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    Anifactos – O estúdio Trigger

    Anifactos – O estúdio Trigger

    O Estúdio , é um estúdio de animação bastante recente e com uma imagem muito sua. Na minha ótica é o estúdio mais promissor da nova vaga. Porém vive numa controvérsia, a qual produz grandes êxitos ou obras que mais parecem experimentações, realmente não parecem encontrar um equilíbrio no seu ecossistema. Para solidificar estas afirmações, vamos colocar o nosso chapéu de bruxinha ou vestir as nossas lifefibers e partir a sua descoberta.

    É impossível falar do Estúdio , sem mencionar o Estúdio , os dois estão intimamente ligados. sempre se caracterizou por ser um estúdio de animação que atribuía liberdade criativa aos seus colaboradores, para que pudessem alcançar o seu verdadeiro potencial, e realmente parece que foi mesmo o caso. Por volta do inicio da segunda metade deste milénio, Gainax não estava a navegar em águas calmas, a liberdade criativa que respiravam anteriormente não era tanta. A indústria também atravessava um período conturbado, e estava inundada de obras ecchi, moe, e slice of life, e sentiu-se que estes géneros estavam aos poucos também a tomar controlo da Gainax. Talvez a maior causa que levou a criação da , foi um acontecimento que decorreu uns anos atrás. Em 2006 Ideaki Ano, um dos fundadores originais da Gainax, e mente por detrás da célebre obra, Neon Genesis Evangelion, abandou o barco, para criar um novo estúdio, o Estúdio Khara, que inicialmente teria como foco um estúdio de apoio. Este não foi sozinho, e levou consigo e levou consigo Hiroyuki Imaishi, e Masahiko Ohtsuka. Estes foram os responsáveis por brindar-nos com obras sonantes, e no seu currículo podemos encontrar além do já referenciado, Neon Genesis Evangelion, Abe Nobayashi, FLCL, Karekano, Denon Coil, Tengen Toppa Gurren Lagann, e finalmente Panty & Stocking with Garterbelt, como vêm a lista possui autênticos clássicos.

    Estes vanguardistas da animação queriam voltar a produzir obras deste calibre, tanto que se aventuraram e a 22 de agosto de 2011, fundaram o Estúdio , com a mentalidade, (que nos dias presentes tornou-se um meme), seria salvar o anime do seu estado decadente. 

    O seu nome tem dois significados, como sabem trigger, significa gatilho ou acionamento, e controversamente tem como significado de voltar a engrenar a indústria no caminho certo com originalidade e conteúdo, bem como o de disparar a matar o Moe e seus derivados.  

    Foi um ano mais tarde, que realmente começaram a sua produção. Infelizmente não foi da melhor maneira, isto porque Inferno Cop, mais parecia uma produção em Powerpoint, do que outra coisa. Neste mesmo período também ajudaram em segundo plano na produção de Sword Art Online, Idolm@ster, Black Rock Shooter e Magi. Para os puristas o primeiro trabalho a solo deste estúdio foi no videojogo para a Nintendo 3DS, Project X Zone, o qual a Trigger, foi a encarregada das suas animações. No ano seguinte lançaram uma curta de um novo projeto, no Anime Mirai, Little Witch Academia, que teve um grande sucesso, tanto que a 8 de julho abriu um projeto no Kickstater na tentativa de amealhar fundos para criar o seu segundo capítulo. Teria como base reunir 150.000 dólares, feito que foi alcançado em menos de 5 horas, mas os seus fãs continuaram a donar atingindo os 625.000 dólares no seu final. Reuniram muito mais do que o esperado, tanto que antes de produzir o segundo episódio de Little Witch Academia, a jovem Trigger, produziu muito possivelmente o seu maior feito até aos seus dias presentes e um marco na história da indústria. 

