10 finais anime mais devastadores que Evangelion

Enquanto a primeira temporada de Clannad explora os encantos do amor adolescente, After Story arranca brutalmente essa inocência. Tomoya e Nagisa casam-se e preparam-se para construir uma vida juntos, mas complicações destroem esse sonho. O que se segue não é apenas a morte de Nagisa, mas a transformação de Tomoya num fantasma da sua própria existência. A série poderia ter escolhido qualquer um dos finais alternativos da visual novel original, mas opta deliberadamente pelo mais doloroso. Esta não é uma história sobre superar a adversidade, é sobre aprender a respirar quando o ar parece ter desaparecido dos pulmões.

Há algo particularmente cruel numa história que anuncia a tragédia desde o primeiro episódio. Tsukasa apaixona-se por Isla, uma androide Giftia que tem exactamente nove anos e quatro meses de vida útil antes de se tornar perigosa e ser desactivada. Ambos sabem que o relógio não para, que cada momento juntos os aproxima do inevitável. Outros animes procurariam uma saída miraculosa, uma forma de enganar o destino. Plastic Memories recusa essa facilidade e usa o seu final trágico para reflectir sobre a natureza efémera de todas as relações humanas e a beleza que existe precisamente por serem temporárias.

Esta série apresenta uma visão profundamente pessimista da humanidade através de experiências brutais numa raça alienígena chamada Diclonius. Lucy, uma Diclonius amnésica, encontra refúgio com os primos Kohta e Yuka, que tentam desesperadamente protegê-la. Mas os poderes de Lucy são demasiado destrutivos e levam a perdas irreparáveis. O final sugere que Lucy abraça o seu destino como assassina, aceitando que não merece uma vida normal. Mesmo que o final aberto deixe espaço para interpretação, a mensagem é clara: a natureza humana é corrupta e a bondade raramente vence.

Poucos anime lidam tão diretamente com o luto como Anohana. Um grupo de amigos que se afastou após a morte de Menma na infância reúne-se quando o espírito dela aparece a Jinta. Trabalham juntos para ajudá-la a seguir em frente, culminando numa despedida emocional que os força a processar a perda que evitaram durante anos. Este é tecnicamente um final bonito sobre amizade e superação, mas também é devastador. Jinta e os amigos ganham perspectiva sobre a vida, mas também uma consciência aguda da sua fragilidade. A inspiração para viver plenamente vem acompanhada da consciência dolorosa de que tudo pode terminar a qualquer momento.

As revoluções raramente são indolores, e Akame Ga Kill! não poupa ninguém. Tatsumi junta-se ao Night Raid, um grupo de assassinos que luta contra um império corrupto, depois de perder os amigos para a crueldade de pessoas em quem confiava. O anime original faz uma limpeza brutal ao elenco nos episódios finais, matando personagens que os espectadores aprenderam a amar. Tatsumi entra no Night Raid sem nada a perder, mas o final arranca-lhe até a esperança de vitória significativa. É um contraste marcante com o mangá, onde o protagonista tem um destino menos sombrio.

Esta história de gangues e máfia disfarçada de boys love começa com Ash a procurar vingança pela morte do irmão e transforma-se numa saga brutal de violência, drogas e crime organizado. A ligação entre Ash e Eiji torna-se o coração pulsante da narrativa, e durante algum tempo parece que Ash poderá finalmente encontrar paz. Mas Banana Fish lembra-nos brutalmente que histórias de máfia raramente têm finais felizes. O twist final é cruel precisamente porque chega quando Ash parecia ter sobrevivido ao pior. É a confirmação de que no mundo do crime não há realmente saída.

À primeira vista, Angel Beats! parece mais um anime escolar inocente. Mas a revelação de que esta escola é na verdade uma estação de passagem no além transforma tudo. Otonashi observa todos à sua volta a resolverem os seus assuntos pendentes e seguirem em frente, enquanto ele permanece preso. O que torna esta premissa especialmente comovente é que todas estas personagens são jovens que morreram cedo demais, sem conseguirem viver plenamente. Anseiam por experiências ordinárias que lhes foram roubadas. É simultaneamente belo e devastador, forçando-nos a reflectir sobre a nossa própria mortalidade.

Se Evangelion mergulha na depressão, Texhnolyze nada até ao fundo do abismo e decide ficar lá. Situado na distopia de Lux, o anime segue Ichise, que perde um braço e uma perna e recorre a próteses avançadas para a sua missão de vingança. O final vê a extinção completa da humanidade, a erradicação da vida e o herói conflituoso a morrer sozinho. O único vislumbre de alívio é que Ichise consegue matar o seu alvo antes de perecer. É um final tão niilista que quase ultrapassa o limite do suportável.

A reimaginação de Masaaki Yuasa do clássico de Go Nagai não tem medo de abraçar totalmente a escuridão. Akira Fudo torna-se o lendário Devilman, e a história culmina com a revelação chocante de que Ryo Asuka, o melhor amigo de Akira, é na verdade Satanás. Quando Akira recusa juntar-se a Ryo e condenar a humanidade, Ryo mata-o, devastado por ter perdido o amigo. O mundo descende num apocalipse demoníaco, mas Devilman Crybaby vai mais longe: Deus, enojado com as acções de Satanás, aniquila a Terra por completo. Não sobra nada, nem esperança, nem humanidade, nem planeta.

Há muitos anime que celebram o poder da música, mas poucos o fazem de forma tão dolorosa como Your Lie in April. Kosei Arima, um prodígio do piano, abandona o instrumento após a morte da mãe. Kaori, uma violinista vibrante, inspira-o a tocar novamente e os dois formam uma dupla mágica. A série dá a Kosei um momento de felicidade genuína, apenas para o destruir de forma ainda mais cruel que a perda da mãe. Kaori morre, deixando Kosei com memórias preciosas e uma dor renovada. Este final não oferece redenção fácil, apenas a verdade brutal de que é melhor ter amado e perdido do que nunca ter amado.