
O diretor de Demon Slayer, Haruo Sotozaki, partilhou novidades promissoras sobre a segunda parte da trilogia Demon Slayer: Infinity Castle, garantindo que o estúdio Ufotable está a canalizar toda a energia do sucesso fenomenal do primeiro filme para “satisfazer ou superar expectativas”. Numa entrevista à Deadline, Sotozaki abordou a ausência do popular personagem Inosuke no primeiro filme e deixou uma promessa aos fãs: “Se continuarem atentos e entusiasmados com o que vem a seguir, acho que vai satisfazer as expectativas de todos”.
A primeira parte de Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba – Castelo Infinito (Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba – Infinity Castle) tornou-se um acontecimento histórico na indústria cinematográfica japonesa. O filme ultrapassou os 100 mil milhões de ienes (cerca de 647 milhões de dólares) em bilheteiras globais até 16 de novembro de 2025, tornando-se o primeiro filme japonês de sempre a atingir este marco. Apenas no Japão, onde estreou a 18 de julho, arrecadou 37,9 mil milhões de ienes em 122 dias, com mais de 26 milhões de espectadores.
Durante a entrevista, Sotozaki foi questionado sobre a decisão de manter Inosuke Hashibira, um dos protagonistas da série, maioritariamente de fora durante o primeiro filme. A resposta do diretor revelou tanto o seu carinho pelo personagem como os planos para a continuação.
Sotozaki explicou: “Primeiro, deixem-me dizer que Inosuke é o meu favorito. Ele é o meu preferido, e é o mais desumano no sentido do seu carácter e comportamento. Ele não consegue realmente encaixar-se bem na equipa, mas com o tempo, vemos o arco da sua personagem desenvolver-se, e ele passa mais tempo com Tanjiro e os outros; a sua humanidade aumenta gradualmente”.
O diretor continuou: “Então, sim, ele não tem muito tempo de ecrã no filme, mas se continuarem atentos e entusiasmados com o que vem a seguir, acho que vai satisfazer as expectativas de todos”.
Embora Sotozaki não tenha confirmado explicitamente, os leitores do mangá de Koyoharu Gotouge sabem que Inosuke terá um papel crucial na segunda parte da trilogia, enfrentando um dos vilões mais poderosos da saga.
Sucesso inesperado gera pressão e entusiasmo
Quando questionado sobre se o sucesso global colocou pressão adicional sobre os próximos dois filmes, Sotozaki admitiu que a resposta do público deixou toda a equipa da Ufotable numa “posição muito humilde”. O diretor recordou histórias de cinemas japoneses que ficaram sem pipocas e não conseguiam fazer gelo suficientemente rápido para as bebidas devido à procura esmagadora.
O diretor confessou: “Acho que nenhum de nós no estúdio imaginou que iria tão longe. Não posso falar muito sobre os próximos filmes, mas direi que a resposta foi recebida, e vemos que o público sentiu fortemente e expressou alegria. Então, estamos a levar toda essa emoção e energia de volta ao estúdio, esperando satisfazer ou superar expectativas daqui para a frente”.
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Durante a entrevista com a Deadline, Sotozaki também partilhou detalhes sobre os desafios técnicos de criar o próprio Castelo Infinito. O local é renderizado em 3D de forma expansiva, enquanto as personagens são animadas em 2D, uma combinação que exigiu um refinamento constante para garantir que as ações das personagens se fundissem perfeitamente com os ambientes tridimensionais.
O diretor revelou: “Uma cena que realmente aperfeiçoámos até ao último momento é a morte de … Antes desse momento, houve muita tentativa e erro, mesmo na fase de storyboarding. Queríamos garantir que a jornada e a viagem emocional foram criadas e esculpidas para o público”.
Sotozaki explicou que a Ufotable tem uma estrutura única onde toda a equipa trabalha a tempo inteiro no estúdio, permitindo mais iterações e feedback do que outros estúdios conseguem: “Em vez de apenas ter um desenho, aprovar, e enviá-lo para a próxima pessoa no pipeline, vamos devolvê-lo ao pipeline se sentirmos que não está a funcionar corretamente”.
Quando chegam as partes 2 e 3 de Demon Slayer: Infinity Castle?
Apesar do entusiasmo, a Ufotable ainda não anunciou datas de lançamento para as partes 2 e 3 da trilogia. Rahul Purini, CEO da Crunchyroll, comentou ao The Hollywood Reporter que “os nossos parceiros na Aniplex e Ufotable ainda não decidiram datas”, mas garantiu que “há definitivamente urgência para todos nós trazermos mais Demon Slayer aos fãs o mais depressa possível — porque sabemos que a urgência está lá entre a base de fãs”.
Especulações da comunidade apontam para 2027 para a segunda parte e 2029 para a conclusão da trilogia, embora estes prazos não tenham confirmação oficial. O próprio Sotozaki tem mantido a mesma equipa principal desde o arco Unwavering Resolve, o que cria coesão mas também limita a velocidade de produção.
Com a trilogia Infinity Castle ainda em produção, a forma como o arco final do mangá, Sunrise Countdown, será adaptado permanece um mistério. A Ufotable só deverá anunciar planos para esta derradeira saga depois de concluir os três filmes de Infinity Castle, o que poderá demorar vários anos se os prazos especulados se confirmarem.
Enquanto isso, Demon Slayer: Infinity Castle tornou-se o filme de anime mais bem-sucedido de todos os tempos a nível mundial, ultrapassando o próprio Demon Slayer: Mugen Train (2020), que anteriormente detinha o recorde como o filme japonês de maior bilheteira no Japão com 40,75 mil milhões de ienes.
O filme também teve uma estreia explosiva na China a 29 de novembro, arrecadando 52,5 milhões de dólares no primeiro fim de semana e estabelecendo o recorde de maior abertura IMAX para um filme japonês no país. Este desempenho colocou Infinity Castle como o quinto filme de maior bilheteira mundial em 2025, com previsões de que possa ultrapassar os mil milhões de dólares em receitas globais.









