Nesta quinta-feira (18 de agosto) estreou no Brasil e em Portugal o filme Dragon Ball Super: SUPER HERO, o segundo filme do anime Dragon Ball Super e que possui animação pela Toei Animation e distribuição nos dois países pela Crunchyroll e Sony Pictures Entertainment.

A direção do longa é de Tetsuro Kodama, Akira Toriyama, o criador do mangá, é o responsável pela história e design dos personagens. Ele já estava a trabalhar nesta história enquanto o filme anterior, Dragon Ball Super: Broly, ainda estava em produção.

O elenco de voz japonês do filme é formado por Masako Nozawa (Gohan, Goku e Goten), Toshio Furukawa (Piccolo), Yūko Minaguchi (Pan), Ryō Horikawa (Vegeta), Mayumi Tanaka (Krillin), Aya Hisakawa (Bulma), Takeshi Kusao (Trunks), Miki Itō (Androide 18), Bin Shimada (Broly), Kōichi Yamadera (Beerus), Masakazu Morita (Whis), Hiroshi Kamiya (Gamma 1), Mamoru Miyano (Gamma 2), Miyu Irino (Dr. Hedo), Volcano Ota (Magenta) e Ryota Takeuchi (Carmine).

Sinopse de Dragon Ball Super: SUPER HERO

O exército Red Ribbon tinha sido destruído por Son Goku… Mas certos indivíduos decidiram levar adiante a sua missão e criaram os androides supremos: Gamma 1 e Gamma 2. Estes dois andróides – que se intitulam “super-heróis” – decidem atacar Piccolo e Gohan! Qual será o objetivo do Novo Exército Red Ribbon? Quando o perigo é iminente, é então que desperta o Super-Herói!

Piccolo Dragon Ball Super Super Hero

Em um artigo de dezembro de 2021 noticiamos aqui no OtakuPT que Akira Toriyama planejava que Dragon Ball Super: SUPER HERO fosse um filme com o objeto de contar “uma história em grande escala” e foi isso que foi entregue para o público. Mas o lado mais surpreendente é que o longa deixa de lado personagens hiper poderosos, como Goku e Vegeta, e foca em desenvolver uma aventura com um destaque em Piccolo. É interessante ver o personagem ganhando um novo destaque dentro da franquia depois de tanto tempo e gostei de ver como a trama principal foi escrita de uma forma em que ele volta a ganhar uma grande importância dentro da história da série.

Achei interessante o uso de diversos personagens secundários da série que também ganharam um tempinho de tela no decorrer do filme, alguns foram usados apenas para gerar boas cenas de comédia, já outros foram usados para ampliar o lore da série. Gostei da forma que Gohan foi usado para dar uma profundidade maior na importância de Piccolo, e a relação deles também foi trabalhada de forma bem simples no decorrer do filme (parecendo inclusive que Piccolo é mais pai de Gohan do que Goku).

Gostei que o longa ocorreu de uma forma que também homenageia diversos momentos da franquia e os fãs mais assíduos da obra irão identificar quais são estes momentos. Também é realizada uma atualização do lore de diversas coisas dentro da série, se ligando aos filmes anteriores e até uma personagem criada anteriormente para um jogo da franquia ganhou oficialmente um pequeno espaço dentro da parte animada da franquia (mesmo que seja por uma rápida imagem).

Por outro lado, achei bem jogado o filme apresenta diversas cenas envolvendo Goku, Vegeta e Broly em um treinamento no planeta de Bills. As cenas não se ligam com a trama principal do filme e acabam sendo apenas algo expositivo para deixar em aberto para coisas futuras para a franquia. O uso da Red Ribbon acabou sendo algo bem insatisfatório, apesar de Magenta e Carmine serem os clássicos vilões que querem dominar o mundo a qualquer custo. O Dr. Hedo foi um personagem que poderia ter tido um desenvolvimento maior mas que infelizmente acabou sub-aproveitado, o mesmo ocorreu com os androids Gamma 1 e Gamma 2.

Diferente do que estava sendo divulgado, creio não ser possível dizer que a animação do filme seja 100% produzida em CG. Existe sim animação em computação gráfica, mas no decorrer do filme é utilizada bastante animação tradicional para mostrar cenas em flashback. Outras cenas possuem um tipo de mescla entre 2D e 3D e em alguns momentos existem personagens ou cenários animados totalmente em CG. Como um todo, o uso de CG não atrapalha a experiência do filme, mas pode causar momentos de estranheza em personagens ou cenários.

A edição do longa é bastante dinâmica e não deixa momentos para descanso. Isso acabou me fazendo lembrar dos antigos filmes aleatórios da franquia Dragon Ball, que eram bem diretos em mostrar os personagens caindo na porrada quase todo o durante o filme. A trilha por outro lado acabou não tendo nenhuma música com um real destaque, depois dos temas apresentados em Dragon Ball Super: Broly talvez demore um pouco para vermos algo no mesmo nível novamente dentro da franquia.

No geral, Dragon Ball Super: SUPER HERO conseguiu surpreender ao focar sua história em Piccolo, homenagear diversos momentos da franquia e ainda atualizar o lore da obra. Por outro lado, foi desnecessária as cenas com Goku e Vegeta por não se ligarem à trama principal. A animação mescla muito bem CG e animação 2D, mas em personagens e cenários totalmente em CG fica evidente uma estranheza. A edição do longa é bem dinâmica, mas sua trilha não possui nenhuma música com destaque.

Adições ao elenco de Dragon Ball Super: Super Hero

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