A editora Shochiku e a Serafini Productions anunciaram que o jogo BrokenLore: UNFOLLOW vai receber lançamento para PlayStation 5 e PC (Steam).
Através da pagina de BrokenLore:UNFOLLOW no site da Serafini Productions podemos ler:
Uma Antologia Interligada de Terror
BrokenLore é um universo narrativo fragmentado, no qual cada jogo conta uma história independente, mas que contribui para um enigma mais amplo, um “mega-lore” que se revela capítulo após capítulo. Inspirada por temas como trauma pessoal, identidade e ansiedade social, a série mistura atmosferas oníricas, folclore e introspeção psicológica para criar uma experiência de narrativa verdadeiramente única dentro do género de terror.
A saga é pensada para jogadores atentos a cada pormenor. Para quem gosta de colecionar pistas, interpretar símbolos e descobrir verdades escondidas em linhas temporais distorcidas e realidades instáveis. Após LOW e DON’T WATCH, já disponíveis na Steam, serão lançados mais dois capítulos ainda este ano: UNFOLLOW e FOLLOW, duas novas experiências complementares que exploram as raízes mais obscuras da série.
O Terror Por Detrás do Ecrã
Em UNFOLLOW, os jogadores assumem o papel de Anne, uma jovem presa num pesadelo feito de comentários, notificações e medos não verbalizados. O jogo explora o impacto psicológico das redes sociais na saúde mental através de uma narrativa perturbadora, rica em simbolismo, que aborda temas como cyberbullying, dismorfia corporal e a necessidade desesperada de aprovação.
Cada local, criatura e diálogo representam fragmentos da psique fragmentada de Anne, para moldar uma viagem que se adapta às escolhas do jogador e conduz a múltiplos finais, cada oferece uma interpretação diferente da sua história. UNFOLLOW é mais do que terror psicológico, é um reflexo incisivo da fragilidade moderna e do custo de sermos vistos.
Redes Sociais, Pressão Social e Identidade Digital: os Temas Centrais do Jogo
Vivemos numa era em que cada ação pode ser captada, julgada e partilhada. UNFOLLOW transforma este paradoxo num pesadelo interativo: a necessidade constante de validação torna-se sufocante e a linha entre aquilo que mostramos e aquilo que somos começa a esbater-se.
O jogo reflete experiências reais partilhadas por muitos criadores de conteúdo online, incluindo Akidearest, uma conhecida YouTuber que participa no projeto como personagem.
“Faço vídeos sobre a minha vida no Japão e, ocasionalmente, sobre cultura japonesa, anime e jogos. Tenho feito isto há cerca de 10 anos e tem tido os seus altos e baixos. As redes sociais são um espaço muito viciante, tão bom quanto tóxico. Acho que é uma ótima forma das pessoas se expressarem e se conectarem, mas também pode ser extremamente prejudicial para a saúde mental. Há sempre quem esteja à espera que cometas um erro ou que te rotule de algo que não és. E a forma mais eficaz que encontrei para lidar com isso foi não me envolver… o que, por vezes, é a parte mais difícil.
Mas se continuarmos a avançar, a superar a tempestade, as coisas acabam por melhorar. Muitas das dificuldades que enfrentei nas redes sociais foram, na verdade, internas. Demorei a perceber como ignorar certas coisas e simplesmente seguir em frente. O meu único conselho para quem esteja a passar por problemas de saúde mental é, continua, e desliga as redes sociais, nem que seja por um tempo. Sai, fala com amigos ou aproveita algum tempo sozinho fora de casa, e vais perceber que o mundo não é só as redes sociais. As pessoas continuam com as suas vidas, o mundo continua a girar e, se fores mais gentil contigo próprio, vais acabar por ficar bem.”