A Netflix decidiu aventurar-se talvez na sua adaptação mais estranha até à data: Catan, o jogo de tabuleiro sobre recolha de recursos, vai ganhar versões live-action e de animação. A notícia levanta uma questão óbvia, como é que se adapta um jogo que não tem história, personagens ou sequer um enredo?
Catan é um dos jogos de tabuleiro mais vendidos do mundo, com milhões de cópias distribuídas globalmente, sendo que a sua popularidade resulta de mecânicas simples mas viciantes.
A produção ficará a cargo de Darren Kyman da Asmodee, Pete Fenlon dos Catan Studios, e Guido e Benjamin Teuber, filhos do criador original do jogo. Roy Lee, da Vertigo Entertainment, também estará envolvido como produtor. Thomas Koegler, CEO da Asmodee, partilhou o seu entusiasmo com a parceria num comunicado oficial.
“Milhões de pessoas têm desfrutado de Catan desde que foi criado e, para muitos, continua a ser uma porta de entrada para os jogos de tabuleiro modernos”, afirmou Koegler. “Estou entusiasmado por ver o jogo a expandir-se para uma audiência maior que vai descobrir a riqueza do seu universo. Também é um testemunho de que os jogos de tabuleiro fazem verdadeiramente parte da cultura pop e são uma forma popular de entretenimento nas casas de todos. Estou encantado por continuar a relação da Asmodee com a Netflix”.
A grande questão permanece, como será uma série ou filme de Catan? O jogo não tem lore, não tem gancho narrativo, não tem conflito estabelecido além da competição entre jogadores. A sua popularidade deve-se inteiramente às mecânicas de jogo, não a qualquer história de fundo rica ou cenário detalhado.
Esta não é a primeira vez que a Netflix arrisca em adaptações pouco convencionais. O jogo já foi adaptado para videojogo em várias ocasiões, mas essas versões mantiveram-se fiéis às mecânicas originais sem tentar criar uma história à volta.