Em abril de 2021, o cidadão chinês Ichimin Sho, que atualmente reside no bairro de Toshima, em Tóquio, colocou à venda saves de  num site de comércio eletrónico japonês. Não se tratava de saves normais, mas sim algo que Sho classificou como “o derradeiro savegame”.

Na realidade, o que Sho estava a vender eram dados salvos modificados que poderiam aumentar as estatísticas e habilidades do jogador da maneira que eles desejassem, bem como tornar mais fácil obter itens raros. Estabelecendo o preço em 3.500 ienes (32 dólares), ele conseguiu atrair dois compradores interessados de fora de Tóquio.

Sem saber, porém, ele também atraiu a atenção da Polícia da Prefeitura de Niigata, que prendeu Sho, de 27 anos, na quinta-feira, por violação da Lei de Prevenção à Concorrência Desleal. Ele admitiu as acusações e também disse no seu depoimento que vende dados salvos de videojogos desde dezembro de 2019, ganhando cerca de 10 milhões de ienes no processo.

Pode-se teoricamente argumentar que vender o savegame de um jogo sem qualquer aspecto multiplayer competitivo é um crime mais ou menos sem vítimas, mas a questão parece ser o método pelo qual o save foi feito. De acordo com a Associação Japonesa de Direitos Autorais para Software de Computador, a violação específica de Sho foi “fornecer serviços para contornar as restrições técnicas” colocadas na Nintendo Switch pelo seu fabricante e ser pago para fazer isso, embora a alteração de dados real tenha sido feita por um ainda não identificado cúmplice.

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