De 10 a 16 de Setembro, no Cinema São Jorge, a 18.ª edição do MOTELX apresenta “House of Sayuri” (Japão), de Kôji Shiraishi, “The Cursed Land” (Tailândia), de Panu Aree e Kong Rithdee, “Do You See What I See” (Indonésia), de Awi Suryadi, e “Tenement” (Camboja), de Sokyou Chea e Inrasothythep Neth. E ainda três títulos da Índia que provam que o cinema indiano está grande forma no terror: “Kill”, de Nikhil Nagesh Bhat; “Sister Midnight”, de Karan Kandhari, e “Stolen”, de Karan Tejpal.
Aqui o destaque vai para a exibição em Portugal da adaptação para filme live-action do mangá de horror Sayuri de Rensuke Oshikiri.
A direção foi entregue a Kōji Shiraishi (Sadako vs. Kayako, Impossibility Defense) e no elenco temos:
- Ryōka Minamide interpreta o protagonista do filme, Norio, o filho mais velho da família Kamiki
- Zen Kajihara como o pai Akio
- Fusako Urabe como a mãe Masako
- Kitarō como o avô Shōzō
- Kokoro Morita como a irmã mais velha de Norio, Keiko
- Ray Inomata como o irmão mais novo de Norio, Shun
- Toshie Negishi como a avó de Norio, Harue, que sofre de demência
- Hana Kondo como Nao Sumida, colega de classe de Norio
Sayuri começou a ser publicado na Comic Birz em janeiro de 2010 tendo terminado em março de 2011. O mangá é formado por 2 volumes.
A história segue uma família que muda de casa. Imediatamente, a família e a casa vivenciam fenómenos misteriosos.
Oshikiri lançou o mangá Hi Score Girl na revista Monthly Big Gangan da Square Enix em 2010 e terminou-o em setembro de 2018. Oshikiri lançou o spinoff Hi Score Girl DASH na Big Gangan em dezembro de 2019. O mangá principal inspirou uma adaptação para anime.
O MOTELX 2024 vai acontecer de 10 a 16 de Setembro no Cinema São Jorge
O norte-americano “Strange Darling”, o francês “The Soul Eater”, o brasileiro “Continente”, o indiano “Sister Midnight” e o sul-coreano “Handsome Guys” são alguns dos novos títulos que completam a programação do 18.º MOTELX, numa edição que percorre o mundo inteiro na mostra do melhor do cinema de terror da actualidade
Entre os mais de 100 filmes distribuídos por sete dias de programação arrepiante e extraordinária, o Festival traz ainda a novidade True Crime Night, com o chocante documentário “The Lie”, e uma Sessão Surpresa em parceria com a FilmTwist.
A programação completa da 18.ª edição pode ser consultada em motelx.org e os bilhetes já estão disponíveis em blueticket.meo.pt.
No que diz respeito à representação asiática no MOTELX 2024
Longas-metragens:
Dia 10 de Setembro
23h30 | Sala 3 – “House of Sayuri” (Japão, 2024), de Kôji Shiraishi
Dia 11 de Setembro
18h45 | Sala Manoel de Oliveira – “Do You See What I See” (Indonésia, 2024), de Awi Suryadi
Dia 12 de Setembro
00h00 | Sala 3 – “Tenement” (Camboja, 2024), de Sokyou Chea e Inrasothythep Neth
Dia 13 de Setembro
16h50 | Sala 3 – “Stolen” (Índia, 2023), de Karan Tejpal
19h00 | Sala 3 – “The Cursed Land” (Tailândia, 2024), de Panu Aree e Kong Rithdee
Dia 14 de Setembro
15h00 | Sala 3 – “Tenement” (Camboja, 2024), de Sokyou Chea e Inrasothythep Neth (repetição)
21h20 | Sala Manoel de Oliveira – “Kill” (Índia, 2024), de Nikhil Nagesh Bhat
00h00 | Sala Manoel de Oliveira – “Handsome Guys” (Coreia do Sul, 2024), de Nam Dong-hyub
Dia 16 de Setembro
18h50 | Sala 3 – “The Cursed Land” (Tailândia, 2024), de Panu Aree e Kong Rithdee (repetição)
Curtas-metragens:
Dia 15 de Setembro
17h45 | Sala 2 – “Where the Mountain Women Sing” (Hong Kong, Taiwan, EUA, 2024), de Juefang Zhang
Dia 16 de Setembro
13h00 | Sala 3 – “Where the Mountain Women Sing” (Hong Kong, Taiwan, EUA, 2024), de Juefang Zhang
De 10 a 16 de Setembro, o Festival vai transformar novamente o Cinema São Jorge na casa oficial do terror e viajar por cerca de 30 países, a partir de uma centena de obras que representa a saudável e vigorosa chama da produção de género.
