15 animes para quem adora My Hero Academia segundo a Crunchyroll

Se a vida do Deku foi difícil por não ter Quirk, a situação de Asta é ainda mais complicada. Este jovem cresceu num mundo onde literalmente toda a gente possui magia, até os comerciantes mais simples conseguem realizar alguns truques básicos. Ele, por outro lado, não tem qualquer habilidade mágica.

A situação torna-se particularmente frustrante porque foi criado ao lado de Yuno, um verdadeiro prodígio. Enquanto Yuno impressionava toda a gente com feitos mágicos extraordinários, Asta dedicava-se a treinar força física. Mas quando finalmente recebe o grimório mágico aos 15 anos, em vez de ganhar poderes de mago, obtém uma espada gigantesca.

A série toda gira em torno da sua determinação em provar que não é necessária magia para ser relevante, que a força de vontade vale tanto ou mais que o talento natural. O paralelo com a jornada de Midoriya é evidente, ambos demonstram que a perseverança supera as limitações iniciais.

Apesar do nome peculiar, JoJo’s Bizarre Adventure é uma obra que merece toda a atenção. Não apresenta super-heróis convencionais, mas oferece batalhas épicas entre o bem e o mal que rivalizam com qualquer confronto de My Hero Academia.

A série funciona por arcos, cada um com protagonistas diferentes da família Joestar. Começa com uma narrativa de vampiros clássicos, evoluindo posteriormente para os Stands, manifestações físicas dos poderes das personagens que adicionam uma complexidade fascinante às batalhas.

Para quem procura algo mais próximo de My Hero Academia, Diamond is Unbreakable é a escolha ideal. Josuke Higashikata é estudante do secundário com um Stand que repara objetos danificados, e passa os dias a resolver mistérios pela cidade. Os confrontos são criativos e inesperados, incluindo batalhas contra adversários verdadeiramente bizarros.

Gon Freecss partilha várias características com Deku, o mesmo optimismo contagiante, a mesma determinação férrea, até o cabelo verde. Contudo, há uma diferença importante, Gon não hesita em usar força quando necessário.

Hunter x Hunter passa-se num mundo onde ser “Hunter” representa a profissão mais prestigiada. No entanto, para obter a licença, os candidatos precisam sobreviver a um exame extremamente perigoso onde a taxa de mortalidade é elevada. Durante este processo, Gon conhece Killua (ex-assassino profissional), Leorio e Kurapika, formando um grupo improvável de aliados.

A série começa com um tom aventureiro, mas rapidamente evolui para algo muito mais complexo e intenso. O sistema de poderes é elaborado, as lutas são estratégicas, e existem personagens cuja presença é genuinamente perturbadora. Há arcos narrativos que deixam uma impressão duradoura, provando que Hunter x Hunter é uma obra que transcende o género shonen típico.

Imagine-se Deku antes de conhecer All Might, mas em vez de receber poderes, simplesmente decide treinar fisicamente durante anos. Esta é essencialmente a premissa de MASHLE, e o resultado é surpreendentemente eficaz.

Mash Burnedead vive num mundo onde não ter magia é considerado crime. Literalmente, as consequências podem incluir prisão ou pior. Porém, ele passou a vida inteira a desenvolver força física, chegando ao ponto de conseguir partir paredes com os músculos. Quando entra para uma escola de magia onde todos dominam feitiços elaborados, a sua abordagem é consideravelmente mais direta.

A comédia surge de ver magos extremamente sérios com feitiços complexos a serem completamente superados por alguém que resolve tudo com força bruta. A subversão das expectativas do género é constante, criando situações absurdas mas altamente divertidas que mantêm o interesse do início ao fim.

Se All Might nunca tivesse perdido os poderes mas também carecesse de qualquer carisma, o resultado seria algo próximo de Saitama. Este herói é o mais forte do universo, mas ninguém o leva particularmente a sério devido à sua aparência comum e atitude apática.

O problema de Saitama não é fraqueza, é o oposto. Treinou tanto que se tornou imbatível, e agora passa os dias à procura de alguém que lhe proporcione uma batalha minimamente desafiante. Todos os vilões, independentemente de quão intimidantes pareçam, são derrotados com um único soco.

