5 animes mais perturbadores de 2025

Ninguém estava à espera disto. A série que nos habituou a momentos divertidos com a Anya e às trapalhadas da família mais estranha da televisão decidiu mudar radicalmente de tom. A terceira temporada mergulhou a fundo no passado de Loid, e o que descobrimos não tem nada de leve. Campos de batalha, perdas irreparáveis, crianças apanhadas no meio de conflitos armados, tudo aquilo que faz de alguém um espião de elite, mas que deixa cicatrizes profundas. Durante estes episódios, esqueces-te completamente da comédia. O anime mostra-nos que por trás daquela família aparentemente funcional existem histórias devastadoras que moldaram cada um deles. Até a própria Anya, com aquela carinha de anjo, tem um passado que arrepia.

Há produções chinesas que estão a dar cartas e esta é prova disso. Imagina acordar no corpo de outra pessoa, numa Londres vitoriana alternativa onde rituais ocultos são reais e cada esquina esconde sociedades secretas com agendas obscuras. Zhou Mingrui vive exactamente isso ao tornar-se Klein Moretti. O que torna este donghua especial é como constrói o terror de forma subtil, não há sustos baratos nem gore gratuito. Em vez disso, há uma sensação constante de que algo está errado, de que existem forças cósmicas muito para além da compreensão humana a manipular os acontecimentos. A B.CMAY Pictures criou algo visualmente deslumbrante que te puxa para dentro e não te larga. Com uma segunda temporada já confirmada, este é um título que merece toda a atenção.

O estúdio Bones pegou neste mangá e transformou-o numa experiência visceral que redefine o que esperamos de um shonen. Rudo não é o típico protagonista cheio de ideais e determinação positiva. É alguém movido por raiva pura, por um desejo de vingança que o leva a fazer escolhas moralmente questionáveis. O mundo onde vive é brutal: existe literalmente um buraco gigante chamado “The Pit” onde atiram os pobres e indesejados como se fossem lixo. As lutas são violentas, as consequências são reais, e o sistema social é de uma injustiça asfixiante. É shonen, sim, mas não daqueles que podes ver descontraidamente enquanto comes pipocas. Este exige que prestes atenção e que encares os seus temas difíceis de frente.

Terror psicológico no seu melhor. A premissa já é arrepiante, o teu melhor amigo desaparece nas montanhas durante uma semana. Quando volta, parece-se com ele, fala como ele, tem as memórias dele… mas não é ele. Algo tomou o lugar de Hikaru, e Yoshiki sabe disso. O mais perturbador? A criatura que substituiu Hikaru genuinamente preocupa-se com Yoshiki, criando uma dinâmica emocional complexa e profundamente desconfortável. A CygamesPictures capturou na perfeição aquela atmosfera de verão japonês, calor abafado, cigarras a cantar, um ar de mistério a pairar sobre tudo. Cada episódio mantém-te tenso, sempre à espera que algo terrível aconteça.

Seis episódios. Foi tudo o que bastou para criar o anime mais perturbador não só de 2025, mas possivelmente de vários anos. A Enishiya e a TBS Television juntaram-se para adaptar uma história que parece inocente à superfície, um alienígena fofo chamado Takopi quer espalhar felicidade na Terra, mas que é na realidade uma descida brutal pelos aspetos mais sombrios da infância. Shizuka tem dez anos e enfrenta bullying implacável, uma vida familiar destroçada, e pensamentos suicidas. Takopi tenta ajudar mas os seus poderes apenas complicam uma situação já desesperante. Cada episódio acerta como um murro no estômago, explorando suicídio infantil, abuso e depressão com uma honestidade crua que é difícil de aguentar. O contraste entre o visual colorido e fofo e o conteúdo devastador torna tudo ainda mais impactante. Não admira que tenha sido o primeiro anime a conseguir mais de 9 estrelas no IMDb em todos os episódios. É uma obra-prima, sim, mas é daquelas que te deixa destruído.