Depois de anunciados os filmes a exibir nas sessões de abertura e de encerramento – “Speak No Evil”, de James Watkins, e “The Surfer”, de Lorcan Finnegan (com o inigualável Nicolas Cage no papel principal), respectivamente, entre outros poderosos e aterrorizantes títulos, o MOTELX apresenta finalmente a programação completa da 18.ª edição, afirmando a sua permanente habilidade no atravessar de diversas geografias e gerações, e na abertura para a infinita variedade de subgéneros que cabe no cinema de terror.
A acrescentar à secção Serviço de Quarto, chegam mais propostas imperdíveis em estreia nacional, como os franceses “The Soul Eater”, da dupla Alexandre Bustillo e Julien Maury, que vem ao Festival mostrar uma longa-metragem sobre o ressuscitar de uma antiga lenda que desperta uma criatura maléfica, e “Animale”, da realizadora Emma Benestan, que associa a masculinidade tóxica à tortura de animais. O cinema europeu presente neste MOTELX traduz-se ainda nos zombies filosóficos e existencialistas de “Handling the Undead”, da norueguesa vencedora do prémio Méliès d’argent em Neuchâtel (Suíça), Thea Hvistendahl; na brutalidade repugnante, filmada em plano sequência, de “One Night with Adela”, do espanhol Hugo Ruiz; e na vingança que se serve fria em “The Last Ashes”, do luxemburguês Loïc Tanson, também convidado no Festival.
Vindos do outro lado do Atlântico, destacam-se o norte-americano “The Angry Black Girl and Her Monster” – primeira longa-metragem de Bomani J. Story -, que revisita “Frankenstein”, romance de Mary Shelley, relacionando-o com a violência policial que continua a ameaçar a comunidade negra nos EUA; o canadiano “Hunting Daze”, de Annick Blanc, onde a programação volta a confrontar-nos com o tema da masculinidade tóxica; e os brasileiros “A Herança”, de João Cândido Zacharias (presença garantida no Cinema São Jorge) – um queer horror muito pessoal que funde giallo com telenovela, em estreia europeia -, e “Continente”, de Davi Pretto – uma crítica social que coabita com o terror clássico.
Prova de que o cinema indiano está em grande forma no terror, o Serviço de Quarto é ainda contaminado pelo humor afiado e transformado em pesadelo de “Sister Midnight”, de Karan Kandhari, que deu que falar na última Quinzena dos Realizadores em Cannes, e pela revelação de realidades sociais que nos escapam, no alucinante road movie nocturno “Stolen”, de Karan Tejpal. Ambos somam-se ao filme mais sangrento desta edição, o já anunciado “Kill”, de Nikhil Nagesh Bhat, e a mais títulos asiáticos imperdíveis: “House of Sayuri” (Japão), de Kôji Shiraishi, “The Cursed Land” (Tailândia), de Panu Aree e Kong Rithdee, “Do You See What I See” (Indonésia), de Awi Suryadi, e “Tenement” (Camboja), de Sokyou Chea (que o vem apresentar a Lisboa) e Inrasothythep Neth.
