Lado a Lado: Neon Genesis Evangelion & Nier / Nier Automata

Hideaki Anno e Yoko Taro possuem mais em comum do que os olhos podem ser capazes de ver. Ao se aprofundar nas suas criações e sobre o que suas mentes insanas tem a nos dizer através de suas obras, eu decidi tentar convence-los sobre o quão similares esses autores são e o quão geniais eles conseguem ser aos nos carregar por através de suas obras igualmente fantásticas!

Uma das minhas experiências mais fortes com videogames e animes, quando colocadas lado a lado, é definitivamente lembranças que eu tenho de ter presenciado essas duas mídias indo contra o que era realizado antes pelas mentalidades nas quais elas estão inseridas e criando suas próprias rédeas sem dependência de segundos e terceiros em suas produções no quesito de: Para onde devemos ser guiados? E é justamente tendo esse ponto em mente que eu talvez não consiga NÃO TRAÇAR PARALELOS diretos entre as realizações e execuções que o jogo de videogame NIER AUTOMATA e o anime NEON GENESIS EVANGELION acabam fazendo para suas mídias e, principalmente, a maneira como eles tratam seus devidos assuntos e temas dentro de gêneros que estavam e ainda estão batidos para todos nós, porém que ainda carregam partes do elemento surpresa por fazerem de formas que nenhuma outra obra antes havia feito. Ou, se existir uma obra que tenha realizado essas execuções mas acabara por ser perdida pelo tempo e seu devido esquecimento, não chamou tanta atenção e não teve o devido impacto que merecia.

Não é novidade para ninguém, principalmente aqueles que já acompanhavam o trabalho desse diretor honesto e carismático, mas os jogos que antecedem Nier já tratavam de assuntos polêmicos e vistos como algo distante do que a mídia dos videogames ainda podia ou fazia bem em tratar, com sua devida naturalidade que talvez eles sempre merecessem levar. Não são o foco, porque a história não é sobre aquilo, mas eles acrescentam e enriquecem, além de dar voz e representatividade para aquelas particularidades que seus personagens possuem. E por outro lado, nós temos a mente insana de um diretor que está sofrendo de problemas sérios de depressão e a maneira como isso acaba sendo influenciado dentro da sua obra com execuções muito a frente de seu tempo daqueles personagens e principalmente a humanidade dada para o que realmente aconteceria caso crianças estivessem envolvidas com uma trama muito maior do que elas pudessem imaginar.

Depois que eu dei por encerrado as minhas aventuras em Nier: Automata, eu não podia parar de pensar sobre o quão similar Neon Genesis Evangelion e esse mais novo jogo do cabeçudinho da Square Enix conseguiam ser dentro de suas mídias mas que expandiam todo um conhecimento além do que elas em si poderiam proporcionar. E em alguns casos, fazendo execuções que até mesmo nenhuma outra mídia seria capaz de realizar – ainda hoje! Nessa introdução ao “Lado a Lado”, eu pegarei as obras Neon Genesis Evangelion e Nier Automata e discutir um pouco, buscando convencer vocês dos meus pontos que me fazem acreditar que essas obras são muito mais similares do que os olhos podem ver.

Aviso: Teremos Spoilers e ambas as obras. Spoiler pesadíssimos, portanto, se você ainda não assistiu Neon Genesis Evangelion ou jogou Nier Automata, ou até mesmo qualquer outro jogo do Yoko Taro, não se preocupe em continuar com a sua leitura e por favor, por tudo que é mais sagrado segundo suas crenças ou descrenças, apenas pare de ler por aqui e só volte quando você estiver a par dessas obras e testemunhado suas experiências por conta própria.

De um lado, nós temos um diretor conhecido por executar discussões narrativas pós-modernistas em suas obras, conhecido por seus trabalhos majoritários como sendo escritor e também diretor da famosa obra “Neon Genesis Evangelion”mas você sabia que ele também dirigiu o mais recente filme em live-action sobre o Godzilla? Co-Diretor, na verdade. Mas ainda falaremos sobre esse filme em também um quadro Lado a Lado com Evangelion! – e, enquanto isso, do outro lado nós temos um diretor de jogos como “Drakengard” e “Nier”, além de também ser um ótimo roteirista, conhecido também por ser uma das personalidades mais honestas na indústria de jogos e pela sua personalidade questionável. Frente a frente debateremos as peculiaridades que cada uma dessas figuras, Hideaki Anno e Yoko Taro, possuem quando colocadas uma ao lado da outra e o quão importantes elas acabam sendo.