A série funciona precisamente porque subverte todas as convenções do género. Monstros gigantes que ameaçam cidades inteiras são eliminados instantaneamente. Invasores alienígenas tecnologicamente avançados não representam qualquer desafio. A verdadeira tensão vem das situações mundanas do quotidiano, criando uma dinâmica narrativa única e refrescante.

Do mesmo criador de One-Punch Man surge outra história sobre alguém excessivamente poderoso. Desta vez, o protagonista é Shigeo Kageyama, conhecido como Mob, um estudante do ensino básico que apenas deseja ser normal.

Mob possui poderes psíquicos capazes de causar destruição em larga escala, mas a sua personalidade tímida e introvertida contrasta completamente com essas habilidades. Trabalha para um suposto médium (que na realidade é um vigarista sem poderes) e passa os dias a tentar melhorar socialmente enquanto lida com espíritos malignos.

A beleza da série reside em demonstrar que poder não resolve inseguranças pessoais. Mob pode dobrar objetos com a mente, mas não sabe como fazer amigos. Pode exorcizar demónios, mas não sabe comportar-se em situações sociais. É uma exploração sensível sobre crescimento pessoal e aceitação, envolvida em batalhas psíquicas visualmente impressionantes.

Cinco estudantes acordam um dia com superpoderes. Poderiam salvar o mundo, tornar-se famosos, mudar tudo. Em vez disso, decidem simplesmente não fazer nada de especial e continuar as suas vidas normalmente.

When Supernatural Battles Became Commonplace explora este conceito peculiar, e se receber poderes simplesmente não fosse assim tão relevante? O foco está nas dinâmicas do grupo, nas conversas quotidianas e nos dramas românticos típicos do secundário, com os poderes a funcionarem como pano de fundo.

My Hero Academia não trata apenas de poderes sobrenaturais, aborda também a superação de limitações. E poucas personagens exemplificam isto tão bem quanto Hinata Shoyo.

Este jovem sonha tornar-se jogador profissional de voleibol. O obstáculo principal? A sua estatura reduzida de 1,60m num desporto onde a maioria dos atletas tem 1,90m ou mais.

Haikyu!! demonstra como Hinata transforma desvantagens em vantagens estratégicas. A sua velocidade compensa a falta de altura, e a sua imprevisibilidade torna-o num adversário formidável. Cada jogo representa uma batalha onde prova que determinação supera limitações físicas. Os paralelos com Deku são evidentes, ambos representam figuras improváveis que alcançam o impossível através de perseverança.

Naruto dispensa apresentações, mas merece estar nesta lista pela forma como a sua jornada espelha a de Midoriya.

Naruto Uzumaki é inicialmente o pior aluno da academia ninja, desprezado por todos e com habilidades questionáveis. O seu objetivo de se tornar Hokage (líder da aldeia) parece ridículo considerando as suas capacidades iniciais.

A progressão ao longo das centenas de episódios é extraordinariamente satisfatória. Ver esta personagem irritante transformar-se num dos ninjas mais poderosos do mundo, ganhar o respeito daqueles que o desprezavam e proteger amigos que inicialmente o rejeitavam, representa uma das narrativas de crescimento mais bem executadas do anime. As batalhas são épicas, o desenvolvimento de personagens é complexo, e a mensagem sobre nunca desistir dos sonhos ressoa profundamente com os temas de My Hero Academia.

Fire Force apresenta uma premissa única, bombeiros com superpoderes de fogo que combatem pessoas que entram em combustão espontânea.

Em Tóquio, cidadãos começam aleatoriamente a arder e a transformar-se em criaturas flamejantes que destroem tudo no caminho. A Fire Force é uma organização que utiliza pirocinéticos (pessoas que controlam fogo) para combater estes “Infernals”, aplicando literalmente o conceito de combater fogo com fogo.

O protagonista, Shinra Kusakabe, possui pés que emitem chamas. A variedade de poderes é impressionante, desde controlo de temperatura até manipulação da forma do fogo. Para quem aprecia a diversidade de Quirks em My Hero Academia, Fire Force oferece uma exploração igualmente criativa de habilidades sobrenaturais num contexto de ação urbana.

Professores inspiradores abundam em My Hero Academia, mas nenhum chega perto da singularidade de Koro Sensei.

