhantes inundaram o Twitter e outras plataformas, criando uma narrativa preocupante sobre o estado do jogo.
O sistema anti-batota ainda não chegou
A ironia de toda esta situação é que a Treyarch já tinha anunciado melhorias significativas ao sistema RICOCHET Anti-Cheat. Num comunicado recente, o estúdio prometeu uma nova geração de ferramentas de deteção baseadas em machine learning, especificamente desenhadas para combater aimbots e wallhacks.
O problema? Estas proteções só estarão operacionais quando Black Ops 7 for oficialmente lançado a 14 de novembro. Durante a beta, os jogadores estão essencialmente desprotegidos, à mercê de quem decidir estragar a experiência aos outros.
Esta situação repete um padrão frustrante que se tornou quase tradição na série Call of Duty. Todos os anos, mal um novo título é revelado ou entra em testes públicos, os criadores de software ilegal entram em ação. É uma corrida armamentista sem fim entre a Activision e estes indivíduos, com os jogadores honestos apanhados no meio do fogo cruzado.
A empresa garante que está a agir rapidamente para banir infratores, mas a questão permanece: porque não implementar pelo menos uma versão básica do anti-batota durante a fase de testes? Muitos jogadores argumentam que uma beta serve precisamente para testar todos os sistemas do jogo, incluindo as proteções contra batota.
Enquanto isso, a comunidade divide-se entre quem acredita que a situação melhorará no lançamento oficial e os céticos que já viram este filme demasiadas vezes. Para quem esperava testar tranquilamente as novas mecânicas e mapas de Black Ops 7, estas primeiras horas deixaram um sabor amargo.