Seus métodos de trabalho ao colocarem suas personalidades e discussões pessoais dentro de suas obras talvez sejam uma das verossimilhanças mais intrigantes que essas duas figuras possuem. O Método de expor o que pode existir de tão horrível dentro do ser humano em uma sociedade que contribuem para a construção de indivíduos como esses, ajudam a construir uma ponte que auxiliará na ligação do protagonista da obra, o cenário ao seu redor e o telespectador. Hideaki Anno ao atingir a sua fase mais difícil da depressão devido diversos problemas sociais ocorrendo ao seu redor e as dificuldades impostas no desenvolvimento de Evangelion, acabaram por acarretar nas execuções mais pesadamente filosóficas de sua obra quando estas acabam por trazer ao leitor os pensamentos sobre individualidade humana e as nossas razões de estarmos vivos dentro de um mundo podre que, talvez quando visto por diferentes perspectivas, possa ter a sua particularidade de beleza – mesmo debaixo de um mar de sangue representando o quão sujo aquilo ao nosso redor pode estar. Além disso, este homem também é responsável por colocar na pele de um humano que se recusa a seguir em frente quando colocado de frente a uma realidade que exige uma mudança de personalidade e um amadurecimento de sua parte – características que muitos adolescentes e principalmente adultos japoneses carregam consigo, um dos pontos mais fortes de se acompanhar após o encerramento da primeira parte de Evangelion que apesar de já executar levantamento de questões importantes sobre quem somos nós e a qual propósito servimos, ele brilha realmente perante as limitações da época em trazer até o telespectador pontos de vista que possam ser discutidos. Enquanto isso, nós temos dentro da mídia dos videogames uma figura trazendo esses questionamentos quase que de maneiras ímpares que nenhum outro jogo teria feito até então, carregando um ar de surrealidade que consegue cruzar uma ponte com as obras e principalmente “Evangelion” criado por Hideaki Anno. Nós temos “Drakengard”, por exemplo, que utiliza o seu veículo lúdico, a mídia dos videogames, para cruzar uma ponte entre a humanidade e a nossa sede por destruir algo em nossa frente apenas por questões egoístas de vermos um desejo se tornar realidade perante as nossas dificuldades, fazendo nós cruzarmos barreiras impossíveis para adquirirmos aquilo que somente nós queremos. Além de diversas outras discussões envolvendo pedofilia, religião e o questionamento sobre quem é o verdadeiro monstro da história que talvez devêssemos falar sobre isso mais para frente.

O Ponto erguido por esses dois criadores são de extrema importância quando nós vemos o contexto em que suas maiores criações foram incluídas e olhamos para trás para que tenhamos a perspectiva do que estava sendo feito até então. Em ambas as mídias, raramente – para não dizer que nunca, havia sido levantado questões sobre o que realmente aconteceria com a mente humana naquelas instâncias? Para Yoko Taro: Por que esse personagem está matando mais de 100 pessoas com apenas um brandar da espada e sendo premiado? Agindo e sendo tratado como um ser humano mentalmente estável? Se essa pessoa consegue ser premiada por matar mais de 1.000 pessoas em apenas um minuto, essa pessoa é facilmente um psicopata! E para Hideaki Anno: Como que uma criança pode estar vivenciado essas experiências e sequer passando por um processo de questionamento? Como ela é capaz de se divertir diante de tamanhos desastres? E o espírito e a mente dessa criança dado a tudo isso? E com esses pensamentos em mente, nós temos dois autores em suas devidas mídias, questionando sobre tudo que estava sendo feito até então dentro de suas respectivas mídias que ninguém até então havia se questionado sobre o quão desumano aquilo poderia ser – lembrando do fator “ficção”, obviamente, mas que é importante de ser debatido principalmente quando isso é tratado com uma naturalidade sem qualquer tipo de pergunta sobre isso. E é isso que me leva a acreditar o quão único são os trabalhos dessas figuras, porque eles não estão apenas se contentando em criar apenas algo que faça parte de uma massa: Eles possuem algo a dizer! E eu acho que isso é extremamente importante para o valor pessoal de uma obra, quando olhado em uma perspectiva diferente do que somente “mais um entretenimento”.

