Ao longo dos últimos 10 anos o jogador Jesse Keighin, conhecido como “Every Game Guru“, fez stream de mais de 10 jogos da Nintendo antes do seu lançamento oficial.
Ele obtinha cópias ilegais e antes do lançamento oficial dos jogos fazia stream nas várias plataformas, indicando também como os espectadores deviam ter acesso às cópias piratas dos jogos da Nintendo.
Depois de fazer stream antes do lançamento de jogos como Mario & Luigi Brothership, The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom e Super Mario Party Jamboree, a Nintendo decidiu intervir e está agora a processar o jogador.
O processo está aparentemente de acordo com as regras recentemente atualizadas da Nintendo para a partilha de vídeos de jogos; as novas diretrizes deixam claro que a empresa japonesa não quer que conteúdo pirata ou ainda não lançado seja divulgado online.
A Nintendo disse no processo que este tipo de violação causou danos no valor de “milhões de dólares” à empresa através de “vendas perdidas de videojogos”. Podemos ler:
A transmissão de jogos antes da sua publicação normaliza e incentiva a pirataria de pré-lançamento – o arguido está a sinalizar aos telespectadores que também devem adquirir uma cópia pirata e jogar o jogo agora, sem esperar pelo seu lançamento e sem pagar por isso. A pirataria de pré-lançamento prejudica os clientes da Nintendo cumpridores da lei que podem estar à espera do lançamento de um determinado jogo há meses ou anos e depois podem ver a jogabilidade e os spoilers online que arruínam a sua própria surpresa e deleite ao experimentar o jogo.
A atitude desafiante de Jesse “Every Game Guru” Keighin, também não ajudou o seu caso.
A Nintendo emitiu avisos de remoção para várias transmissões de Keighin, que abrangem o YouTube, Twitch, Kick, Loco e outros sites de streaming. Em resposta a estes avisos, Keighin terá dito à Nintendo que tinha “mil contas descartáveis” e que poderia “fazer isso o dia todo”, alegou a Nintendo no processo.
Keighin terá transmitido jogos piratas e não lançados mais de 50 vezes nos últimos dois anos. A Nintendo afirmou no processo que ele está alegadamente a jogar estes jogos num PC com Windows ou numa Nintendo Switch pirateada, o que significa que também está alegadamente a contornar as medidas tecnológicas da Nintendo para prevenir a pirataria.
A Nintendo é uma das companhias mais litigiosas da indústria e ainda recentemente colocou um processo à Pocketpair, criadora de Palworld, por violação de patentes. São também conhecidos os esforços da companhia para combater os emuladores das suas consolas.