
O próximo jogo da Naughty Dog não estará presente nos Game Awards 2025 e não será lançado em 2026, segundo múltiplos jornalistas da indústria. A informação surge após especulações de Colin Moriarty, apresentador do podcast Sacred Symbols, que havia sugerido que Intergalactic: The Heretic Prophet estava praticamente completo e poderia ser revelado no evento de dezembro.
Jeff Grubb, da Giant Bomb, foi categórico nas redes sociais ao afirmar que o jogo “não será mostrado nos Game Awards”. A declaração foi reforçada por Jason Schreier, da Bloomberg News, que numa resposta no Reddit garantiu poder “assegurar que Intergalactic não sai em 2026”. Esta não é a primeira vez que Schreier comenta o calendário de desenvolvimento do jogo, tendo já anteriormente apontado 2027 como a janela de lançamento mais realista.
As especulações surgiram após Moriarty ter afirmado no podcast de Dan Allen Gaming que acreditava no lançamento do jogo no final de 2026. O apresentador citou padrões de recrutamento do estúdio, incluindo posições para testadores de qualidade e equipas de localização para alemão, italiano e japonês, como indicadores de que o desenvolvimento estaria na fase final. Posteriormente, Moriarty esclareceu no Twitter que as suas declarações eram baseadas em opinião pessoal e não em informação privilegiada.

Se confirmadas estas datas, a Naughty Dog terá atravessado praticamente uma geração inteira de consolas sem lançar um jogo original. Desde o início da era PlayStation 5, o estúdio apenas disponibilizou remasterizações de The Last of Us. A PlayStation 6 é esperada para 2027 ou mais tarde, o que significa que Intergalactic: The Heretic Prophet poderá surgir já no final do ciclo de vida da PS5 ou até como título de lançamento para a próxima geração.
Intergalactic: The Heretic Prophet foi revelado nos Game Awards de dezembro de 2024, marcando a primeira propriedade intelectual original da Naughty Dog desde The Last of Us, lançado em 2013. O jogo acompanha Jordan A. Mun, interpretada pela atriz Tati Gabrielle, uma perigosa caçadora de recompensas que fica presa em Sempiria, um planeta distante cujas comunicações com o universo exterior cessaram há centenas de anos.
Neil Druckmann, diretor criativo conhecido pelo seu trabalho na série The Last of Us, lidera o projeto com uma equipa de mais de 250 pessoas. O desenvolvimento começou em 2020, após o lançamento de The Last of Us Part II, e Druckmann reuniu uma sala de argumentistas estruturada mais como uma produção televisiva do que os projetos anteriores do estúdio. A equipa criou milhares de anos de história fictícia para a religião de Sempiria, elemento central da narrativa.
O trailer de revelação apresentou uma estética retrofuturista dos anos 80, com Jordan a ouvir música num leitor de CD Sony, a pilotar uma nave espacial Porsche e a usar ténis Adidas. A banda sonora incluiu It’s a Sin dos Pet Shop Boys, escolhida por Druckmann após uma longa procura por uma canção dos anos 80 sobre fé. O trailer mostrou ainda breves segundos de combate corpo a corpo contra criaturas robóticas com lâminas.
A narrativa explora, segundo Druckmann, “o que acontece quando depositas a tua fé em diferentes instituições”. O jogo está situado numa história alternativa onde viagens espaciais avançadas já existiam em 1986. Jordan fica presa em Sempiria enquanto persegue o sindicato criminal lendário conhecido como Five Aces. Durante 600 anos, ninguém conseguiu deixar o planeta ou estabelecer contacto com o exterior.
Druckmann revelou durante a estreia da segunda temporada de The Last of Us que o jogo já é jogável e impressionante, garantindo que o trailer inicial “nem sequer arranhou a superfície” do conteúdo disponível.









