Megalo Box 2: Nomad, desde o início dos seus trailers produziu um misto de confusão e desinteresse, isto por voltar a pegar numa série aparentemente conclusiva, polvilhando-lhe com um ambiente depressivo. Contudo, após assistir ao primeiro episódio deixo-vos a recomendação para voltaram a fazê-lo, isto porque de certo modo até pode superar a original.
Em Megalo Box 2: Nomad, assistimos à queda do “Gearsless Joe”, o antigo campeão da Megalonia. Como todos sabemos Joe, recusou-se a usar as Gears na série anterior, por isso recebeu esta alcunha, o seu espaço no ringue, e viveu intensamente no coração dos seus fãs após emergir vencedor do seu combate contra Yuri. Avançamos sete anos para a frente, e encontramos um Joe, completamente diferente. Depois de se tornar campeão, sente-se perdido, isto por viver o lado negro da fama. Combates pré-determinados, líderes corruptos, a impossibilidade de voltar a sentir o entusiasmo e vigor que experienciou anos atrás nos ringues. Devido a esta espiral, Joe, tornou-se viciado em drogas, e encontra-se sozinho, vivendo os seus dias em quartos de hotel apenas na companhia de bebidas alcoólicas. Como não fosse bastante o antigo campeão desenvolveu estados de psicose, e frequentemente tem alucinações dentro e fora dos ringues com o seu antigo treinador, que por razões desconhecidas já não está perto de si.
A caminho de um combate, encontra um lobo na estrada, no entanto, ao invés de se afastar, o animal encara Joe nos olhos, enquanto a sua moto se aproxima a toda a velocidade. Para evitar a morte do animal, é Joe quem se afasta, felizmente sem lesões. Como todos se devem recordar, o lobo foi metaforicamente o animal que Joe, foi comparado na série anterior, e este episódio pode ser uma metáfora entre o Joe anterior, e o Nomad, o seu atual nome de ringue, que tal como indica viaja de um sítio para o outro. Isto porque o Joe anterior encarava a adversidade sem pestanejar e enquanto o novo apenas arranja fugas e meios para a evitar, até mesmo depois do acidente o lobo continua encarar um Joe amedrontado sem se mover.
Contudo, quase no final do episódio após mais um encontro pré-determinado, Joe, volta a encontrar o mesmo lobo, todavia desta vez já sem vida. Agora ao analisar o animal descobre que este se encontra cheio de cicatrizes, possivelmente de antigas batalhas, um feito que imediatamente ressoa no seu interior, pois, Joe também partilhou inúmeras batalhas e o seu coração também está repleto de cicatrizes. Como Megalo Box, é uma obra que comemora o 50.º aniversário de Ashita no Joe, uma série clássica de boxe, é possível que este também seja o prenúncio da morte de Joe, e ambos partilhem o mesmo destino brevemente, isto porque Joe também enterra o corpo do animal.
De resto, Megalo Box 2: Nomad, continua com aquele estilo visual característico dos anos 70, nublado, mas rico em detalhe e animação. Contudo, a banda-sonora e a direção parecem agora se debruçar em The Last of Us, as canções são compostas na sua maioria por guitarras clássicas, têm uma alma hispânica, e os seus ambientes também apresentam valores mistos entre a humanidade, decadência e depressão.
Por estes e muitos mais motivos que certamente teremos com o fluir da série, deixo-vos a recomendação para voltarem a acompanhar esta genial série produzida pela TMS Entertainment, admito que estava um pouco reticente, mas depois deste primeiro episódio, não me restam dúvidas que a qualidade visual e escrita também não vão faltar em Megalo Box 2: Nomad.
Nem me passou pela cabeça q n vou assistir esse sequência, vou continuar.
Também estava extremamente apreensivo com essa continuação. Mas se não foi a melhor, Megalo Box Nomad foi uma das melhores estreias dessa temporada. No entanto, espero que a qualidade se mantenha.
Até agora foi a que gostei mais.
Completamente no ponto. Depois de um excelente primeiro episódio, se alguém estava com receio desta continuação, pode ir sem medo.