Esta criatura amarela com tentáculos e um sorriso permanente destruiu 70% da Lua. Posteriormente, decidiu tornar-se professor de uma turma de estudantes problemáticos, apresentando-lhes um desafio: “Tentem matar-me. Se não conseguirem até março, destruo o planeta”. O detalhe adicional é que se move a Mach 20, tornando a tarefa aparentemente impossível.

O génio de Assassination Classroom reside no facto de que, apesar da premissa absurda, Koro Sensei é genuinamente o melhor educador que aqueles jovens alguma vez tiveram. Preocupa-se com cada aluno individualmente, compreende os seus problemas específicos e cria estratégias de ensino personalizadas. É simultaneamente a maior ameaça à humanidade e o professor mais dedicado, criando uma dinâmica narrativa única que equilibra comédia, ação e momentos genuinamente emotivos.

Os pais de Iruma Suzuki são tão negligentes que literalmente venderam a alma do filho a um demónio. Surpreendentemente, em vez de sofrer consequências terríveis, o jovem é adotado por um demónio gentil que o matricula numa escola para demónios.

O problema é óbvio, se descobrirem que é humano, as consequências serão fatais. Iruma precisa fingir ser demónio enquanto frequenta aulas sobre como ser malvado, como assustar humanos e como realizar magia demoníaca, algo que obviamente não consegue fazer.

A série destaca-se pela comédia resultante de ver este jovem bondoso ser confundido com um demónio excecional devido a uma série de coincidências e mal-entendidos. A sua experiência de vida difícil desenvolveu nele uma habilidade inconsciente para evitar problemas, resultando em situações cada vez mais absurdas que o salvam repetidamente.

Kamijo Touma possui o que parece ser a pior sorte do mundo, tudo constantemente corre mal. Contudo, tem uma habilidade peculiar na mão direita: consegue anular qualquer poder sobrenatural que toque.

A vida relativamente pacata muda drasticamente quando uma jovem freira chamada Index aparece inesperadamente. Ela afirma ter 103.000 grimórios mágicos memorizados, e agora tanto magos como cientistas querem capturá-la. Kamijo, que apenas queria estudar tranquilamente, vê-se envolvido numa guerra entre magia e ciência.

O sistema de poderes é particularmente fascinante porque apresenta dois lados completamente distintos, o mágico com feitiços e rituais, e o científico com espers e tecnologia avançada. Kamijo encontra-se no meio, não pertencendo a nenhum dos lados mas capaz de anular ambos, criando dinâmicas de combate criativas e imprevisíveis.

Para quem procura algo mais aventureiro e descontraído, Fairy Tail oferece uma viagem colorida por um mundo de magia onde guildas aceitam missões variadas.

Lucy Heartfilia sempre sonhou juntar-se à guilda Fairy Tail, famosa por ter magos poderosos (e caóticos). Quando finalmente consegue entrar, junta-se a Natsu, Gray e Erza.

A dinâmica do grupo é notável. São extremamente leais uns aos outros mas passam tempo considerável em discussões sobre assuntos triviais. As missões começam simples e rapidamente escalam para batalhas contra cultos malignos, dragões ancestrais ou magos que pretendem destruir o mundo. A série pode ser previsível ocasionalmente, mas mantém consistentemente um nível elevado de entretenimento.

Para terminar, algo substancialmente diferente. TO BE HERO X não é uma história convencional de heróis, é uma desconstrução crítica do próprio conceito de heroísmo.

Lin Ling trabalha em publicidade promovendo super-heróis, incluindo o famoso Nice. Quando finalmente conhece Nice pessoalmente, testemunha a sua morte acidental. Para evitar escândalo, Lin Ling é rapidamente transformado no substituto de Nice, gradualmente ganhando os poderes reais enquanto também adquire o fardo psicológico da posição.

A série é notável pela forma como expõe que heróis são produtos comerciais, que a imagem pública supera a realidade, e que salvar pessoas não é glamoroso mas sim traumático. Utiliza estilos de animação variados que mudam conforme o tom da cena, apresenta histórias paralelas que se interligam de formas inesperadas, e oferece uma crítica social afiada. Representa o oposto de My Hero Academia em termos de tom, mas explora as mesmas questões fundamentais sobre o verdadeiro significado de ser herói.