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    Final Fantasy VII Remake – Análise

    Final Fantasy VII Remake foi finalmente lançado pela Square Enix para Playstation 4 dia 10 de abril e tal como o nome indica é um remake do clássico jogo de 1997. No entanto, a estratégia de lançamento é diferente do original e esta foi apenas uma primeira parte deste remake.

    Confirmado que estava em produção em 2015 o hype à volta do jogo foi crescendo, e não é para menos, Final Fantasy VII foi um jogo que marcou toda uma geração. Começou a ser desenvolvido em 1994 para a Super Nintendo Entertainment System (SNES) pela Square mas acabaria por ir parar à PlayStation muito graças às vantagens que o seu formato CD-ROM oferecia. O título tornou-se o primeiro da série a usar modelos de personagens 3D sobrepostos sobre fundos 2D pré-renderizados.

    Final Fantasy VII foi um sucesso tremendo, é considerado um dos melhores jogos de sempre, fez na altura impulsionar as vendas da PlayStation e é um dos jogos responsáveis por fazer disparar a popularidade dos RPGs.

    Sabiam que a Square Enix foi fundada a 1 de abril de 2003 após a fusão da Square com a Enix!

    Com este imponente background a parada não poderia estar mais alta para a Square Enix que certamente se viu diante de um dilema. Poderia jogar à defesa e fazer um remake extremamente fiel ao original salvaguardando-se assim de críticas ou então tentar inovar introduzindo em Final Fantasy VII uma estrutura narrativa mais moderna e revitalizando a franquia. E foi mesmo esta segunda opção a escolhida pela Square Enix ficando a pergunta, será que Final Fantasy VII Remake está à altura de Final Fantasy VII?

    Final Fantasy VII tem uma identidade muito própria, algo que a Square Enix conseguiu capturar neste remake ao incluir na produção do jogo velhos conhecidos da franquia. Vimos o regresso do designer de personagens Tetsuya Nomura não só para desenhar as personagens mas também para ser o diretor, Yoshinori Kitase, o diretor de Final Fantasy VII assumiu o papel de produtor, o escritor Kazushige Nojima regressou ao projeto e como a música é uma parte muito especial de Final Fantasy VII vimos também o regresso do compositor Nobuo Uematsu, considerado por muitos como o Beethoven dos videojogos.

    Sabiam que Nobuo Uematsu aprendeu a tocar piano sozinho e nunca teve aulas!

    Este quarteto juntou-se assim à “Business Division 1”, a equipa de produção interna da Square Enix e o resultado não desiludiu, Final Fantasy VII Remake capturou sem dúvida nenhuma a magia do seu original e certamente não só agrada aos novos fãs que entram pela primeira vez em contacto com a franquia como também não vai desiludir os mais veteranos.

    Para quem não conhece a história, em Final Fantasy VII Remake seguimos Cloud Strife,  um antigo soldado (SOLDIER) de primeira classe, uma classe de elite de lutadores, que acaba por começar a trabalhar como mercenário para a Avalanche, uma organização eco-terrorista, que tem como plano fazer explodir os reatores da Shinra, uma companhia que está a drenar a energia espiritual do planeta, chamada de mako, para criar novas tecnologias.

    Esta célula terrorista é liderada por Barret Wallace, o icónico personagem cujo braço foi substituído por uma metralhadora. Na Avalanche vamos conhecer também Tifa Lockhart, Biggs, Wedge e Jessie. A primeira missão para fazer explodir o primeiro reator acabou por ser um sucesso, mas nem tudo é assim tão simples e muito rapidamente eles se apercebem que algo não está certo. Estarão eles a ser manipulados? O que é a Shinra? O que são os “Antigos”? Serão eles os bons da fita?

