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    10 animes populares que só os haters odeiam

    Há um tipo peculiar de fã de anime que vive para nadar contra a corrente. Não importa se uma série tem produção impecável, narrativa envolvente ou personagens memoráveis, se milhões de pessoas gostam, então automaticamente tem de ser mau.

    10
    Attack on Titan

    A ironia suprema é que as pessoas que chamam Attack on Titan de “pretensioso” são precisamente as que soam pretenciosas ao fazê-lo. Passaram uma década a construir uma das narrativas mais complexas e coesas do anime moderno, explorando temas de liberdade versus segurança, ciclos de ódio e o custo da vingança. Mas aparentemente isso é “tentar demais”. A verdade inconveniente é que muita gente simplesmente não perdoa ao anime por ter deixado de ser aquele segredo cool que descobriram antes de toda a gente. Quando a tua mãe começa a perguntar-te sobre os titãs, já não podes usar a série para te sentires parte de um clube exclusivo. E isso, meus amigos, é imperdoável para certos egos frágeis.

    9
    Demon Slayer

    Vamos ser honestos: chamar Demon Slayer de “genérico” é a crítica mais preguiçosa que existe. Sim, segue estruturas shonen conhecidas. E depois? A Mona Lisa também usa tinta como qualquer outra pintura. O que a Ufotable fez com esta série foi elevar produção de anime a um nível que fez outros estúdios parecerem amadores. Cada episódio parece um filme, a caracterização dos demónios tem mais profundidade que protagonistas inteiros de outras séries, e Tanjiro é genuinamente uma das personagens principais mais decentes e empáticas do género. Mas claro, tornou-se o anime mais lucrativo de sempre, portanto tem de haver algo errado, certo? A lógica dos haters no seu melhor.

    8
    My Hero Academia

    “É só uma cópia dos X-Men mas em anime”. Já ouviste isto? Claro que sim. É a linha de ataque favorita de quem quer soar inteligente sem fazer o trabalho de casa. My Hero Academia pega no conceito de super-heróis e filtra-o através de sensibilidades completamente japonesas sobre sociedade, educação e responsabilidade coletiva. Deku não é o Peter Parker, a sua jornada é fundamentalmente diferente, as suas motivações são únicas, e a forma como a série explora o peso de símbolos sociais não tem paralelo no material ocidental. Mas hey, ambos têm pessoas com poderes, portanto é basicamente a mesma coisa, right? O problema real é que My Hero Academia cometeu o pecado capital de ser acessível demais. Qualquer pessoa pode entrar e apreciar, o que significa que já não podes usá-lo como gatekeeping.

    7
    Fullmetal Alchemist: Brotherhood

    Este é fascinante. Fullmetal Alchemist: Brotherhood tem literalmente décadas de consenso crítico atrás de si. Está no topo de praticamente todas as listas de melhores anime. A narrativa é apertada, cada personagem tem um arco completo, os temas são explorados com consistência, e termina de forma satisfatória. Então qual é a crítica? “É bom demais”. Sim, leste bem. O anime é tão competentemente feito que isso, de alguma forma, torna-se um defeito. É “muito seguro”, dizem eles, como se tomar riscos desnecessários fosse automaticamente superior a execução impecável. Esta é a essência do hater: quando não consegue encontrar falhas reais, inventas defeitos filosóficos baseados no facto de algo ser… bom.

    6
    Jujutsu Kaisen

    A quantidade de energia que certas pessoas gastam a tentar provar que Jujutsu Kaisen não é especial é genuinamente impressionante. “É só mais um battle shonen!” Sim, tecnicamente. Da mesma forma que Breaking Bad é “só mais um drama criminal”. O que interessa não é a categoria mas a execução, e a MAPPA está a fazer magia semana após semana. Os combates têm coreografia que outros estúdios estudam em aulas, as personagens são tridimensionais mesmo quando têm tempo de ecrã limitado, e a série não tem medo de consequências permanentes. Mas tornou-se trendy online declarar que é overrated, especialmente depois do filme Jujutsu Kaisen 0 ter destruído recordes de bilheteira. Popularidade extrema = ódio automático. A matemática é simples.

