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    Microsoft e Nintendo rejeitaram Yakuza, mas mudaram de ideia

    Não, nós não queremos isso". Agora eles dizem: "Nós queremos isso!"

    Microsoft e Nintendo rejeitaram Yakuza, mas mudaram de ideia

    A franquia Yakuza foi sempre associada à PlayStation, desde a sua estreia na PS2, passando por PSP e PS3 e finalmente chegando à PS4, mas aparentemente a história de lançamentos poderia ser bem diferente caso a Microsoft e Nintendo não tivessem rejeitado o primeiro jogo.

    Numa entrevista Toshihiro Nagoshi afirmou:

    Eu nunca disse isto antes, mas enquanto lançamos este jogo com a Sony, eu fiz apresentações sobre ele para a Microsoft e a Nintendo. Naquela época, eles disseram: “Não, nós não queremos isso”. Agora eles dizem: “Nós queremos isso!” (Risos) Eles não entenderam a razão pela qual eu o criei.

    Ele aproveitou a ocasião para também explicar porque optaram por ter um publico bem específico e a dificuldade que teve para o jogo ser aprovado.

    Tornou-se difícil para as empresas japonesas competirem com jogos ocidentais de alta qualidade e grandes orçamentos (…) se o quiséssemos fazer, teria que ser desporto, ou militar, ou fantasia (…) e precisaria de ser lançado mundialmente. (…) Já que todo o mundo estava a pensar as mesmas coisas, todos estavam a fazer jogos parecidos (risos).
    Mas eu achei que não era certo seguir essa direção. Então, em primeiro lugar, abandonei a ideia de vender em todo o mundo. Em seguida, decidi que não me importaria se as jogadoras não gostassem do jogo; então depois que não seria permitido o jogo para crianças. Quando decidi tudo isto, o único alvo que restou foi o homem japonês.
    Levou algum tempo para convencer os meus chefes. Fiz uma apresentação duas vezes e não obtive aprovação. (…) A Sega estava a lutar por dinheiro e estava muito perto da falência, então fundiu-se com a Sammy. Assim que isso aconteceu, fui ter com o novo dono e apresentei o jogo, procurando a sua aprovação. Profissionalmente, isso era altamente irregular e completamente errado. Mas eu sabia que se o dono dissesse “sim”, seria bom para toda a empresa. (…) Eu consegui a aprovação dele, mas o nosso CEO estava muito zangado com isso (risos). Ele disse que era injusto.

    Ele também revelou algumas das suas fontes de investigação:

    Perguntam-me muitas vezes como fiz a minha pesquisa para o jogo, mas é a cultura japonesa (…), mas eu fiz alguma, sim. Eu gosto de beber. Eu também gosto de mulheres. Eu estava a divertir-me muito na minha vida há muito tempo – seja para aliviar o stress do trabalho ou para aprofundar a conexão com os meus subordinados. (…) Aprendi muitas histórias interessantes das pessoas que conheci. E algumas histórias surpreendentes e algumas tristes. Eles tornaram-se elementos da história de Yakuza. O nome Kiryu é um deles (…). Frequentemente faço isso nos meus jogos – uso o nome de uma pessoa de quem gostava ou que cuidava bem de mim. Eu ainda faço isso hoje.

    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 50 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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