O jogo Spelunky original, criado por Derek Yu e lançado gratuitamente em Windows foi um êxito indie tão grande que foi rapidamente refeito e relançado com novos gráficos para PC e consolas em 2012 por parte da empresa Mossmouth. Com grande inspiração em clássicos como Spelunker e Rick Dangerous dos anos 80 e o mais recente La-Mulana, Spelunky misturou elementos de jogos de plataformas com elementos “roguelike”, vindo a ser inspiração para muitos jogos que viriam depois dele.
Spelunky 2 pega na fórmula do original 8 anos depois, com Derek Yu a voltar para ajudar a Mossmouth e BlitWorks com novas ideias, aproveitando para polir os gráficos e afinar a jogabilidade já excelente, adicionando ao mesmo tempo mais variedade ao estilo visual dos níveis assim como às criaturas e items que o jogador encontra.
Para quem não conhece Spelunky ou o género roguelike – não encarem o jogo como um simples jogo de plataformas. As mortes são fáceis e comuns, e a tarefa simples de descer até à saída de cada nível da dungeon normalmente conta com várias tentativas e restarts, onde o melhor a fazer é aprender com cada retry, porque no final de contas, as mortes são inconsequentes.
No entanto, é de notar que em cada tentativa a dungeon muda devido ao sistema de geração processual, tornando cada run potencialmente bastante diferente da anterior e adicionando um elemento de sorte aos items que o jogador poderá encontrar.
Com skill e um pouco dessa sorte, chegando ao 4º nível da primeira dungeon encontramos o primeiro boss e após a sua derrota temos a primeira grande escolha do jogo, podendo o jogador dirigir-se para a Jungle ou para o Volcano, cada um com novos perigos, repetindo a nova onda de mortes e tentativas. É também aqui que o jogo oferece a possibilidade de desbloquear o sistema de checkpoints, possibilitando a oportunidade de saltar completamente a primeira dungeon.
Admitidamente, o jogo tem MUITO mais a explorar do que aquilo que nos foi possível avançar nesta análise, mas podemos com toda a certeza dizer que Spelunky 2 é um excelente jogo, digno de ser o sucessor do original, com muitas horas de diversão (e algum masoquismo) pela frente, perfeito para fãs de jogos de plataformas e roguelikes.
Análise por Tiago Vasconcelos.