Com a temporada final de My Hero Academia a arrancar em outubro e o confronto entre Deku e Tomura Shigaraki a intensificar-se, os fãs da série terão em breve a oportunidade de participar diretamente na ação através de My Hero Academia: All’s Justice dia 6 de fevereiro de 2026 para PlayStation 5, Xbox Series e PC (Steam). O produtor Aoba Miyazaki sentou-se com a Anime News Network durante a Tokyo Game Show 2025 para detalhar o que distingue este título dos anteriores jogos da franquia.
Ao contrário do que muitos poderiam esperar, este não é simplesmente One’s Justice 3. Miyazaki foi claro sobre a ambição da equipa: “Dissemos como equipa: vamos fazer um jogo novo e ainda mais divertido. Por isso, redesenhámos drasticamente o interior do jogo”. A mudança de nome reflete uma filosofia diferente, mantendo uma base reconhecível mas expandindo significativamente a experiência.
O jogo apresenta dois modos distintos de narrativa. O modo história mantém-se fiel à obra original, permitindo aos jogadores experienciar os eventos da série. Já o modo Teamwork Mission oferece uma história original que mostra o crescimento dos estudantes à medida que se aproximam da batalha final. Miyazaki revelou que Kōhei Horikoshi, criador do mangá, ofereceu “muitos comentários entusiásticos” que foram incorporados no título.
Uma das apostas mais ambiciosas é o elenco jogável. Todos os membros da Classe 1-A estarão disponíveis, juntamente com os vilões, tornando-se no jogo de consola da série com maior número de personagens. Miyazaki explicou o desafio: “É um jogo de ação de luta, por isso desenhámos os movimentos para reproduzir com precisão os quirks das personagens do anime e mangá. Ainda estamos a fazer ajustes”.
O sistema Rising representa a maior inovação mecânica do jogo. Ativado através do analógico e alimentado por um indicador que se enche durante a batalha, permite melhorias nas técnicas e, dependendo da personagem, mudanças de forma fiéis à obra original. Em combates 3 contra 3, a última personagem pode aceder ao Ultimate Rising, uma versão especialmente poderosa desta mecânica que representa a forma final do lutador.
Miyazaki também abordou a integração com os movimentos Plus Ultra da série anterior: “Se ativares Plus Ultra enquanto Rising está ativo, pode ocorrer um visual diferente”. A atenção ao detalhe estende-se aos movimentos de cada personagem, com a equipa de desenvolvimento a discutir pormenores como a forma exata como cada um se movimenta, procurando capturar a essência dos quirks.
Quanto ao suporte pós-lançamento, o produtor manteve-se reservado mas deixou pistas. Existe um season pass confirmado que incluirá personagens jogáveis e opções de fatos alternativos. “Queremos criar um ambiente agradável para que os jogadores que compram e jogam possam desfrutar durante muito tempo”, afirmou, pedindo aos fãs que aguardem por informações futuras.
O equilíbrio competitivo é uma prioridade reconhecida pela equipa. Miyazaki admitiu que um mau equilíbrio em batalhas 3v3 colocaria jogadores em desvantagem, pelo que têm dedicado esforço significativo aos ajustes tanto para modos online como para um jogador. A fundação está a ser construída para garantir que tudo esteja completo no lançamento, com a equipa preparada para abordar questões quando novas personagens forem introduzidas.
Sobre a possibilidade de torneios competitivos, Miyazaki mostrou-se recetivo: “Seria ótimo se pudéssemos realizar um torneio. Se houver pessoas interessadas em participar no futuro, ou se nos contactarem, a nossa equipa ficaria mais do que feliz em providenciar algo adequado”.
A equipa de desenvolvimento é composta inteiramente por fãs de My Hero Academia, um facto que Miyazaki faz questão de salientar. Com a temporada final do anime a começar em outubro, o objetivo é partilhar a emoção acumulada através do jogo, criando algo que os fãs da série certamente apreciarão ao tornarem-se heróis.