A Nintendo começou a implementar banimentos permanentes nas consolas Nintendo Switch 2 que tenham sido utilizadas com o cartão MiG Flash, um dispositivo que permite carregar jogos através de backups. Os banimentos começaram a ser aplicados menos de duas semanas após o lançamento da nova consola, afetando utilizadores que ligaram as suas consolas à internet.
O MiG Flash é um cartão especial que permite aos jogadores carregar múltiplos jogos num único dispositivo, evitando a necessidade de trocar cartões constantemente. Embora o dispositivo possa ser usado para backups legais de jogos comprados, também abre a porta à pirataria, algo que a Nintendo tem combatido ativamente.
Utilizadores relatam banimentos mesmo com backups legais
Vários utilizadores partilharam as suas experiências no Reddit, alertando a comunidade para os riscos. Um utilizador escreveu: “Queria avisar toda a gente para evitar usar o MiG Flash na Switch 2 online por agora. A minha consola foi banida (a minha conta está bem por enquanto). Só tinha jogos dos meus backups. Deve ser alguma nova detecção que a Nintendo fez nestes dispositivos MIG. Que idiotice a minha estar online com isto. A culpa é minha“.
Outro utilizador confirmou: “Usei quando a atualização do Mig Flash saiu. A minha consola foi banida. Verifiquei a minha conta na Switch OLED e não estou banido dos serviços lá”.
O que mais preocupa os utilizadores é que os banimentos estão a ocorrer mesmo quando usam backups legais dos seus próprios jogos. Apesar dos banimentos, as consolas Switch 2 banidas continuam capazes de executar jogos offline, embora percam acesso a todas as funcionalidades online.
Nintendo reforça política anti-pirataria
Esta ação da Nintendo não surge do nada. Em maio, quase um mês antes do lançamento da Switch 2, a empresa atualizou os seus Termos de Utilização e Política de Privacidade, adicionando uma secção que proíbe explicitamente “contornar, modificar ou alterar” os seus jogos e serviços.
A nova política também concede à Nintendo a capacidade de tornar uma consola inutilizável se o sistema detetar que estas restrições foram violadas. Na altura, muitos questionaram quão rigorosa seria a aplicação destas regras, mas os recentes banimentos demonstram que a empresa está a levar a sério a sua política anti-pirataria.
Esta não é a primeira vez que a Nintendo toma medidas contra o cartão MiG Flash. A empresa já tinha processado vendedores do dispositivo em 2024, forçando alguns fornecedores a retirá-lo das prateleiras.
O MiG Flash foi lançado em 2024 como uma forma de permitir aos utilizadores jogarem todos os seus jogos favoritos sem ter de trocar cartões constantemente. O dispositivo é vendido juntamente com um acessório que permite criar backups de jogos comprados, mas também pode ser usado para carregar jogos descarregados ilegalmente da internet.
Deteção automática preocupa utilizadores
O que mais surpreende os utilizadores é a rapidez com que a Nintendo consegue detetar o uso do MiG Flash. Cada cartucho Switch possui um identificador único, o que permite à empresa detetar tentativas de usar backups ou jogos pirateados online.
Os banimentos parecem estar a ser aplicados automaticamente quando o sistema deteta a utilização do dispositivo, mesmo que seja por poucos minutos ou apenas para jogos comprados legalmente.
Estes desenvolvimentos servem de aviso: mesmo que possuam jogos legais e façam backups dentro dos vossos direitos, a utilização do MiG Flash online pode resultar num banimento permanente da consola dos serviços Nintendo.
A Nintendo ainda não emitiu um comunicado oficial sobre esta vaga de banimentos, mas as evidências sugerem que a empresa está determinada a proteger o seu ecossistema contra qualquer forma de modificação ou contorno das suas proteções.