Estreando no dia 1° de abril de 2023 e com transmissão em Portugal e Brasil pela Crunchyroll, a série anime do mangá Hell’s Paradise: Jigokuraku cumpre as expectativas nestes primeiros episódios.
A série anime possui animação pelo estúdio MAPPA (Chainsaw Man, Jujutsu Kaisen, Dororo), direção de Kaori Makita (Twittering Birds Never Fly: The Clouds Gather), guião de Akira Kindaichi (Garo -Vanishing Line-), Koji Hisaki (Kids on the Slope) é responsável pelo design de personagens e Yoshiaki Dewa (The aquatope on white sand) está a compor a banda sonora.
Sinopse de Hell’s Paradise: Jigokuraku
Capturado durante uma missão de assassinato, Gabimaru é condenado à morte, mas nada parece matá-lo devido ao seu corpo sobre-humano. Acreditando que o seu amor pela sua esposa o mantém inconscientemente vivo, o carrasco Yamada Asaemon Sagiri oferece-lhe a chance de ser perdoado de todos os crimes pelo Shogunate se ele encontrar o elixir da vida em Shinsenkyo, um reino lendário recentemente descoberto a sudoeste do Reino Ryukyu. Depois de perder cinco equipas de expedição enviadas para a ilha, desta vez o Shogunate envia um grupo de condenados no corredor da morte. Cada condenado recebe um carrasco de Yamada Asaemon, com quem eles devem retornar para obter o perdão.
Estes primeiros episódios de Hell’s Paradise: Jigokuraku foi uma excelente apresentação para quem não conhecia nada da série, que foi exatamente o meu caso. A história de Gabimaru é apresentada de uma forma bem trabalhada e cativa quem está assistindo. De início temos alguém misterioso que não morre de forma alguma, para no final termos um personagem com motivação para se negar a morrer. Gostei também como a personagem Sagiri Yamada Asaemon tem uma apresentação que serve de contraponto a filosofia assassina de seu parceiro.
O nome da série não é Hell’s Paradise a toa, o tipo local que ira se tornar o principal motivador da série é algo que já foi utilizado em outros tipos de obras, seja animes ou outras mídias, a questão agora será como a série vai desenvolver sua história em torno deste local. Olhando de longe, me parece bem claro que a obra vai entrar mais para um lado de battle royale. Isso não é algo ruim, afinal estamos apenas no início da história e só no final teremos uma visão se isso foi bem desenvolvido como um todo.
Diferente de suas produções mais recentes, como Chainsaw Man, Jujutsu Kaisen, Dororo, estes primeiros episódios de Hell’s Paradise me pareceu que ira para um lado mais tradicional e simples. Isso não é algo ruim, afinal estes episódios ainda são muito bem produzidos e com um estilo visual que são de encher os olhos com muitos detalhes. A animação está muito dinâmica e com boas cenas de ação, apesar de estarem inicialmente em um nível mais baixo que seus antecessores. A violência é um fator presente o tempo todo nos episódios, com momentos bem violentos junto dos momentos de ação. Agora fica a expectativa se a produção vai se manter neste nível, o que já é muito satisfatório, ou se eles vão elevar ainda mais o nível de qualidade da produção.
A trilha sonora destes primeiros episódios são bem marcantes e dentro da temática da série. Apesar de Yoshiaki Dewa não ter muitos animes famosos em seu currículo, muitas das obras em que ele participou tem temas musicais bem marcantes. O tema de abertura do anime mostra bem como será o clima da série, ainda assim ela casa bem com a musica Ｗ●ＲK” pelos millennium parade × Shiina Ringo, que é bem divertida de ser ouvida. Mesmo indo para um clima mais melancólico, o enceramento “Paper Line” por Uru também consegue casar bem com o clima da série.
No geral, minhas primeiras impressões de Hell’s Paradise: Jigokuraku são plenamente satisfatórias em questão de animação, visual, trilha, personagens e história. Porém, vamos ver se o estúdio MAPPA vai conseguir manter o mesmo nível de qualidade nos próximos episódios. Já quanto a sua história, a expectativa é sobre como ela vai desenvolver Gabimaru, Sagiri e a busca deles no local misterioso e mortal.