    Quando Final Fantasy VII Remake foi anunciado como um jogo que seria entregue em várias partes, surgiu imediatamente o receio entre os jogadores que seria apenas uma estratégia para capitalizar em cima de um jogo famoso, mas passadas apenas algumas horas todos esses receios desaparecem por completo. A Square Enix ao estender a narrativa conseguiu tornar todo o mundo do jogo muito mais imersivo, não vemos a introdução forçada de novas atividades e missões, tudo faz sentido na estrutura da narrativa e contribui para uma maior imersão naquele mundo do jogador. Vamos conhecer muito melhor os personagens e as suas motivações, personagens menores como Biggs, Wedge e até a própria Jessie ganham o seu próprio foco e se o jogo original brilhava por nos fazer preocupar com os personagens, este remake supera isso e estimula o jogador a estabelecer com os personagens vínculos emocionais fortíssimos e é isto que acaba por fazer de Final Fantasy VII Remake uma experiência única.

    Fantasy VII Remake é uma experiência cinematográfica

    Dica: Se quiserem ter acesso a legendas em português do Brasil basta alterarem a linguagem da PS4

    Outro fator que vai também ser do agrado dos jogadores é a componente cinematográfica que a Square Enix proporciona com este remake de Final Fantasy VII. Para além das típicas cenas animadas com a qualidade já esperadas desta editora o próprio gameplay tenta traduzir isso, com a camara muitas vezes a posicionar-se para dar ênfase a algo importante e estamos praticamente a participar num filme interativo. O resultado é excelente sendo que por vezes a posição da câmara poderá atrapalhar um pouco e não ser a ideal para o nosso gameplay. Um dos fatores negativos desta excelente experiência cinematográfica é, no entanto, o controlo que a Square Enix tem que exercer sobre a narrativa e gameplay, pelo que não vamos ter o verdadeiro jogo de mundo aberto, o jogo vai estar sempre a empurrar o jogador numa determinada direção, vamos ter 3 hubs com algumas missões paralelas mas de resto o jogador será sempre estimulado a percorrer o caminho da narrativa principal e deixando pouco espaço para exploração adicional.

    E falando em gameplay, o que encontramos em Final Fantasy VII Remake? Essencialmente é uma modernização deste género de RPG, com a introdução de um gameplay dinâmico que foi muito bem pensado e executado, não é o típico jogo onde nos concentramos no grinding e na evolução da personagem, mas sim na estratégia e gestão das habilidades dos nossos personagens. Temos de conhecer o nosso adversário a adequar a nossa estratégia de acordo com as suas fraquezas e aqui também o espírito do jogo original foi mantido e modernizado. Mas os mais saudosistas podem estar descansados pois Final Fantasy VII Remake também possui um modo clássico para com calma estudarem a executarem o vosso plano de ataque.

    Final Fantasy VII Remake leva entre 30 a 40 horas a ser terminado!

    Final Fantasy VII Remake pega no conceito de atordoar “Stagger” e explora-o. O jogador é assim estimulado a executar ataques de acordo com as fraquezas do adversário, provocando muito mais dano e colocando-o num estado de “atordoamento” e assim passar depois para os ataques derradeiros. Pelo que a arma ou ataque mais poderoso no nosso inventário, nem sempre será a melhor opção para um confronto.

    Graficamente Final Fantasy VII Remake pode ser considerado inconsistente. É notória a atenção dada às cenas principais, mas a qualidade das texturas de outros elementos fica bem a baixo de jogos do género e muito rapidamente numa mesma cena podemos ter uma personagem altamente detalhada à beira de um background de texturas questionáveis. A textura de Skybox do jogo é no mínimo questionável. Sem dúvida este é o elemento que mais gostaria de ver melhorado na parte 2 do jogo.

    A Square Enix fez o impossível, Final Fantasy VII Remake é absolutamente recomendado.

    A Square Enix fez o impossível, Final Fantasy VII Remake é absolutamente recomendado. Sem dúvida nenhuma é um dos grandes jogos desta geração que faz justiça ao clássico intemporal Final Fantasy VII, é assim a sua versão atualizada, melhorada e ainda mais envolvente. A Não Perder!!!

    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 50 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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    Blackrea
    Blackrea
    14 , Abril , 2020 12:39

    Excelente review e jogo excelente tbm , trilha sonora impecável , apenas a textura de fundo que algumas horas deixa a desejar mas não oq reclamar sobre o jogo!

    madmonkey mcknight
    madmonkey mcknight
    14 , Abril , 2020 12:39

    Excelente review Bushido!

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