A inteligência artificial está a transformar a indústria dos videojogos, e o projeto Horizon Steel Frontiers parece estar na vanguarda desta revolução tecnológica. Durante uma entrevista recente com o portal coreano RuliWeb, a equipa de desenvolvimento da NCSoft fez revelações surpreendentes sobre o papel da IA na criação deste aguardado MMORPG.
A equipa responsável por Horizon Steel Frontiers é descrita como a mais entusiasta no uso de inteligência artificial dentro da empresa, numa altura em que a NCSoft está a integrar estas tecnologias em vários aspetos do desenvolvimento dos seus jogos.
Quando questionados sobre a possibilidade de NPCs controlados por IA, inicialmente mencionada quando o jogo era conhecido como Projeto Skyline, os programadores esclareceram que estão a testar e processos de cooperação e combate. No entanto, o alcance da IA vai muito além disso, sendo utilizada extensivamente na produção do jogo, desde a programação até à arte.
A abordagem da NCSoft revela uma estratégia cuidadosa. A inteligência artificial está a ser usada para determinar o número ideal de jogadores para o gameplay, em vez de simplesmente apostar num grande volume de utilizadores. Esta personalização através de IA pode representar uma mudança significativa na forma como os MMORPGs são desenvolvidos.
Os programadores confirmaram ainda que as tecnologias implementadas no desenvolvimento serão reveladas gradualmente ao público numa fase posterior. Segundo a NCSoft, os jogos lançados após Aion 2 irão demonstrar um aumento substancial no uso de inteligência artificial, sugerindo que Horizon Steel Frontiers será apenas o início de uma nova era para o estúdio coreano.
Para além das questões técnicas relacionadas com IA, foram também partilhados detalhes sobre o universo do jogo. A região onde decorre a ação, baptizada de Deadlands, inspira-se no Arizona e no Novo México. Os programadores afirmaram estar a trabalhar para enfatizar a temática da obra original, ao mesmo tempo que pretendem destacar elementos como a resiliência e a esperança através do gameplay.
O conceito central do jogo mantém-se fiel à essência da franquia, o prazer de enfrentar máquinas gigantescas. Esta premissa foi expandida para o formato MMO, com a equipa a desenvolver uma nova experiência de combate. Entre as mecânicas principais estão a destruição de partes específicas das máquinas, a cooperação com outros jogadores e a montagem de armas extraídas das máquinas em transportadores.
O jogo também promete aproveitar as configurações tribais originais, oferecendo opções de personalização que começam no tipo de corpo e maquilhagem, permitindo ajustes em aspetos detalhados do personagem.
Horizon Steel Frontiers foi anunciado no G-Star 2025 como resultado da colaboração entre a NCSoft e a Guerrilla Games, estúdio da Sony Interactive Entertainment. O jogo estará disponível para dispositivos móveis e PC através.
Quanto ao lançamento, a NCSoft reiterou a janela temporal que tinha sido previamente reportada durante a apresentação de resultados trimestrais, final de 2026 ou início de 2027, com testes públicos programados para decorrer em algum momento durante 2025.
Esta aposta massiva em inteligência artificial reflete a estratégia mais ampla da NCSoft. A empresa está a desenvolver vários títulos novos, incluindo Cinder City, Limit Zero Breakers e Aion 2, todos eles beneficiando de diferentes níveis de integração com tecnologias de IA.
A indústria dos videojogos observa com atenção este movimento. Enquanto alguns estúdios mantêm uma abordagem cautelosa relativamente à IA, a NCSoft parece determinada a abraçar plenamente estas tecnologias, potencialmente estabelecendo um novo padrão para o desenvolvimento de MMORPGs no futuro.
