Toshihiro Kondo, o presidente da Nihon Falcom Corporation, esteve em entrevista com o GameSpot e durante a conversa foi questionado pelo recente sucesso da série The Legend of Heroes no ocidente e se sentiu que dar o salto do Japão para o ocidente foi simples ou se existiu mais concorrência.
Kondo explicou que que grandes sucessos como Shin Megami Tensei e Persona, não são uma concorrência para a expansão fora do Japão e contribuem para um “sentimento de cooperação”.
Em vez de um sentimento de competitividade, é um sentimento de cooperação. Produzimos jogos há muito tempo – desde os anos 80 – e nessa altura os JRPG não tinham muito sucesso ou popularidade. Por isso, foi um grande contributo para o sucesso crescente do nosso género empresas, como a Atlus, criarem e lançarem estes grandes jogos com regularidade.
O criador da série Trails também clarifica que no passado afastou-se no termo “JRPG” mas que agora veste as suas cores com orgulho.
Originalmente, o termo JRPG foi utilizado como um pejorativo e, obviamente, não gostámos desse rótulo. Houve uma reação inicial contra. Mas, gradualmente, parece que quase começou a significar o oposto. Quero dizer, por exemplo, algo como o Elden Ring de Miyazaki-san. Já me perguntei: “Isto é um JRPG?” Bem, talvez não exatamente. Mas, ao mesmo tempo, uma das coisas que se pode identificar nos JRPGs são as influências do anime e dos mangás. Saber como incorporar esses elementos e temas nos jogos dá-lhes aquele sabor japonês distinto, o que não só é bom, como também cria uma espécie de laço cultural. Os japoneses podem juntar-se e unir-se em torno desta elemento específica e torná-lo seu. Por isso, embora no passado eu pudesse ter-me afastado dessa terminologia ou ter-me encolhido perante a mesma, agora é algo que aceito. Existem coisas que só os criadores japoneses conseguem criar ao utilizar estes elementos que discutimos. E, ao fazê-lo, criam algo digno de ser celebrado. Em vez de fazermos apenas RPGs, fazemos JRPGs e temos orgulho em dizê-lo.
Kondo prossegue ao indicar que este fator levanta desafios, uma vez que existe uma enorme fome de JRPGs, mas existem cada vez menos estúdios dispostos a satisfazer esse apetite. Assim, estúdios como a Atlus, com jogos como Shin Megami Tensei, Persona e, em breve, Metaphor Refantazio, contribuírem para manter a chama acesa no género.
Contudo, julgo que é um paradoxo. O mercado ocidental começou finalmente a aceitar, a apreciar e a ter fome destes RPGs japoneses, mas parece que há existem menos estúdios a criá-los. Somos provavelmente das produtoras mais pequenas, empresas como a Capcom e a Konami, que costumavam ter séries de JRPG fortes, afastaram-se destes géneros. É um mercado muito limitado, o que é uma pena, porque se o mercado tem fome de alguma coisa, é preciso ter uma oferta constante para satisfazer e manter esse público. Por isso, em vez de ver a Atlus, por exemplo, como uma rival – embora não possa falar com o Sr. Hajime – vejo o lançamento dos seus jogos com bons olhos. Significa que o mercado está a ser satisfeito e que cada vez mais pessoas estão a descobrir o que torna os JRPGs um género incrível e único.”
A Nihon Falcom Corporation lançou recentemente The Legend of Heroes: Trails through Daybreak no Ocidente, e no dia 26 de setembro de 2024 vai lançar o jogo The Legend of Heroes: Kai no Kiseki – Farewell, O Zemuria. No inicio de 2025 será a vez do ocidente receber The Legend of Heroes: Trails through Daybreak II e ficar apenas à distancia de um lançamento original japonês.
Pra ele nao deve existir mesmo kkkk
Pico na Steam de Daybreak foi so 2k kkkkkkk