Este ano, o MOTELX preparou duas Sessões Duplas, com a primeira a acontecer numa sexta-feira 13 e a ser protagonizada pelo holandês “Trauma Porn Club”, de Michael Middelkoop, e pelo norte-americano “Strange Darling”, de JT Mollner – um filme contado em seis capítulos, que subverte os papéis do serial killer, com fotografia do actor Giovanni Ribisi. No dia seguinte, a double bill fica a cargo de “Handsome Guys”, de Nam Dong-hyup – remake coreano da comédia de terror “Tucker & Dale vs. Evil” -, e de “Do Not Enter”, de Hugo Cardozo – found footage do Paraguai.
Da secção Doc Terror, “Dario Argento: Panico” (Reino Unido, Itália), de Simone Scafidi, segue de perto os rituais do eterno mestre italiano do giallo e é o primeiro filme a ser exibido no 18.º MOTELX, ao final da tarde de 10 de Setembro; “Alien Island” (Chile, Itália), de Cristóbal Valenzuela Berríos, retrata a comunicação entre rádios amadoras e uma ilha habitada por extraterrestres, durante a ditadura militar chilena; e “So Unreal” (EUA), de Amanda Kramer, explora a representação do ciberespaço e os perigos ligados à tecnologia, com narração de Debbie Harry (estrela de “Videodrome” e dos Blondie), no último dia. Também a 16 de Setembro, o Festival inaugura a True Crime Night com um documentário absolutamente horrendo e chocante, “The Lie”, da realizadora britânica Helena Coan, sobre o desaparecimento de uma jovem em Auckland, na Nova Zelândia, que coloca o espectador no lugar do investigador e alerta para os perigos das relações sentimentais na era das apps de encontros.
Na segunda-feira, a despedida faz-se ainda com uma nova Sessão Surpresa em parceria com a FilmTwist e com “10 Rillington Place” (Reino Unido, 1971), de Richard Fleischer, a quinta e última obra do ciclo “A Bem da Nação: Os Filmes de Terror Proibidos pelo Estado Novo”.
“Fréwaka” (Irlanda), de Aislinn Clarke, “In The Blind Spot” (Alemanha), de Ayşe Polat – duas realizadoras que marcam presença em Lisboa -, “Planet B” (França, Bélgica), de Aude Léa Rapin, e “She Loved Blossoms More” (Grécia, França), de Yannis Veslemes, são os filmes que se juntam a “The Devil’s Bath” (Áustria, Alemanha), de Veronika Franz e Severin Fiala, e a “Oddity” (Irlanda), de Damian Mc Carthy, na competição Méliès d’argent – Melhor Longa Europeia 2024.
Outro momento particular é o encontro com Alan Jones – crítico de cinema especialista em terror, director artístico dos festivais FrightFest e Trieste Science+Fiction, e antigo DJ dos Sex Pistols – para a apresentação dos seus livros “Discomania” e “Starburst: The Complete Alan Jones Film Reviews 1977-2008”.
Assinala-se também mais uma noite épica de trivia no MOTELquiz, onde se testam os conhecimentos sobre terror e cultura pop (entrada livre, mediante pré-inscrição através do e-mail inscricoes@motelx.org).
Mas antes do prato principal, o MOTELX faz um saboroso aquecimento para os sete dias muito intensos que aí vêm. O Warm-Up do Festival conta assim com a exibição de “The Terminator”, de James Cameron – 40.º aniversário -, na Sessão de Cinema ao Ar Livre (quinta-feira, dia 5 – entrada livre) e com o programa laboratorial MOTELX AV Lab co-hosted by Liquid Sky Artistcollective (sexta e sábado, dias 6 e 7 – bilhetes à venda na Blueticket), no Beato Innovation District. A 7 de Setembro, no mesmo local, decorre o AI Horror Short Film Showcase (entrada livre), e, perto da madrugada, no Village Underground, a MOTELX Warm-Up Party, também em parceria com o colectivo artístico Liquid Sky, tem preparada uma noite de batidas negras e imagens do inferno (10€ em pré-venda e 12€ à porta).