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    Análise ao episódio 8 de Dragon Ball Daima

    A percepção que até agora tive de Dragon Ball Daima é que parece ser uma daquelas séries que não tem pressa para colher os seus frutos. Muitos criticaram o seu rumo inicial lento deixando a ação de lado. Com base neste episódio diria que as coisas estão prestes a mudar porque já há muito tempo que um episódio de uma série não me empolgava tanto.

    Estes explosivos 20 minutos abriram com um duelo épico entre Goku e o primeiro dos três Tamagami. De salientar que o anime não se perdeu por rotundas ou outros desvios e não perdeu tempo nenhum para nos brindar com ação à moda antiga, diria mesmo que foi o mais próximo que tivemos de Dragon Ball Z numa série de Dragon Ball moderna. Um pormenor muito interessante foi que também recuperou as tradicionais auras e o efeito sonoro “fushfushfush” que tanto as caracterizou nos anos 90.

    O duelo abriu com um aquecimento onde os protagonistas foram Goku a utilizar o seu bastão mágico contra o martelo do Tamagami, que se move de uma forma muito semelhante ao Mjornir do Thor ou o Machado Leviatã do Kratos. Durante a luta descobrimos que os Tamagami estão num nível entre os Andróides e Darbura devido às observações e comentários do Kaiohshin, também é referido que Goku é um génio porque já se habitou à respiração do mundo dos demónios.

    A cereja do topo do bolo neste confronto foi na coreografia de luta, ao estilo que a Toei Animation já nos habitou, com dezenas de key frames entre uma animação frenética e extremamente elaborada. Aposto que todos se empolgaram quando Goku se transformou em Super Saiyan 2 e enviou um devastador Kamehameha contra o seu adversário, meus amigos senti-me adolescente outra vez.

    No rescaldo deste épico encontro tudo leva a crer que os Tamagami são amigáveis e apenas combatem para testar as intenções de quem deseja apoderar-se das suas Dragon Balls. Isto porque após este embate Goku é testado para uma prova que é superada através da sua inocência e coração puro. Também foi fofo ver o Tamagami imitar o Kamehameha, afinal quem cruza caminhos com Goku jamais será o mesmo não é?

    Contudo, nada nem ninguém estava à espera do verdadeiro banho de lore que seria servido na segunda parte deste episódio. Tal como suspeitava de início, Arinsu seria uma das principais antagonistas desta série, até porque foi quem sugeriu reverter Goku e os seus companheiros para crianças. Também foi revelado que Arinsu esteve presente em Dragon Ball Z quando Vegeta se sacrificou e fez o Majin Buu explodir em 1000 bocados, a Kaiohshin estava no local e obteve um destes antes de voltar para junto de uma feiticeira que afirmou ser a criadora do Majin Buu e não Bibidi, digamos que Majin Buu foi uma encomenda da bruxa Marba para o feiticeiro e que o monstro foi um fracasso porque era incontrolável. Com base nestes desenvolvimentos Dragon Ball Daima atingiu uma nova dimensão, porque além de unir de uma forma muito inteligente Dragon Ball Z a esta nova série também abriu portas para canonizar um dos vilões mais célebres dos filmes de Dragon Ball Z.

    Julgo que esta é a oportunidade perfeita para trazer o Super Janemba para o cânon porque não só as duas origens partem mais ou menos do mesmo mundo como o Super Janemba partilha algumas semelhanças do design do Kid Buu.

    Também não me importava se fosse uma versão mais consciente do Hirudegarn, talvez por gostar de vilões com designs imponentes e estar farto de rehashes de cores dos principais antagonistas de Dragon Ball Z. Mas como já tivemos o Frieza dourado em Dragon Ball Z: Ressurection of F e Cell Max no filme Dragon Ball Super: Super Hero, só falta uma variante moderna do Buu, só espero que não seja Rosé ou outra cor qualquer. Uma coisa é certa o Glorido, Gorido, ou outro nome que o Goku lá se lembre de inventar inevitavelmente vai trair o grupo mais cedo ou mais tarde.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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    gemeas
    gemeas
    2 , Dezembro , 2024 0:35

    Só é pena o Goku manter a personalidade burra e infantil que tem no Super em vez da do Z

    Anônimo
    Anônimo
    2 , Dezembro , 2024 5:15

    Sua análise foi legal. Apenas uma informação está errada. Ser irmã do “glind”, Nahare(Kaioshin) não torna a Arinsu uma Kaioshin também. Ela é uma glind sem título divino.

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