Outro aspecto admirável em ambos os criadores é o devido peso colocado nos momentos que eles querem passar uma sensação de importância tanto para a trama em si, quanto para a evolução dos personagens – que consequentemente, de alguma maneira, irão se envolver com a trama pessoal devido suas mudanças de estados mentais que influenciarão nas suas próximas ações e invariavelmente, serão importantes para ela em uma forma ou outra. Yoko Taro, por exemplo, nos apresenta personagens na maioria de suas obras atuais e apenas nos coloca a par de sua presença naquele microcosmo de eventos e a sua importância fica a mercê das interpretações do jogador – ao menos, de primeira instância. Taro é conhecido por executar em seus jogos uma fórmula narrativa que brinca com as expectativas do jogador quando terminamos o nosso jogo e chegamos no que seria, teoricamente, o seu encerramento. Eis que, o jogador é apresentado a invariáveis finais que vão de “A, B, C, D, E” onde aos nossos olhos, devemos levar esses finais e rotas mais como “Capítulos” do que propriamente um final – apesar de a sua ideia ser de apresentar pontos onde o jogador pode parar no momento que ele bem entender, mesmo que em um desses finais seja a letra K onde você simplesmente abandonou a sua missão e decidiu virar um pescador. O que eu quero dizer com isso, é: Taro, dentro da sua mídia, ele realiza a construção de personagem se utilizando das expectativas que o jogador possuí para aquela determinada instância, aquela determinada rota que ele seguirá de início. Para somente, após o término da nossa aventura, seremos apresentados a diferentes pontos de vistas onde ele subverterá todas as nossas expectativas naquele momento e conheceremos de maneira mais aprofundada, quem eram aquelas pessoas e porque nós devemos realmente acreditar com todas as nossas forças dessa vez, que elas eram DE FATO IMPORTANTES. Muitas vezes, não será importante para você jogador, mas para aquelas outras pessoas daquele mundo. Incluindo, aquelas dezenas de monstros que você matou sem nem mesmo se questionar quem eles realmente eram e se eles realmente estavam a fim de lutar contra você. Igualmente em outra mídia, nós temos resoluções mentais de nossos personagens lidando com situações extremamente perigosas em riscos de vida que acabam por sofrer impactos morais e até mesmo éticos em algumas vezes (Quem aqui não lembra do que o Shinji faz de frente para a Asuka no início do Death and Rebirth? Ou vocês acharam mesmo que aquilo passaria despercebido?) devido aos problemas mentais que eles acabam por sofrer desde o primeiro momento em que sentaram para pilotar aqueles robôs, que nada mais são do que uma forma de vida percê. Eles não estão no controle, pelo contrário, suas mentes quem são controladas e quando eles acreditam estar sob o domínio daquela entidade, seus corpos e mentes são levados a picos de sentimentos inimagináveis por aquelas pequenas inseguranças figuras que sequer conseguem compreender o próprio medo que sentem ao sentar naquelas poltronas. E tudo isso, para dizer o que?