    Foi a 4 de outubro, que chegou até nós Kill la Kill, uma obra que contou muito não só com os talentos de alguns dos maiores mestres da antiga Gainax, como na sua própria filosofia do estúdio. A história de Ryuko, e os seus combates explosivos contra as Lifefibers, conquistou milhões, uniu fãs, e encheu literalmente os cofres do jovem estúdio. Talvez por esse feito, a Trigger, navegou em águas muito estoicas por demasiado tempo. Tanto que um ano mais tarde lançaram, Inou-Battle wa Nichijou-kei no Naka de, que embora não seja mau de todo, elevaram demasiado a fasquia para uma obra mediana. Em 2015, o estúdio apenas produziu umas curtas interessantes tais como Mememe juntamente ao estúdio Khara, quanto a lançar novas boas séries está quieto! Começaram com Ninja Slayer, uma adaptação em Power Point e muitos YEARTS! De Bradley Bond, Philip Ninj@ Morzez. Pouco depois criaram Haccadoll the Animation, realmente durante este tempo muitos perguntaram a si mesmos, se a Trigger queria salvar o anime ou oblitera-lo de vez! Porque sem contar com Kill la Kill, não produziram algo semelhante. Contudo nem tudo foi “mau” neste espaço de tempo, produziram as animações de Fire Emblem Fates, e finalmente lançaram o segundo episódio de Little Witch Academia, o que trouxe uma réstia de esperança para este estúdio alcançar e produzir novos sucessos.

    A 1 de Abril de 2016 produziram Space Patrol Luluco, uma série de episódios de curta duração, que contava as aventuras de uma adolescente que por tentar resgatar o seu pai torna-se uma defensora do universo, e dias mais tarde, Kiznaiver. Este último é um pouco controverso, porque todos os elementos que a Trigger, indicava presentes nesta indústria encontram-se presentes, pessoalmente eu gosto desta obra.  Finalmente chegamos a 2017,um ano que considero vital na jovem vida deste estúdio. A Trigger teve a grande ideia de expandir o universo da adorável bruxinha, Akko, e Little Witch Academia surgiu na forma de uma série anime de 25 episódios. Esta obra serviu de leme para os tempos presentes onde estamos a acompanhar a controvérsia história de Hiro e Zero Two, enquanto exploram a suas sexualidades na co-produção com a Cloverworks (A-1 Pictures), Darling in the FranXX. Ao virar da esquina teremos, SSSS.GRIDMAN, a estrear este outono, com a Tsuburaya Productions, uma subsidiaria da Tatsunoko Productions, e Promare ainda sem data definida. é um estúdio com um grande potencial, já nos brindou com duas das maiores obras anime desta nova era. Veremos o que de futuro aguarda ao gatilho da imaginação, e de um estúdio construído com as esperanças e os sonhos do que considero, o estúdio do povo. 


    Artigo por Bruno Reis. Podem enviar os vossos artigos para o email admin@otakupt.com.

    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 50 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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    Aleksey K. "Лонелy Деемо"
    Aleksey K. "Лонелy Деемо"
    11 , Julho , 2019 21:05

    O Trigger é um estúdio bem peculiar, suas obras são direcionadas a um público seleto apesar de um ou outro ponto fora da curva, e acho que deveria se manter assim para preservar a sua identidade. Considero Kiznaiver o melhor anime do estúdio.

    Shiba
    Shiba
    11 , Julho , 2019 21:05

    Trigger é dos meus studios favoritos. Geralmente eles acertam em seus animes originais.

    E estou muito ansioso por Promare. Já que terá a mesma staff de Kill La Kill envolvida.

    Ronie Peter
    Ronie Peter
    11 , Julho , 2019 21:05

    Eu gosto desse estilo do Trigger. Fazer adaptações como todo o resto da indústria não lhes renderá muita coisa. Em uma indústria onde os trabalhadores são pouco [$] gratificados e onde sua marca fica em uma obra de outrem, algo como o Trigger é uma necessidade e um recando em um sistema padronizado envelhecido e em decadência.

    Inferno Cop não foi exatamente uma tentativa de “produzir algo pela primeira vez”, eles não fizeram a obra por necessidade, mas por pura iniciativa própria de querer fazer algo legal e descolado. Não vejo como uma falha.

    Mario
    Mario
    11 , Julho , 2019 21:05

    Por isso é um estúdio bom. É porque faz muita experimentação, tenta inovar e fazer coisas diferentes. E é justamente pela Gainax dar liberdade criativa e o estudio ter surgido da Gainax que eles tem essa fama de fazer experimentação e não vejo controvérsia nenhuma em fazer experimentações e animes consagrados, seria até bom se todos estudios pudessem fazer isso ao invés de só seguir a receita de sucesso.

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