A preservação dos videojogos é um dos assuntos mais badalados destes últimos tempos na comunidade, e um estudo realizado pela Video Game History Foundation e pela Software Preservation Network revelou um futuro bem negro, visto que concluíram que 87% dos jogos clássicos lançados ao longo de décadas correm o risco de desaparecerem num curto espaço de tempo.

Segundo o relatório apenas 13% da história dos videojogos está atualmente disponível no mercado, o que significa que imensos jogos clássicos atualmente apenas só podem ser acedidos através do seu hardware original.

Embora existam algumas iniciativas em curso para preservar jogos retro, tais como os programas pela Sony Interactive Entertainment, Microsoft e Nintendo, ou o esforço de produtoras atuais, tais como a Limited Run Games ou a Strictly Limited Games para resgatar e lançar jogos do passado, estas ações continuam a não ser suficientes.

Kelsey Lewin, a codiretora da Video Game History Foundation comentou o seguinte:

Imaginem se a única forma de assistirem ao filme Titanic fosse encontrar uma cassete VHS usada e ter o equipamento antigo necessário para a reproduzir. Mas se nenhuma biblioteca, nem mesmo a Biblioteca do Congresso, pudesse oferecer uma solução melhor – poderiam preservar e digitalizar a VHS do Titanic, mas teríamos que ir até lá para a assistir. Parece absurdo, mas esta é a realidade que estamos viver com os videojogos, uma indústria que movimenta US$ 180 bilhões, enquanto os videojogos e sua história estão desaparecer.

O principal grupo de lobby da indústria de videojogos argumentou com sucesso perante o Escritório de Direitos Autorais dos EUA que a indústria já está fazer o suficiente para preservar a sua própria história de forma comercial. O nosso estudo provou que estão errados: na verdade, a indústria só é capaz de disponibilizar 13% da sua história, e é improvável que esta situação seja melhorada.

Bruno Reis
Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.
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pvlegoof
pvlegoof
25 , Julho , 2023 16:17

E infelizmente, com a maior prevalência do “live-service” nos videojogos de hoje em dia, essa percentagem será cada vez menor num futuro próximo…

Last edited 1 ano atrás by pvlegoof
light 701
light 701
25 , Julho , 2023 18:09

Emulador só o que digo

Raphael
Raphael
Reply to  Bruno Reis
25 , Julho , 2023 18:59

Não sei não, acho que é possível, as empresas poderiam lançar seus próprios emuladores para seus vídeo jogos dentro dos consoles, e então lançar uma biblioteca retrô, e gratuita se possível, mas vejo as líderes do mercado como conservadoras demais pra entrar em uma estratégia dessas