Para dizer que Yoko Taro e Hideaki Anno conseguem nos emergir dentro dessas mentes inseguras em um ponto onde não conseguimos mais levá-los apenas como “imagens geradas para nos entreter”, mas sim pessoas que nos preocupamos e compreendemos as motivações e suas graduais transformações ao longo das suas obras. A Complexidade dado as suas mudanças vão gradualmente sofrendo impacto naqueles ao seu redor, dentro de si próprios e no próprio mundo em si a ponto de que tudo se transforma em um grande fator que nos consegue passar PESO. As ações dos personagens possuem peso, porque sempre possuem consequências. As ações geradas no mundo, possuem consequências e as suas consequências, possuem consequências, porque tudo possuirá posteriormente uma resposta gerada para corresponder as ações daquele determinado ponto. Os personagens e seus diálogos, até mesmo suas filosofias e momentos de quebra da quarta barreira – ferramenta de ambos os autores executam majoritariamente muito bem (Obrigado pelo Ending E de Nier Automata, Yoko Taro), eles possuem a sua devida importância principalmente para conseguirem trazer o ponto mais importante da obra que é não somente passar o quão horrível é todo aquele mundo e aqueles personagens, mas como também essa figura que está testemunhando esses eventos de uma maneira passiva, ou seja – o jogador e o telespectador, eles também podem ser figuras horríveis! E isso, torna todos os eventos que essas histórias querem passar, muito importantes, já que nós também fazemos parte dele em dado momento quando a história decide nos puxar para entrar na mente daqueles personagens, daqueles inimigos, daquele mundo e de todo o status quo que os acercam, criando uma correlação muito interessante sobre o principal ponto que eu gostaria de discutir no bloco a seguir.

Por um longo processo de tempo nós temos personagens que vão sendo levados de um ponto a para um ponto b e durante esses momentos nós aproveitamos para nos aprofundarmos sobre quem eles são, quais são suas personalidades e peculiaridades, como eles são por dentro e sobre o que eles pensam, como eles funcionam. Em ambos os lados, nós temos personagens que nunca serão uma linha reta condensada para um publico específico, mas sempre personagens multifacetados que possuem inúmeras curiosidades e características que os compõem. Fatores que os enriquecem e até mesmo coisas irrelevantes como descobrir se uma figura é homossexual ou bissexual, se ela é assexuada ou se ela é hermafrodita – que uma vez Yoko Taro disse: “Eu nunca criei personagens para que essas curiosidades fossem o seu foco narrativo, mas sim que pudessem compor quem eles são. Afinal de contas, eles existem no nosso mundo, não são estranhos, eles podem estar em menor número, mas fazem parte de nós.” para até mesmos personagens que Hideaki Anno constrói como sendo inicialmente infantis, inicialmente figuras que se divertem diante ao perigo para que tenhamos uma expansão dos seus verdadeiros sentimentos e descobrirmos que eles na verdade detestam a si mesmos, detestam aqueles ao seu redor… E SE RECUSAM A MUDAR. Por que eles se recusam a mudar? Porque odeiam a mudança! Já que eles podem acabar se tornando algo que eles nunca foram, se tornar algo que aqueles ao seu redor querem que eles se tornem para que na visão pessoal deles, se tornem um símbolo de vitória e em suas visões, sejam a própria derrota. Porém, Yoko Taro e Hideaki Anno vão além dessas construções de apenas não sermos capazes de mudar quem somos, mas também para que olhemos dentro de nós e vejamos o quão horríveis nós podemos ser diante daquilo que nossos corações desejam e diante daquilo que nossos sentimentos egoístas veem como certo e errado, nos guiando para fazermos atos que aos nossos olhos é uma conquista. E o principal fator que poderá nos derrubar no início, mas que com a ajuda daqueles ao nosso redor, seremos capazes de derrubar essa mascará da mentira e encontrarmos dentro de nós quem realmente somos a abraçarmos aquilo: Aceitação!

Em Nier Automata nós temos diversos questionamentos existenciais que nos ajudam a debater e construir mais em cima desse tema sobre “Máquinas podem ser humanos? Quem é o verdadeiro humano? O que é ser humano?” e principalmente NieR, que permeia o jogo inteiro uma sombra em torno de diversas figuras que nos deixam com uma ponta atrás da orelha mas que progressivamente vemos pinceladas singelas de suas personalidades e suas verdadeiras características que nunca antes esteve em foco e não voltará a ser, mas que nos ajudam a entender mais de seus sentimentos e a força que os carregam por durante toda essa jornada – tendo como exemplo o nosso pequeno Emil, um personagem assumidamente gay por Yoko Taro que metaforicamente sentia nojo de seu corpo e do que ele poderia ser diante dos olhos daqueles que estivessem ao seu redor, quando na verdade, a busca por sua aceitação acontece quando ele se revela verdadeiramente para aquele que realmente confiou em quem ele era de verdade, e diante desse embate entre seu espírito e seu ego, ao lado do medo, ele descobre que não havia o que mudar mas somente aceitar! 

