Marvel vs. Capcom Fighting Collection: Arcade Classics é a mais recente adição às várias coletâneas de jogos clássicos da Capcom, e a segunda entrada na série específica Capcom Fighting Collection depois do lançamento da coletânea original em 2022 que consistia em versões arcada dos cinco jogos da série Darkstalkers, Cyberbots: Full Metal Madness, Super Gem Fighter Mini Mix, Super Puzzle Fighter II Turbo, Red Earth e Hyper Street Fighter II: The Anniversary Edition.

Desta feita, este novo lançamento inclui versões arcada da série completa de fighters da Capcom baseados em personagens Marvel assim como os seus crossovers, incluindo X-Men: Children of the Atom, X-Men vs. Street Fighter, Marvel Super Heroes, Marvel Super Heroes vs. Street Fighter, Marvel vs. Capcom: Clash of Super Heroes e Marvel vs. Capcom 2: New Age of Heroes, com o bonus do beat ‘em up The Punisher.

Este lançamento é de alta significância, dada não só a raridade (e valor) de alguns destes jogos nas suas plataformas originais, mas também pelo facto de muitos deles terem tido muito poucas re-releases em plataformas mais modernas, facilitando o acesso a estes jogos de forma oficial e legítima, com suporte para online multiplayer com rollback netcode, modos de treino com frame data, função quick save e um modo museu, com diversa arte conceptual, key art, documentos internos de desenvolvimento e ainda um music player com a banda sonora completa de todos os jogos.

Adicionalmente, todos os jogos disponibilizam a sua versão internacional e japonesa e vários deles apresentam todas as suas personagens desbloqueadas à partida, com alguns a oferecer acesso facilitado ou até inédito a personagens secretas, como é o caso de Magneto, Juggernaut e Akuma em X-Men: CotA; Thanos, Dr.Doom e Anita (de Darkstalkers) em Marvel Super Heroes; as variantes secretas US Agent, Armored Spider-Man, Mephisto, Dark Sakura, Mech Zangief, Shadow e Cyber Akuma em Marvel Super Heroes vs. Street Fighter (com Norimaro disponível, mas apenas na versão japonesa); e as variantes secretas Orange Hulk, Gold War Machine, Hyper Venom, Shadow Lady, Lilith e a personagem secreta Roll (de MegaMan) em Marvel vs. Capcom.

Em todos os jogos é ainda possível ajustar todas as opções relativas ao sistema (dificuldades, timers, modo de créditos, etc), bem como um modo de redução de flashing (por motivos de sensibilidade à luz, especialmente em casos de epilepsia). Também temos várias opções de ajuste de tamanho (e proporção) de display, 7 opções de scanlines diferentes, emulando diferentes tipos de monitores CRT, um filtro de smoothing sem scanlines ou, não utilizando nenhum destes, mantemos o aspecto pixel perfect. Todos os jogos têm também achievements para desbloquear.

Com o relativo falhanço de Marvel vs. Capcom 3 e Marvel vs. Capcom Infinite em 2011 e 2017 respectivamente, o facto de haver novo investimento na série, ainda que “apenas” em relançamentos de títulos clássicos, mostra que a Capcom está disposta a renegociar as licenças das personagens Marvel, assim como a Marvel terá a noção de que esta é uma série com bastante seguimento por parte dos fãs.

De notar adicionalmente que também já foi feito o anúncio da Capcom Fighting Collection 2 para 2025, que contará com um tratamento ao mesmo nível para os jogos Power Stone e Power Stone 2, Project Justice (a sequela de Rival Schools, que infelizmente não está incluído), Plasma Sword: Nightmare of Bilstein (sequela de Star Gladiator), Capcom Fighting Jam (nunca re-lançado desde o seu lançamento original na PS2/Xbox em 2004), Street Fighter Alpha 3 Upper (marcando o primeiro lançamento caseiro desta versão do jogo fora das arcadas) e as duas iterações do outro grande crossover da Capcom – Capcom vs. SNK: Millennium Fight 2000 e Capcom vs. SNK 2.

Ficamos assim com a certeza de que a Capcom está a fazer por trazer nova atenção e novo público ao facilitar o acesso moderno a estas séries tão apreciadas pelo fãs, e quem sabe isto venha a dar em boas notícias para possíveis futuras iterações, e que estas venham a ter um sucesso maior do que MvC3 e MvC Infinite!

Review por Tiago Vasconcelos.

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