A MF Bunko J da Kadokawa anunciou que está a recolher todas as cópias da novel Koi to Noroi to Sekai o Horobosu Kaijū no Hanashi (The Story of the Monster that Destroys Love, Curses, and the World) de Sou Sagara (The “Hentai” Prince and the Stony Cat) por existirem duas linhas de texto que foram supostamente copiadas da novel Inakunare, Gunjō (Go Away, Ultramarine) de Yutaka Kōno.
De acordo com o comunicado da MF Bunko J, o próprio Sagara trouxe o assunto à atenção da editora quando, enquanto procurava impressões da sua novel viu um comentário no Twitter a 27 de outubro falando sobre a semelhança entre os parágrafos.
Nas linhas, o narrador compara dramaticamente a vermelhidão do sol poente como artificialmente feita pelo homem, e o produto de uma antiga civilização passada até nós. As linhas têm uma estrutura semelhante e têm uma escolha semelhante de palavras.
Sagara publicou uma explicação na sua conta no Twitter afirmando que tinha lido Inakunare, Gunjō seis anos atrás, e foi atraído pelas linhas específicas sobre o pôr do sol. Ele explicou que tinha transcrito as linhas para um arquivo de texto simples que mantinha como referência para escrever ideias. Ele alegou que em algum momento, por acaso ou acidente, o texto contendo a fonte e o autor das falas deixou de aparecer no arquivo. Pensando que as linhas eram a sua própria escrita, ele utilizou-as na sua novel, agora sem saber que Yutaka Kōno tinha escrito as linhas. A MF Bunko J disse no seu comunicado que julgou as ações de Sagara como acidentais, e não intencionais.
Já Yutaka Kōno também fez uma breve declaração sobre a recolha da novel de Sagara no Twitter, dizendo que aceita a explicação da sequência de eventos e não considera isso um problema. Ele acha que não há necessidade de uma recolha de cópias das novels, e que a Inakunare, a editora de Gunjō, Shinchosha, também “não estava zangada” com os eventos.
Tipo assim, por duas linhas, acho até demais.
Sim, quando isso rola acho que já basta o autor reconhecer o que rolou, como aconteceu, e nas próximas reimpressões alterar. Japão é meio extremo com essas coisas.