Em Neon Genesis Evangelion, nós temos a busca por aceitação do Shinji em relação ao seu pai que desde o seu nascimento o ignorou como um ser vivo capacitado para atingir objetivos, mas que diante do pessimismo, a sua depressão diante do quão podre tudo ao seu redor em perspectiva aos seus olhos estavam sendo, ele não era capaz de avançar como um ser humano, consequentemente incapaz de se aceitar como ele realmente é, assim como sua companheira de equipe Asuka que não gostaria de estar mais sozinha, não queria mais estar dentro da escuridão que era aquele mundo gerado por um Deus injusto que a colocou em uma situação onde ela fora obrigada a evoluir, contra sua vontade, e se tornar algo que ela mais repudiava: uma adulta. O Processo de aceitação como ser vivo, é um processo doloroso que sempre acompanhará os personagens dessas duas figuras como criadores de obras fantásticas que nos levará as alturas da filosofia e questionamentos sobre quem somos e quais são os nossos propósitos. Eles realmente existem, sequer? 

E se não existem, por que ainda estou aqui? Não tendo como pensamento pessimista aquilo que nos carregou ao lado da dor, mas sim como tendo ao nosso lado o método de que devemos nos aceitar para enfrentar essas dificuldades, por mais horríveis que poderíamos ser. Não é uma vergonha encontrar a escuridão dentro de você, é um perigo você deixar ela te controlar porque será nesse momento que você eventualmente se transformará em algo que você iria contra, se tornando principalmente, o que você sempre repudiou. E isso, é algo que invariavelmente encontramos de uma maneira exemplar e que talvez somente essas duas figuras poderiam ser capazes de fazer tão bem com um peso tão significativo ao lado de seus personagens durante suas narrativas e experiências.

Hideaki Anno e Yoko Taro ainda nos presentearão com muitas histórias, sejam dirigidas e escritas diretamente por eles ou indiretamente. Por ambos os lados, nós estamos recebendo cada vez mais um reconhecimento da mídia onde nós tivemos Hideaki Anno sendo tirado das suas depressões para que pudesse trabalhar em um filme do Godzilla e quem sabe no futuro termos mais trabalhos do Diretor se envolvendo em novos projetos e, do outro lado, temos Yoko Taro sendo reconhecido por toda a mídia e dessa vez, recebendo mais carinho e reconhecimento por parte de novos fãs do que ele jamais teve, sendo presenteado com um trabalho em SINoALICEque receberá postagens aqui na OtakuPT pois tem muita coisa interessante sobre a se falar! – e quem sabe, em um futuro próximo, não o veremos trabalhando com projetos internos na Square como, por exemplo, um Final Fantasy? Ou quem sabe, Drakengard 4? O que devemos fazer é esperar que as mídias deem as devidas oportunidades para que esses dois grandes criadores possam voltar a trabalhar com coisas divisivas e que possam nos fazer voltar a pensar e cada vez mais engrandecer essas mídias que de tanta mesmice, merecem um tratamento e polimento diferenciado para que possamos encontrar histórias novas e até mesmo experiências novas advindas dessas duas mentes que, nós sabemos bem, tem muita coisa para contar ainda!

Me desculpem por ter divagado tanto nos autores parecendo mais um artigo opiniativo (?)… e na verdade ele é, afinal de contas eu nunca quero impor nada a ninguém mas sempre convencer vocês do meu ponto de vista e quem sabe, trazer vocês para o meu lado argumentativo da coisa. E, caso contrário, argumentar abaixo nos comentários sobre seus pontos de vista sobre as obras, os autores e suas criações em geral e suas semelhanças ou a falta delas… e principalmente erros de português, quem sabe? Nunca se sintam desconfortáveis sobre isso, se eu deixei passar algo durante a formatação e a revisão, por favor, me deixem a par disso. E caso você tenha gostado desse bloco, ou desgostado, deixe abaixo o que podemos melhorar e sugestões do que podemos inserir nesse quadro.

Nos vemos na próxima!

