2025 entrou para a história do anime com dois lançamentos que fizeram os fãs escolherem lados. Demon Slayer: Infinity Castle e Chainsaw Man: The Movie — Reze Arc chegaram aos cinemas praticamente ao mesmo tempo em vários países, criando um duelo inevitável entre duas das maiores franquias do momento.
Ambos os filmes trouxeram o que prometeram desde o anúncio: animação de cortar a respiração e histórias carregadas de emoção. Mas qual dos dois se sai melhor quando colocados frente a frente?
Infinity Castle tinha tudo para ser imbatível
O novo filme de Demon Slayer chegou com o peso de ser a primeira parte de uma trilogia que vai encerrar a série mais popular da década. A pressão era enorme, mas o estúdio Ufotable entregou algo impressionante.
As cenas de luta são um espetáculo visual constante, com uma direção que aproveita até elementos em 3D de forma surpreendente. Nunca a franquia tinha ficado tão bonita no ecrã, e dificilmente o estúdio conseguirá superar-se a si próprio tão cedo.
A história também não dececionou. As personagens ganham camadas novas através de revelações e desenvolvimentos que mexem com as emoções. O passado de Akaza funciona como um murro no estômago emocional, provando que a série sabe trabalhar drama sem forçar lágrimas.
Mas há um problema que não dá para ignorar: o filme é longo demais. Com duas horas e meia, a estrutura episódica do arco original faz-se sentir, e há momentos em que a narrativa simplesmente se arrasta. Para quem está habituado ao ritmo frenético da série, pode ser difícil manter a atenção do início ao fim.
Chainsaw Man teve um percurso complicado
Ao contrário do filme de Demon Slayer, a produção de Reze Arc não foi linear. Demorou um ano após o fim da série para ser anunciado, depois outro ano para os primeiros trailers aparecerem. Quando se soube que o realizador original tinha sido substituído por Tatsuya Yoshihara, muitos fãs ficaram apreensivos.
Felizmente, os receios não se confirmaram. A história pega exatamente onde a série parou e leva Denji por um caminho de crescimento através da sua relação com Reze. O romance entre os dois está entre o melhor que o anime tem produzido nos últimos anos, com momentos que ficam na memória.
Mas onde o filme realmente brilha é na animação. Yoshihara trouxe uma abordagem completamente diferente: cores mais vibrantes, movimentos mais dinâmicos e uma energia que se aproxima muito mais do mangá original do que a série alguma vez conseguiu. É uma mudança arriscada que funcionou na perfeição.
As lutas são onde isto se nota mais. O confronto de Denji com Reze é pura criatividade visual, com coreografia que não se vê todos os dias. Quem esperou anos por este filme saiu satisfeito.
Então qual ganha?
Os dois filmes são excelentes no que se propõem fazer. Demon Slayer aposta na grandiosidade visual e no drama emocional, enquanto Chainsaw Man equilibra romance, ação e um estilo visual único. Não há escolha errada entre os dois.
Mas se tivermos de escolher um vencedor, Chainsaw Man: The Movie — Reze Arc leva ligeira vantagem. O ritmo mais apertado e a narrativa linear fazem com que seja mais fácil mergulhar na história sem perder o fio. Infinity Castle tropeça na sua própria duração, algo que acaba por prejudicar uma experiência que poderia ter sido perfeita.
Ainda assim, a diferença é mínima. Ambos os filmes mostram o anime no seu melhor, com técnicas visuais impressionantes e histórias que valem a pena. Qualquer fã devia ver os dois e tirar as suas próprias conclusões, porque 2025 foi generoso em dar-nos duas obras-primas quase ao mesmo tempo.
