
Passaram quase três anos desde que a Microsoft assinou um acordo de 10 anos para trazer Call of Duty às plataformas Nintendo, mas até agora os jogadores não viram absolutamente nada. A promessa surgiu em fevereiro de 2023, no meio da aquisição histórica da Activision Blizzard pela Microsoft, e na altura garantiu-se que os jogos chegariam “no mesmo dia que a Xbox, com paridade total de funcionalidades e conteúdo”.
A Nintendo lançou a Switch 2 em junho de 2025 com especificações bastante superiores à consola original, mas mesmo assim nenhum título da série apareceu na plataforma. Agora, segundo informações partilhadas por Jez Corden, editor executivo do Windows Central, isso pode estar prestes a mudar.
Corden afirmou no twitter: “A primeira versão de CoD para Switch está quase terminada e será lançada dentro de alguns meses”. Quando questionado se isso significava que o lançamento estava “próximo”, o jornalista clarificou: “Não diria próximo, mas está a caminho e a atingir marcos importantes, 2026”.
A explicação para o atraso parece ter sido prática e não estratégica. Segundo Corden, a razão principal foi a falta de kits de desenvolvimento da Switch 2 disponibilizados com antecedência suficiente. “Precisam de kits de desenvolvimento para fazer o port. Eles não os tinham”, explicou o jornalista.
Esta questão dos kits de desenvolvimento tornou-se um tema público desde antes do lançamento da consola em junho. A Nintendo aparentemente foi bastante seletiva sobre quais estúdios receberam acesso antecipado ao hardware, o que atrasou o trabalho de portabilidade de vários títulos importantes.
Com a Switch 2 agora disponível no mercado e os kits já em circulação mais ampla, esse obstáculo terá sido ultrapassado. A questão que fica é: qual versão de Call of Duty vai estrear na plataforma?
Warzone, Black Ops 7 ou algo completamente diferente?
Corden não revelou que jogo específico está a ser trabalhado para a Switch 2, deixando os fãs a especular sobre várias possibilidades. As apostas mais óbvias incluem Call of Duty: Warzone, que já funciona em dispositivos móveis e teria uma adoção mais rápida, ou Black Ops 7, o título mais recente da série.
Existe também a hipótese de ser um jogo mais antigo otimizado para o hardware da Nintendo, como Black Ops 6, ou até mesmo uma experiência completamente nova desenvolvida especificamente para a plataforma portátil.
Se a Microsoft seguir à risca o acordo assinado em 2023, os jogos deverão chegar com “paridade total de funcionalidades e conteúdo” em relação às versões Xbox. No entanto, dado que este será o primeiro título da série numa consola Nintendo em mais de uma década, é possível que a Activision e a Microsoft optem por começar de forma mais conservadora.
A última vez que um Call of Duty apareceu numa plataforma Nintendo foi em 2013, com Ghosts na Wii U. Antes disso, títulos como Black Ops 2, Modern Warfare e World at War também marcaram presença na Wii e DS, mas a série acabou por abandonar o ecossistema Nintendo, provavelmente devido a limitações técnicas e à fraca adoção da Wii U.
A chegada de Call of Duty à Switch 2 representa um teste importante tanto para a Microsoft como para a Nintendo. A questão técnica é apenas uma parte do desafio, fazer com que a experiência funcione de forma fluida num dispositivo híbrido, que alterna entre modo portátil e modo docado, exigirá otimizações cuidadosas.
Por outro lado, a Switch 2 demonstrou capacidades impressionantes em títulos recentes de terceiros como Cyberpunk 2077 Ultimate Edition e Elden Ring – Tarnished Edition, ambos anunciados para a plataforma. Se jogos tão exigentes conseguem funcionar na nova consola da Nintendo, Call of Duty certamente também conseguirá.
O acordo de 10 anos continua em vigor, o que significa que esta será apenas a primeira de muitas entregas da série nas plataformas Nintendo. Se tudo correr bem em 2026, os jogadores da Switch 2 poderão finalmente desfrutar de lançamentos simultâneos com as outras plataformas nos anos seguintes.