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Nyanpasu
Nyanpasu
11 , Julho , 2019 21:25

Eu achei genial os pequenos detalhes que nao são expostos ao jogador, 2 pessoas podem passar exatamente pelo mesmo lugar e acabarem com conclusões totalmente diferentes sobre a historia
por exemplo, na cidade submergida, se vc voltar com o 9s até o robo de voo da 2b, vai encontrar uma gravação dela confessando oq sente por ele antes de ser infectada , e isso completa o final ja que ela era responsável por destruir todos modelos 9s qdo eles descobrissem a verdade sobre o bunker, e isso pega hard pro jogador que acaba entendendo o quão pesado era viver nesse ciclo ( até os pods questionam no final se juntassem todas as peças e as memorias de ambos, isso nao iria se repetir..e fica aquele talvez..mas a possibilidade de um futuro diferente tbm existe ) , e vc acaba lembrando do momento do shopping, onde a 2b pensa que talvez poderia ser divertido experimentar uma outra roupa e passear com o 9s e etc, ela tem sentimentos reprimidos por causa da ”razão de viver”, o objetivo pelo qual ela é programada, e esse conflito interior q muita gente q eu vejo na internet nao conseguiu sacar, o quanto ela ja sofre internamente desde o inicio do jogo tentando negar o q ela sente ( emoções são proibidas )
https://www.youtube.com/watch?v=watcs85BDSA

outro caso é o caso do pascal, se vc deletar as memorias dele, ele vai estar vendendo os nucleos das crianças maquinas como se fossem lixo, ja que todo sentimento que ele tinha era devido as memorias que ele passou , e sem elas a importancia daquele lugar e das crianças não importa +
https://www.youtube.com/watch?v=Aq94Orzryaw&t
vc ainda tem a opção de matar ele como ele pede e acabar com seu sofrimento, ou ignorar ele, e deixa-lo com as memorias dolorosas e seguir seu caminho e vc acaba nao sabendo se ele continua vivo ou se ele se acaba se suicidando
isso tbm se encaixa com o fato de quando vc morre no game, suas informações fisicas sao perdidas, mas sua memoria no backup do bunker é guardada, reforçando mais ainda o fato de que a personalidade nao é só programação, mas experiência de vida

Weslley de Sousa
Weslley de Sousa
Reply to  Nyanpasu
12 , Julho , 2019 0:32

Eu não queria falar do momento da 2B e nem do Paschal porque estou guardando para falar deles na Rota C que eles entram nos meus momentos favoritos da Rota, mas são coisas que me pertubaram bastante por foram exatamente as coisas que eu fiz:

Após a morte da 2B, eu fiz a sequência de eventos quase que perfeitamente, eu escutei a mensagem e logo em seguida eu fiz a questline da sepultura onde o 9S aprende o conceito de sepultamento e isso me deixou muito para baixo – ao mesmo tempo que foi um dos melhores momentos dos videogames para mim e para o Paschal eu escolhi apagar as memórias dele e quando isso acontece, eu tremi na base.

No outro New Game que eu fiz, eu escolhi deixar ele sozinho e saí andando porque para mim, eu idealizei que ele deveria arcar com as consequências de seus atos quando ele ensinou para as crianças o conceito de medo.

Koerich-kun
Koerich-kun
Reply to  Nyanpasu
12 , Julho , 2019 2:14

Cada vez mais eu me pergunto: quanta coisa desse jogo eu deixei passar ?? Nunca havia visto essa mensagem da 2B (e nem vou ver no vídeo, vou deixar pra ver no jogo, já que estou jogando pela segunda vez) e também não sabia disso sobre o Pascal. Realmente é um jogo maravilhoso e muito bem feito. Isso me lembra que também tenho que fazer os finais C e D de Drakengard 3…

Weslley de Sousa
Weslley de Sousa
Reply to  Koerich-kun
12 , Julho , 2019 3:43

E sabe o que isso lembra?
Que vai rolar Sessão Spoiler de Drakengard aqui no site.

E vai ser as postagens mais creepy as fuck desse site desde… (Eu não lembro, mas deve ter uma por aí)

Cláudio Correa
Cláudio Correa
11 , Julho , 2019 21:25

Belo texto.

Weslley de Sousa
Weslley de Sousa
Reply to  Cláudio Correa
12 , Julho , 2019 2:14

Obrigada! <3