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    Análise de The Alliance Alive HD Remastered

    The Alliance Alive foi lançado inicialmente para a consola portátil da Nintendo 3DS em junho de 2017, como o sucessor de “The Legend of Legacy.” Passando um pouco despercebido pelo olhar dos fãs, eis que a responsável Cattle Call e o estúdio FuRyu decidiram trazer o JRPG num formato remasterizado para a PlayStation 4, Nintendo Switch e PC.

    O projeto Alive está a cabo de uma equipa talentosa e experiente do género. O título é dirigido por Masataka Matsuura e escrito pelo criador do clássico Suikoden, Yoshitaka Murayama. Kyogi Koizumi é o designer responsável tendo posteriormente trabalhado em títulos como “Ever Oasis” e “Saga Frontier”. A cargo da direção artística está Ryo Hirao “Final Fantasy XII” e Masayo Asano “Legend of Mana”.

    A aventura começa por tomar lugar mil anos antes dos nossos protagonistas começarem a percorrer a própria jornada, onde o mundo dos humanos foi invadido e conquistado por seres extraterrestres conhecidos por Daemons. A partir desse momento foi criado a grande barreira, dividindo o mundo em reinos separados, originando a corrente negra que aboliu inúmeras povoações, provocando quase a exterminacao dos seres humanos. Os restantes sobreviventes foram escravizados e tratados como seres inferiores, o que resultou no erguer de uma resistencia chamada Night Ravens capaz de depositar uma esperança ao mundo de The Alliance Alive.

    Começamos a jornada no encontro de uma jovem chamada Azuna com o seu amigo de infância Galil. Levados ao encontro do pai da jovem onde a resistência se abriga e acabam por aceitar uma missão que os leva a iniciar a exploração fora da cidade.

    Com desenvolvimento da história podemos contar com alguns personagens jogáveis e nove protagonistas. Apesar de apresentarem enredos diferentes, a determinado ponto os seus objetivos cruzam-se por motivos iguais. A história dá-nos a conhecer lentamente esses personagens, permitindo observar o mundo de diferentes perspectivas.

    O Mundo de The Alliance Alive é dividido por cinco reinos com naturezas destintas. No interior de cada um vamos encontrar vários locais por investigar , alguns deles variam entre cidades, florestas ou até masmorras. Para facilitar a nossa caminhada vamos adquirindo meios de transporte que nos ajudam alcançar novas áreas fora do nosso alcance.
    Outro ponto a salientar é o intercalar de vários puzzles que vão surgindo e embora que não sejam de todo novidade destaca-se pelo interesse que vai somando a esta jornada.

    Esta remasterizacão agarra num sistema de combate simples e intuitivo por turnos. O menu de combate é constituído pela opção “battle arts”, onde temos as habilidades adquiridas pelos nossos protagonistas durante os combates. Essas mesmas são obtidas através do “Awaken” que por sua vez desbloqueia novas “arts” ligadas ao armamento.
    Temos outra mecânica de evolução chamada “talents” que pode melhorar o desempenho das nossas armas sendo que os pontos utilizados para a sua aprendizagem são ganhos puramente no combate. A magia apenas é acessível aos Daemons, todavia certos tipos de armas possibilitam habilidades quase mágicas para as personagens humanas, tal como a cura.

    No decorrer do combate cada personagem pode entrar num modo “Ingnition”, possibilitando a utilização de um ataque mais potente chamado “Final Strike”. A execução desse ataque tem de ser feita com alguma estratégia porque a nossa arma é automaticamente destruida. Quando falamos em uma estratégia incluímos ainda o posicionamento dos nossos personagens que em determinados espaços podem beneficiar em combate numa forma defensiva e ofensiva.

    Outro aspeto agradável de evolução pode ser encontrada no sistema de guildas. A partir de um determinado ponto da história vamos encontrando ou podendo construir dentro de novos locais abrigo para uma das cinco organizações de suporte, estas podem por exemplo desenvolver armas até obter informações sobre os inimigos. Ainda é possivel recrutar novos membros para serem atribuídos a diferentes resistências, também denominadas como “Guild towers”, aumentando o nível de cada uma, correspondendo a uma determinada qualificação caracterizando a um tipo de guilda diferente.

    O maior problema está ligado a falta de voice acting dos personagens, infelizmente deixa a desejar pois acaba por retirar um certo carisma aos diálogos e ás sequências cinemáticas do jogo. No entanto temos como pano de fundo uma banda sonora criada por um dos melhores compositores japoneses, Masashi Hamauzu. A OST capta perfeitamente as emoções das cenas, originando uma experiência musical destinta e variada.

    A atualização visual desta remasterização consegue manter todo o encanto do título original. O nível de detalhe melhorado fará com que os jogadores que já conhecem a versão portátil queiram voltar a entrar no mundo de The Alliance Alive, tal como dar a conhecê-lo a uma geração mais recente.
    Gráficos bastantes deliniados com uma gama de cores mais contrastantes, que à primeira vista os cenários remontam a ilustrações de fantasia.

    The Alliance Alive HD é um JRPG com uma história solida que não tem medo de arriscar com as suas diferenças, embora ainda a versão remasterizada continue sem acrescentar vozes aos personagens , o melhoramento gráfico e a banda sonora que nos acompanha nesta aventura faz com que seja obrigatorio dar se uma segunda oportunidade.

    The Alliance Alive HD Remastered já está disponível para PlayStation 4, Nintendo Switch e PC (Steam). O jogo foi gentilmente cedido pela NIS America e jogado numa PlayStation 4.

    Análise feita por Ricardo M.

    Ricardo M
    Ricardo M
    Interessado em videojogos com o gosto acentuado para JRPG, está presente na equipa do OtakuPT desde 2013 com o propósito de acompanhar e informar sobre o que de melhor se faz na área do entretenimento gamer.

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