Mass Effect e a sua trilogia ganhou rapidamente uma legião de fãs, desde o seu início mais vocacionado para o combate estratégico passando no segundo jogo para um claro piscar de olho aos jogadores de consola e o polémico fim do último jogo, a franquia sempre gerou opiniões fortes entre os jogadores.
Depois de um lançamento atribulado e para nos abstrairmos de toda a polémica optamos por esperar um pouco mais e esperar por algumas correções para finalmente nos prenunciarmos sobre o seu mais recente jogo, Mass Effect: Andromeda.
Mass Effect 3 foi lançado no início de 2012 após Mass Effect em 2007 e Mass Effect em 2010 significando isto que toda a trilogia foi lançada num espaço de 5 anos e tivemos agora de esperar uns longos 5 anos para Electronic Arts e BioWare lançarem Mass Effect: Andromeda, o próximo jogo da franquia que chega agora às consolas de nova geração com a promessa de grafismo e jogabilidade atuais, bem como uma revitalização do universo de Mass Effect.
Mass Effect: Andromeda representa um novo começo, abandonamos assim a história do Comandante Sheppard na Via Láctea e tudo se desenrola numa nova galáxia vizinha, Andromeda.
A história tem todos os ingredientes para agradar aos fãs de ficção científica, qual arca de Noé a humanidade e outras raças como Asari, Krogans, Salarians e Quarians embarcam em arcas espaciais onde após um sono de 600 anos acordam numa nova galáxia, Andromeda. Antes de partirem já tinham selecionado vários pontos de interesse que poderiam servir de novo começo à civilização mas quando chegam nem tudo corre pelo melhor. Muita coisa mudou durante o sono de 600 anos e a raça humana é colocada numa posição diferente, em vez de se defenderem de uma colonização por forças inimigas são agora o agente invasor à procura de uma nova casa e consequentemente alterar um habitat já estabelecido.
São um Pathfinder…
A acção começa quando acordam a bordo da vossa arca, são um Pathfinder, um elemento de elite responsável pela exploração e implementação de uma nova colónia. Vão assim ao longo da história do jogo ter a oportunidade de explorar vários planetas únicos repletos de pontos de interesse e missões, sendo que os jogadores mais curiosos e persistentes serão premiados com experiências deveras impressionantes. Neste aspecto embora com menos planetas passiveis de visita Mass Effect: Andromeda cumpre com o prometido.
Vão ter à vossa disposição o Nomad, o veículo que será o vosso instrumento de exploração dos planetas selvagens e embora opcional os verdadeiros exploradores serão adequadamente recompensados o que dá imediatamente ao jogo muitas horas de gameplay.
Tal como em todos os jogos de Mass Effect podem também esperar uma grande interação com os vários elementos de raças diferentes da vossa equipa, num claro aprimorar da fóormula já conhecida e que tornou a franquia popular. De destacar também as missões relacionadas com a nossa tripulação que são verdadeiramente interessantes e que não devem deixar de explorar.
A história de Mass Effect: Andromeda é um Mass Effect 2.0
No que toca à história a BioWare teve claramente medo de inovar e utiliza a mesma formula da trilogia anterior, ou seja, temos os Kett que “colecionam” elementos de outras raças e temos uma misteriosa raça que apenas deixou vestígios nos planetas que visitamos e cuja tecnologia vai ser fundamental para os acontecimentos do jogo, com por exemplo “terraformar” planetas.
Em Mass Effect: Andromeda a BioWare optou por uma abordagem mais segura e menos excitante sobre a influência das ações do jogador no desenrolar da história. Embora algumas das escolhas do jogador tenham uma pequena influência em determinados acontecimentos o desenrolar da história vai ser sempre o mesmo independentemente das escolhas feitas pelo jogador.
Quanto à jogabilidade vão ter à vossa disponibilidade um completo e extenso sistema de personalização que não vos prende a uma determinada classe. Para além desta mecânica a inclusão de um jetpack abre portas para um completo novo mundo e forma de jogar que assenta muito bem no mundo de Mass Effect.
Vimos foi alguns problemas no sistema de cobertura automático, na deteção de físicas do jogo e infelizmente a inteligência artificial dos nossos companheiros de equipa deixa muito a desejar tornando-os por vezes inúteis levando a situações verdadeiramente frustrantes.
Claro que não poderíamos terminar a review sem falar sobre o que colocou Mass Effect: Andromeda na boca de todo o mundo, os seus gráficos. São notórios os problemas de animação e qualidade gráfica de Mass Effect: Andromeda, embora com o recente patch alguns problemas tenham sido resolvidos (olhos) ainda encontrámos alguns comportamentos estranhos e algumas personagens continuam a parecer demasiado artificiais quebrando a imersão do jogo.
Fica assim a sensação de que o jogo foi apressado na sua fase final para ser lançado na data pretendida e é incrível como alguns problemas passaram pela equipa de qualidade do jogo e chegaram ao lançamento final. A Electronic Arts e a BioWare têm algumas explicações para dar.
Apesar da crítica em cima Mass Effect: Andromeda é um jogo recomendado para os fãs de Mass Effect que vão encontrar muitas familiaridades com os jogos anteriores e que facilmente se sentirão em casa.
Tu também … BioWare!!!
Quanto às críticas negativas e muitas delas justas Mass Effect: Andromeda foi vítima da reputação do seu estúdio, ou seja, todos esperávamos mais da BioWare que já provou muitas vezes ser capaz de melhor. Se Mass Effect: Andromeda fosse de outro estúdio alguns destes problemas não tinham tanto relevo, mas no final as críticas surgiram em sinal de desilusão com a BioWare que muitos julgavam imune a este tipos de problemas técnicos.
Só um detalhe, a BioWare não é uma única equipe, ela é dividida em várias. A equipe principal dos Mass Effect anteriores ta trabalhando em um novo jogo. Esse Mass Effect Andromeda foi feito por uma equipe nova na BioWare, por isso os problemas técnicos.