
A Halo Studios está a trabalhar em remakes completos de Halo 2 e Halo 3, seguindo a mesma linha de Halo: Campaign Evolved, o remake de Combat Evolved previsto para 2026. Segundo o Rebs Gaming, após consultar várias fontes incluindo um ex-programador do estúdio, a Microsoft e a Halo Studios querem garantir que “a nova era de Halo não falhe” ao evitarem riscos desnecessários.
“A liderança da Microsoft e da Halo Studios quer garantir que a nova era de Halo não falhe ao jogar pelo seguro e evitar riscos. Especificamente, querem evitar fazer outro novo jogo de Halo que seja fortemente criticado pelos fãs OG de Halo”, explicou uma fonte citada pelo Rebs Gaming. “Por isso estão a jogar pelo seguro ao refazer os jogos originais porque não podem dar-se ao luxo de falhar outra vez e os jogos originais de Halo foram muito bem-sucedidos e muitas pessoas ainda os jogam”.
A primeira indicação de que algo maior estava a ser preparado surgiu em abril de 2024, quando Dan Gniady se juntou à Halo Studios como lead game designer. Veterano da Bungie com trabalho em Destiny e Destiny 2, Gniady adicionou ao seu perfil no LinkedIn uma frase enigmática: “Fazendo direção de jogo numa experiência Halo. Devolvendo a bomba ao Covenant”.
Esta citação é uma referência icónica a Halo 2, onde o Master Chief literalmente devolve uma bomba aos invasores alienígenas. Na altura, pareceu apenas um aceno nostálgico, mas a frase ganhou novo significado quando os rumores sobre os remakes começaram a circular.
O Rebs Gaming conseguiu falar com um ex-funcionário da Halo Studios que confirmou que o estúdio está efetivamente a refazer os jogos originais, mas não pôde partilhar mais detalhes devido a um acordo de não divulgação. Outra fonte corroborou os remakes e explicou a estratégia por trás da decisão.
Os três remakes serão construídos no Unreal Engine 5, marcando a primeira vez que a franquia abandona o motor proprietário que usou durante décadas. Halo 2 e Halo 3 serão lançados juntos como uma única experiência, focando-se exclusivamente nas campanhas sem incluir multiplayer competitivo.
Segundo o Halo Leaks no twitter, que também previu corretamente detalhes sobre Campaign Evolved, o multiplayer só regressará com Halo 7, um projeto separado atualmente em desenvolvimento. Esta decisão divide a comunidade, já que muitos consideram que Halo 2 tinha o melhor multiplayer da série, o primeiro a introduzir batalhas online na franquia.
A estratégia da Halo Studios passa por ter diferentes equipas a trabalhar em projetos distintos, algumas focadas nos remakes das campanhas, outras no título multiplayer de larga escala que será Halo 7.
A decisão de recuar para terreno seguro não surge do nada. Halo Infinite, lançado em 2021, enfrentou uma receção mista e múltiplos problemas de desenvolvimento. O jogo prometia ser um regresso às raízes da série mas acabou por dececionar muitos fãs veteranos com problemas técnicos e falta de conteúdo no lançamento.
O que esperar dos remakes
Halo: Campaign Evolved, marcado para 2026, será o primeiro teste da estratégia. O jogo promete ser uma recriação “fiel mas modernizada” do original de 2001, com visuais e cinemáticas renovados, melhorias na jogabilidade como pathfinding aprimorado, e uma banda sonora refeita com novas performances de voz.
No lado do gameplay, Campaign Evolved incluirá sprint e outras mecânicas modernas, uma escolha controversa entre puristas, mas também adicionará conteúdo novo: três missões inéditas que emparelham o Master Chief com o Sargento Johnson, além de armas que originalmente apareceram em jogos posteriores, como a Needle Rifle, Battle Rifle e Energy Sword.
O remake marca também a estreia de Halo na PlayStation 5, uma decisão histórica após duas décadas de exclusividade Xbox. Josh Stein, gestor de marketing social da Xbox, afirmou que a chegada de Halo à PS5 “é uma vitória para o futuro de Halo e para aqueles que o adoram, novos e antigos”.
É crucial notar que nada disto foi oficialmente confirmado pela Microsoft ou pela Halo Studios. Toda a informação provém de insiders, pistas em redes sociais e fontes anónimas. Como sempre com rumores da indústria, deve ser tratada com cautela até surgir uma confirmação oficial.
Dito isto, o historial de precisão de alguns destes insiders dá alguma credibilidade às alegações. A contratação de Dan Gniady e a sua referência críptica a “devolver a bomba ao Covenant” também parecem demasiado específicas para serem coincidência.