    5
    One Piece

    “Mil episódios? Quem tem tempo para isso?” A crítica favorita de pessoas que passam seis horas por dia no TikTok. One Piece é longo porque conta uma história épica que não faz compromissos. Cada arco, cada personagem secundária, cada piada aparentemente aleatória do episódio 100 acaba por ter payoff centenas de episódios depois. É worldbuilding no seu nível mais ambicioso. Mas admitir isso seria reconhecer que talvez, apenas talvez, 100 milhões de cópias vendidas e três décadas de serialização aconteceram por mérito real. É muito mais fácil dizer “a arte é estranha” e fingir superioridade moral por ter “gostos mais refinados”.

    4
    Naruto

    Existe uma fase embaraçosa pela qual muitos fãs de anime passam: aquela em que decidem que Naruto é “para crianças” e que eles são demasiado maduros para isso agora. Normalmente acontece por volta dos 16-17 anos, quando descobrem anime mais “adultos” como Death Note ou Tokyo Ghoul. De repente, todas aquelas horas a chorar com a morte de Jiraiya ou a redenção de Gaara foram “imaturidade”. A verdade é que Naruto fez algo que muito poucos anime conseguem: construiu uma mensagem genuinamente positiva sobre empatia e perdão sem soar piegas ou naive. Mas cinismo é cool, portanto temos de fingir que sempre foi mau. A quantidade de pessoas que secretamente ainda adoram Naruto mas nunca admitiriam publicamente é hilariante.

    3
    Bleach

    Durante anos, odiar Bleach era praticamente obrigatório se querias ser levado a sério na comunidade anime. “Muita pose, pouca substância”. E depois veio Thousand-Year Blood War e de repente toda a gente se lembrou porque raio Bleach era um dos Big Three em primeiro lugar. Os designs de Tite Kubo são icónicos, o sistema de poder é genuinamente criativo, e a série tem estilo para dar e vender. Sim, teve problemas,que série de centenas de episódios não tem? Mas a intensidade do ódio nunca foi proporcional aos defeitos reais. Era apenas fixe odiar Bleach. Agora que voltou com produção de topo, os mesmos críticos estão silenciosamente a ver cada episódio e a fingir que sempre apoiaram.

    2
    Death Note

    “Ah, Death Note? Vi quando tinha 14 anos”. O tom de voz com que certas pessoas dizem isto é incrível. Como se ter experienciado um dos thriller psicológicos mais bem construídos do anime fosse agora uma fase embaraçosa da adolescência. Death Note popularizou todo um subgénero, provou que anime podia ser intelectualmente estimulante para audiências mainstream, e criou uma das dinâmicas de protagonista-antagonista mais memoráveis da história do medium. Mas tornou-se a porta de entrada de milhões para anime mais sério, e isso significa que já não podes usá-lo para te sentires especial. “A segunda metade é má” tornou-se o mantra, ignorando que mesmo a segunda metade “má” é melhor que 90% do que se produz.

    1
    Spy x Family

    Este é particularmente engraçado porque as críticas são tão transparentemente em má-fé que até dói. “É wholesome demais”. “Não acontece nada de importante”. “É slice of life disfarçado de spy thriller”. Sim, e? Spy x Family sabe exatamente o que é e executa na perfeição. A dinâmica familiar entre três pessoas que escondem segredos uns dos outros mas genuinamente se importam é adorável e bem escrita. Anya tornou-se instantaneamente uma das personagens mais queridas do anime moderno. Mas o anime cometeu o erro de ser acessível, fofo e extremamente popular, portanto os haters tiveram de encontrar forma de o odiar. A solução? Fingir que não ter morte e trauma constantes é de alguma forma um defeito. Porque aparentemente todo o anime tem de ser Berserk ou não vale a pena.

    SourceCBR
    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 60 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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    nhy
    nhy
    13 , Novembro , 2025 14:31

    Pra mim, são todos ótimos.

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