
Na última semana foi realizada mais uma edição da CCXP. O evento organizado pela Omelete Company ocorreu mais uma vez na São Paulo Expo na cidade de São Paulo e teve como atrações os painéis de diversas empresas do entretenimento anunciando diversos tipos de conteúdos que serão lançados no decorrer de 2026.
O evento já é parte do calendário oficial do turismo da cidade de São Paulo, por esse motivo sua realização já gera bastante expectativa em quem gosta de participar desse tipo de evento. Ao mesmo tempo existe a expectativa dos fãs de determinadas obras em saber se sua série ou filme favorito vai ganhar um painel próprio dentro da CCXP. No decorrer de todo 2025, até a chegada do evento e até nos últimos minutos, existia a expectativa de um anúncio novo que trouxesse uma surpresa no ano em que as convenções voltadas para fãs foram completamente mornas.
Seguindo uma tendência mundial, as maiores empresas de entretenimento não estiveram de forma completa na CCXP25. A Disney teve um conteúdo sobre a série Percy Jackson, mas oficialmente nem estande no evento ela tinha. A Warner trouxe conteúdo de Cavaleiro dos Sete Reinos (a nova série no universo de Game of Thrones), mas teve seu conteúdo engolido pela notícia de compra pela Netflix. A Netflix… nem estande teve nessa CCXP. A Amazon Prime Video foi tão protocolar que os conteúdos de The Boys e Fallout não tiveram um grande impacto. Desta vez nem a Crunchyroll salvou, pois seu painel foi bem protocolar e sem qualquer anúncio. Então, o que teve de bom nessa CCXP25?

Quem estava atrás de conteúdo específico acabou tendo acesso a bons painéis nos palcos menores. No Palco Blast foi possível assistir palestras com quadrinistas de renome ou assistir conteúdos de filmes e séries brasileiras sem a necessidade de pegar muitas filas. No Palco Blast também foi exibida a pré-estreia de animes pela Crunchyroll e o anúncio de mangás de algumas editoras. O Palco Universe foi ponto de encontro dos fãs de anime, mangá, cosplay e cultura pop do leste-asiatico. Este ano o Palco Universe manteve o mesmo bom nível de qualidade no conteúdo em seus painéis.
Em questão estrutural a CCXP25 me pareceu evoluir em comparação ao ano anterior. Mesmo dia mais cheio, não houve momento em que o corredor travava pela quantidade de pessoas. O fluxo para andar entre os estandes era muito bom. Outro ponto positivo é a boa higiene do pavilhão e dos banheiros do São Paulo Expo.
Agora de negativo temos que falar do transporte que leva para o evento. Saindo do metrô Santos-Imigrantes, o transporte gratuito da CCXP mantém o problema de falta de ônibus para conseguir manter um ritmo para conseguir levar todos que desejam usar esta opção. Isso acabou fazendo com que ir e voltar a pé da estação Jabaquara se tornasse uma opção muito mais viável. O evento ainda tinha uma opção de transporte pago saindo de cidades específicas da região metropolitana, mas fica bem complicado existir este tipo de opção de transporte para um evento em que o ingresso não é barato.
Resumindo tudo, a CCXP25 fez o que podia com o pouco conteúdo disponibilizado por algumas das grandes empresas de entretenimento. Conseguiu trazer conteúdo de qualidade nos palcos menores e com uma evolução de sua estrutura. Mas, continua com o problema do transporte gratuito em não conseguir ônibus o suficiente para quem queria usar essa opção.









