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    Como ativar o Secure Boot em segurança para jogar Battlefield 6 no PC

    Os batoteiros em jogos multiplayer online constituem um dos principais fatores que comprometem a integridade da experiência de jogo, e afetam quer a competitividade como a coesão da comunidade. Uma atividade concebida para promover interação, comunicação e espírito competitivo é frequentemente corrompida por utilizadores mal-intencionados cujo objetivo é alcançar vitórias e prestígio falso através de práticas ilícitas.

    Cientes desta ameaça, as empresas de desenvolvimento de videojogos têm vindo a adotar mecanismos de segurança cada vez mais sofisticados, com o objetivo de garantir a integridade das plataformas e a justiça competitiva. Um destes exemplos é a Electronic Arts, que, com o lançamento de Battlefield 6 e a introdução do sistema Javelin, implementou uma das soluções mais avançadas do setor que foi concebida para mitigar a execução de softwares de batota e a manipulação de memória durante o jogo.

    O sistema Secure Boot, componente fundamental da especificação UEFI (Unified Extensible Firmware Interface), atua durante o processo de inicialização do sistema e valida a integridade e a autenticidade do código executado. Em conjunto com o TPM 2.0 (Trusted Platform Module), normalizado pelo Trusted Computing Group (TCG), o Secure Boot verifica as assinaturas digitais dos binários e compara-as com as Platform Keys (PK) e Key Exchange Keys (KEK) armazenadas no firmware da motherboard. Este processo impede a execução de software não autorizado e garante que apenas componentes devidamente assinados e verificados pelo fabricante são carregados.

    Esta arquitetura não só assegura um arranque seguro e fiável, como também constitui uma camada adicional de defesa contra ameaças, tais como malware, rootkits, worms e keyloggers, frequentemente associadas a cheat engines. Desta forma, o Secure Boot contribui para a conformidade com práticas de segurança de arranque (Boot Integrity) recomendadas por entidades como a NIST (National Institute of Standards and Technology).

    No entanto, este sistema apresenta algumas restrições técnicas. Códigos de terceiros, mesmo legítimos, podem ser bloqueados se não estiverem devidamente assinados ou reconhecidos pelas chaves de confiança do sistema. Além disso, o Secure Boot é suportado apenas em plataformas modernas compatíveis com UEFI e requer sistemas operativos certificados, tais como o Windows 10 e o Windows 11 instalados em formato GPT (GUID Partition Table), que suportam TPM 2.0 e assinatura digital, daí que sistemas operativos Linux são incompatíveis. O formato GPT é o mais atual enquanto o MBR (Master Boot Record) era o anterior adotado em sistemas operativos mais antigos, tais como o Windows 7 ou Windows 8 e só permitia partições de 2TB.

    Contudo, a sua desativação ou modificação pode comprometer a integridade do sistema operativo, uma vez que, sem as chaves de verificação corretas, o processo de arranque é interrompido por motivos de segurança.

    Felizmente, o OtakuPT está aqui para auxiliar os seus leitores sobre como ativar de forma segura esta funcionalidade. Caso o Secure Boot não esteja ativado, o jogo Battlefield 6 não é executado. Todas as motherboards modernas possuem uma interface característica, mas existem elementos comuns que permitem que a ativação e desativação do Secure Boot seja essencialmente igual em todas.

    Passo 1 – Desativar CSM
    Durante o POST (assim que ligamos o computador e o computador faz um rápido diagnóstico dos componentes hardware) devemos pressionar repetidamente a tecla “Delete” para acedermos à configuração da BIOS.
    No menu, devemos navegar até à secção Boot e desativar a opção CSM (Compatibility Support Module), que é destinada e oferece compatibilidade a sistemas Legacy (anteriores à UEFI). De seguida, devemos pressionar a tecla “F10” para guardarmos as alterações e sair.

    Passo 2 – Definir Secure Boot Mode para Modo Personalizado
    Voltamos a aceder novamente à BIOS e navegamos até ao separador Security e acedemos à opção Secure Boot.

    No ecrã do Secure Boot Mode deve ser alterado para Personalizado (Custom) (julgo que este processo só existe em motherboards ASRock como a minha por exemplo). Após a alteração, devemos pressionar a tecla “F10” para guardarmos as alterações e sair.

    Passo 3 – Instalar as chaves do Secure Boot
    Na BIOS , devemos voltar ao menu anterior, selecionar Install default Secure Boot keys e confirmarmos com Sim (Yes) para instalarmos as chaves predefinidas do Secure Boot. Depois é só pressionar a tecla “F10” para guardarmos as alterações e sair.

    Nota importante: é recomendado guardarem um backup das chaves numa pen USB antes de procederem à sua ativação, pois sem as mesmas, ou se estiverem corrompidas, o sistema pode nem arrancar. Caso surjam erros, texto a vermelho após selecionarem Install default Secure Boot keys e pedirem para mesmo assim confirmarem a instalação com um Sim (Yes), por favor NÃO O ACEITEM isto porque a integridade das chaves pode já ter sido comprometida e podem até já estar corrompidas, daí que é importante manter o ficheiro num local seguro. Também caso um update à BIOS da motherboard corra mal podem recorrer às keys.

    Passo 4 – Ativar Secure Boot
    Devemos voltar à BIOS, navegar para Security \ Secure Boot e definir Secure Boot como Ativado (Enabled).

    Por fim, devemos pressionar F10 para guardar as alterações para arrancar o sistema normalmente.

    Reconheço que estes passos, na perspetiva do utilizador, possam parecer intimidantes, sobretudo quando comprometem a integridade e o funcionamento do sistema. No entanto, se seguirem estas indicações com calma, não deverão ter problemas. Para além disso, ao fazê-lo, não só poderão desfrutar de momentos explosivos e frenéticos em Battlefield 6, como também tornarão o vosso sistema mais robusto e seguro.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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