A mais recente edição da revista Famitsu surpreendeu tudo e todos porque o destaque na capa não foi um jogo como habitualmente, mas sim Delicious in Dungeon (Dungeon Meshi) a requintada obra mangá escrita e ilustrada por Ryoko Kui, que recebeu uma adaptação para série anime na Netflix produzida pelo estúdioTrigger (Cyberpunk: Edgerunners).
No entanto, existe um sólido propósito porque uma obra mangá/anime merece destaque numa revista de videojogos, tudo se deve a Ryoko Kui se afirmar como uma gamer ávida de jogos ocidentais.
Durante a entrevista a artista comentou sobre a sua paixão sobre as produções desta parte do mundo, especialmente pelos RPGs. A revelação de que a criadora de Delicious in Dungeon é uma gamer provocou entusiasmo e surpreendeu todos nas redes sociais no Japão e no estrangeiro.
O que mais impressionou os fãs foi a grande variedade de jogos que Kui já jogou. A sua extensa lista contém jogos de diversas eras e géneros, também menciona muitos títulos indie com histórias e SRPGs. Um fã na X resumiu o seu impressionante currículo.
It's so many and varied (plus the ones she illustrated in the interview, Dragon Age, Elder Scrolls, Pillars of Eternity, and Pathfinder) pic.twitter.com/KDhLLp4ie5
— Rodan (@Rodanosaurus) February 14, 2024
A entrevista com Ryoko Kui também revelou outros factos surpreendentes, realmente não fazíamos ideia de que esta criadora talentosa e genial, além de ser uma pessoa muito ocupada, também era uma jogador tão prolífica! Além de títulos menos conhecidos como Legend of Grimlock também revelou que jogou êxitos como Disco Elysium.
Para além da extensa lista de títulos que comentou na Famitsu, também falou sobre as suas experiências com outros media. Delicious in Dungeon, acontece num mundo de fantasia centrado na exploração de masmorras e a influência da fantasia ocidental pode ser sentida no enredo, personagens e estilo artístico e Kui mencionou que na sua obra se inspirou em elementos Tolkianos da obra de O Senhor dos Anéis e nos livros de The Never Ending Story. Contudo, só quando a serialização do seu mangá começou é que se debruçou e manifestou interessou pelos videojogos, sendo que afirma que teve de ler e estudar livros de regras de Dungeons and Dragons para criar as leis do mundo que criou. Contudo, o seu maior foco foram os RPGs e Dungeon Crawlers com cenários tradicionais de fantasia ocidental. A artista menciona que a série clássica de Wizardry, e o Dungeon Crawler Legend of Grimlock, Dragon Age e Baldur’s Gate III foram os jogos de onde retirou mais apontamentos.
Com o passar do tempo desenvolveu uma enorme paixão pelos jogos ocidentais especialmente RPGs de perspetiva de cima para baixo, tais como os Fallout clássicos e a série Divinity Original Sin e Disco Elysium. Contudo, a sua primeira experiência com jogos indie foi o simulador de controlo de imigração, Papers.
Na entrevista Ryoko também elogiou as localizações de jogos porque foram o mecanismo que lhe permitiu desfrutar de jogos ocidentais com diálogos em japonês, também elogiou o design dos fatos das personagens élficas de RPGs de fantasia ocidentais tais como Dragon Age, Divinity: Original Sin, Pathfinder e Baldur’s Gate 3. Na verdade, Kui desenhou uma ilustração dos seus elfos favoritos destes jogos, que foi traduzida por fãs no Reddit e indiretamente revelou porque Marcille está sempre a mudar de visual.
Ryoko Kui (Weekly Famitsu) – RPG Elves
byu/Savaralyn inDungeonMeshi
O seu amor pelos jogos até influenciou a escolha do compositor para a adaptação anime de Delicious in Dungeon, que está atualmente a ser transmitida na Netflix. Kui escolheu Yasunori Mitsuda simplesmente porque adorou a banda sonora do JRPG Chrono Cross. Realmente não existem dúvidas sobre a paixão ávida e variada de Ryoko Kui pelos jogos e esta foi transmitida nesta entrevista e impressionou os seus fãs, quer do Japão como no estrangeiro.
Tyranny! Excelente gosto.